De acordo com a Bíblia Sagrada, “…nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão … inimigos do bem,…” (2 Tm 3.1-3 – ARA). Essa expressão “inimigos do bem” é a tradução do adjetivo grego “aphilagathos”, o qual se refere à pessoa que é inimiga do bem ou aquele que se opõe à bondade e às pessoas de bem. Uma pessoa “aphilagatos” tem uma natureza muito ruim e se opõe à virtude. Ela não gosta das coisas boas, saudáveis e amáveis. Ela odeia as coisas corretas, excelentes e honestas. Pessoas dessa qualidade têm o prazer de sujar o que está limpo, bagunçar o que está organizado, corromper o que está íntegro, desvirtuar o que é virtuoso, profanar o que é santo e transformar em caos aquilo que está em ordem.
Uma vez que todo ser humano é criatura de Deus, o qual é amor (1 Jo 4.8,16), espera-se que todos nós sejamos amigos do bem (Tt 1.8) e que amemos e aprovemos as coisas excelentes (Fp 1.10). Porém, muitas pessoas têm invertido valores e sentimentos naturais que Deus colocou no coração do ser humano. Ao invés de serem amigas do bem, muitas pessoas têm sido inimigas do bem e se tornaram alvos do juízo de Deus: “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal! Que fazem da escuridade luz, e da luz, escuridade, e fazem do amargo doce, e do doce, amargo!” (Is 5.21). Por causa dessa inversão de valores, “os homens maus não entendem o que é justo…” (Pv 28.5 – ARA) e ainda procuram justificar seus erros.
Os inimigos do bem “…fazem planos contra os bons e olham com ódio para eles” (Sl 37.12 – NTLH). Eles “…arrancam a espada e preparam o arco para atacar o pobre e o necessitado, para matar os que andam em retidão” (Sl 37.14). Por isso o salmista orou a Deus dizendo: “Livra-me, ó SENHOR, do homem mau; guarda-me do homem violento” (Sl 140.1). Além da proteção de Deus, o Estado também deve proteger os cidadãos de bem contra as maldades das pessoas inimigas do bem. As autoridades são constituídas por Deus para “…punir os que praticam o mal e honrar os que praticam o bem” (1 Pe 2.14 – NVI). De acordo com Jesus, enquanto “o homem bom, do bom tesouro do seu coração, tira o bem, …o homem mau, do mau tesouro do seu coração, tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca” (Lc 6.45).
Os homens inimigos do bem “…não conseguem dormir enquanto não fazem o mal; perdem o sono se não causarem a ruína de alguém. Pois eles se alimentam de maldade, e se embriagam de violência” (Pv 4.16-17 – NVI). No entanto, como a “lei da semeadura e da colheita” sempre funciona (Gl 6.7), as pessoas inimigas do bem acabam sendo vítimas dos seus próprios males. Na verdade, “…os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados” (2 Tm 3.13). Deus condenará as pessoas que planejam maldades (Pv 12.2). Os inimigos do bem “…são como a moinha que o vento espalha. Pelo que os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos. Porque o SENHOR conhece o caminho dos justos; mas o caminho dos ímpios perecerá” (Sl 1.4-6).
Por causa da multiplicação da iniquidade no mundo (Mt 24.12), e da aparente prosperidade dos ímpios (Sl 73.3-12), às vezes o justo cai na fraqueza de pensar que não vale a pena ser amigo do bem (Sl 73.13-14). Porém, quando o justo analisa as coisas sob a ótica de Deus (Sl 73.17), logo percebe que o fim dos ímpios é a destruição (Sl 73.18-19,27). Assim, a pessoa amiga do bem não deve se associar com pessoas inimigas do bem e nem participar de suas obras más (Sl 1.1; 2 Co 6.14). Paulo aconselhou: “E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as” (Ef 5.11).
A virtude que contrasta com “aphilagathos”, que significa “inimigo do bem” (2 Tm 3.3), é o adjetivo grego “philagathos”, que significa “amigo do bem” (Tt 1.8). Não somente o pastor ou presbítero da igreja deve ser um homem amigo do bem (Tt 1.8), mas todos os cristãos devem possuir as virtudes da bondade e da benignidade (Gl 5.22). Embora todos nós sejamos pecadores e careçamos da misericórdia de Deus, a Bíblia se refere a algumas pessoas como “homem bom” (Sl 37.23; Lc 6.45), “homem de bem” (At 11.24) e “homem de bem e justo” (Lc 23.50). Deus se agrada das pessoas que amam o que é bom e são amigas das pessoas de boa índole. A Bíblia afirma que “o homem de bem alcançará o favor do SENHOR…” (Pv 12.2a), e que “os passos de um homem bom são confirmados pelo SENHOR, e ele deleita-se no seu caminho” (Sl 37.23). Vale a pena ser amigo do bem, visto que “…o SENHOR dará graça e glória; não negará bem algum aos que andam na retidão” (Sl 84.11).
Ev. Fábio Henrique (Bacharel em Teologia, 1º Secretário da IEADEM e professor da EBD e do CETADEM)
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