“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego. Porque nele (no evangelho) se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé”. (Rm 1.16,17).
Na visão de Lutero a “Justificação pela Fé” ocorre quando Deus nos imputa a justiça de Cristo. Esta justiça age como um guarda-sol contra o calor da ira divina. A justificação é, antes de tudo, o decreto de absolvição que Deus pronuncia sobre nós, declarando-nos justificados, a despeito de nossa pecaminosidade. A justificação não é a resposta de Deus à nossa justiça, mas a amorosa e perdoadora declaração de Deus de que nós, a despeito do nosso pecado, somos agora absolvidos – quer dizer, somos declarados justos.
A causa direta da eclosão da reforma na Alemanha foi o escandaloso abuso da venda de indulgências.
Em 1517, enquanto Martinho Lutero estava lecionando teologia na Universidade de Wittenberg, apareceu numa localidade próxima um frade dominicano, chamado João Tetzel, enviado pelo arcebispo de Mogúncia, para vender as indulgências emitidas pelo Papa em Roma.
As indulgências eram adquiridas em troca de dinheiro e eram apresentadas como sendo favores divinos, concedidos aos homens mediante os méritos do Papa, como seja: o poder de perdoar pecados.
“Tão logo a moeda no cofre ressoa, a alma sai do purgatório.” Essa era a curta “cantilena” da propaganda de João Tetzel.
Em 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero afixou, na porta da catedral de Wittenberg, que também servia como quadro de avisos da comunidade, 95 teses, escritas em latim, em que protestava contra o escandaloso e nefando comércio das indulgências. Suas objeções à venda das indulgências eram pastorais e teológicas: as indulgências criavam um falso senso de segurança, e, portanto, são destrutivas do verdadeiro cristianismo, o qual proclama a cruz de Cristo.
Nas Teses, Lutero atacou a venda de indulgências porque elas: (1) diminuíam a dádiva graciosa da salvação; (2) não evocavam a verdadeira contrição interior ou o arrependimento; (3) não produziam a virtude cristã de amor que era o verdadeiro arrependimento vivido exteriormente; e (4) eram, no final das contas, o oposto das virtudes cristãs de misericórdia e compaixão.
As indulgências, porém, eram apenas a ponta do iceberg. Lutero teve a coragem de enfrentar o poderio humano da igreja católica e se manifestou contra toda a corrupção que reinava no seio da igreja. Suas teses pressionava o clero para que uma nova compreensão da autoridade do papa e das Escrituras fosse adotada.
O perdão divino certamente não poderia ser comprado e vendido, dizia Lutero, uma vez que Deus o oferece gratuitamente. Afinal, “o justo viverá da fé”.
Como igreja de Jesus tivemos os fundamentos lançados no dia de Pentecostes, em Jerusalém. Como instituição, somos frutos da Reforma Protestante que buscou combater as heresias implantadas pela igreja romana ao longo da idade média, e procurou restabelecer os princípios estabelecidos pela Palavra de Deus.
O Espírito Santo de Deus usou os puritanos, os pietistas, os metodistas, o movimento de santidade até chegar no avivamento pentecostal da Rua Azuza, que deu origem a nossa Assembléia de Deus.
Martinho Lutero, nascido em 1483, morreu aos 63 anos e não viu tudo o que sua influência trouxe. Porém, os “Sola Scriptura, Sola Christus, Sola Gratia e Sola Fide”, tornaram-se praticamente o cartão de apresentação das igrejas protestantes.
Estes princípios da Reforma Protestante devem servir de estímulo para todos nós mantermos acesa a chama do Espírito Santo através da evangelização, das missões, e da manifestação dos dons espirituais.
Esse liame espiritual que temos com a Reforma deve nos motivar a cultivar uma VIDA ABUNDANTE sabendo que somos justificados pela fé.
“Para que todos sejam um”
Pr. Martim Alves da Silva (Presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Estado do Rio Grande do Norte (IEADERN) e da Convenção Estadual de Ministros da Assembleia de Deus no Estado do Rio Grande do Norte (CEMADERN).
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