CARNAVAL, FESTA DA CARNE E DA MORTE

“A terra pranteia e se murcha; o mundo enfraquece e se murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra. Na verdade, a terra está contaminada por causa dos seus moradores, porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos e quebram a aliança eterna. Por isso, a maldição consome a terra, e os que habitam nela serão desolados; por isso, serão queimados os moradores da terra, e poucos homens restarão” (Is 24.4-6).
Ao tempo em que escrevo esta palavra, o Brasil está lamentando a morte de mais de duas centenas de vidas que foram ceifadas (queimadas), numa casa noturna, na cidade de Santa Maria no Rio Grande do Sul, vítimas de um incêndio provocado pelo show pirotécnico realizado, de forma imprudente, por um conjunto musical que ali se apresentava.
Esse texto do profeta Isaías está inserido num contexto que define o relacionamento de Deus como Juiz para todo o mundo e declara como Ele punirá o pecado. Não é o meu objetivo fazer aqui uma interpretação do texto, mas sim, uma aplicação para os nossos dias, em especial para este mês de fevereiro.
É muito comum nessa época do ano lermos ou ouvirmos textos que procuram fazer uma análise etimológica da palavra “carnaval” ou ainda que buscam fazer uma “resenha histórica” dos assuntos carnavalescos. Estes enfoques não são o meu propósito, pois creio que é do conhecimento da maioria das pessoas o que os historiadores afirmam: a origem do carnaval vem das festas da antiguidade, caracterizadas pelas danças ruidosas, máscaras e uma licenciosidade desgovernada. O que estamos vendo nos dias de hoje, é de fato, a mesma festa da carne, com alguns agravantes em relação à sua origem.
Em muitas cidades do nosso estado esta festa mobiliza a maioria dos moradores e arrasta uma multidão que vem de outros lugares. É um período em que as pessoas parecem possuir uma licença para pecar. Um tempo de destruição e prejuízo. Vidas são ceifadas por overdose de drogas, famílias são arruinadas devido à infidelidade, jovens e adolescentes engravidam prematura e irresponsavelmente, além das inúmeras mortes causadas por acidentes automobilísticos devido a ingestão de bebidas alcoólicas.
É nesse contexto que, nós que fazemos a IEADERN, estamos inseridos e não podemos nem devemos fugir da nossa responsabilidade. Na verdade nós estamos neste mundo para sermos sal e luz. É nossa obrigação mostrar a esta multidão que não sabe para onde está caminhando qual o verdadeiro caminho e que somente em JESUS ela pode encontrar a verdadeira alegria e a vida abundante.
Lembremo-nos das palavras do profeta Isaías: “a terra está contaminada por causa dos seus moradores, porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos e quebram a aliança eterna”.
Mais do que nunca é tempo de clamarmos a Deus, intercedendo pela sociedade brasileira, pelas nossas famílias, especialmente pelos nossos filhos que são mais vulneráveis a estas influências, por estarem mais expostos a elas no ambiente escolar. É tempo de clamarmos a Deus por misericórdia, para que a loucura desta festa não atinja os membros e congregados das nossas igrejas. Oremos a Deus para que a alegria do Espírito Santo encha os nossos corações, seja uma constante em nossas vidas e nos mantenha puros nestes tempos maus.

Pr. Martim Alves da Silva (Presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Estado do Rio Grande do Norte (IEADERN) e da Convenção Estadual de Ministros da Assembleia de Deus no Estado do Rio Grande do Norte (CEMADERN).

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