Reflexões

O QUE É LIDERANÇA?

Liderança é a arte de comandar pessoas, atraindo seguidores e influenciando de forma construtiva ideias e comportamentos. A liderança pode surgir de forma natural, quando uma pessoa se destaca no papel de líder, sem possuir forçosamente um cargo de liderança. É um tipo de liderança informal. Quando um líder é eleito ou escolhido por uma […]

Liderança é a arte de comandar pessoas, atraindo seguidores e influenciando de forma construtiva ideias e comportamentos. A liderança pode surgir de forma natural, quando uma pessoa se destaca no papel de líder, sem possuir forçosamente um cargo de liderança. É um tipo de liderança informal. Quando um líder é eleito ou escolhido por uma organização e passa a assumir um cargo de autoridade, exerce uma liderança formal. Dr. Jhon Maxuel afirma de forma simples que “Liderança é influenciar pessoas”.

A medida de nossa liderança está relacionada diretamente ao alcance de nossa influência, ou seja, quantas pessoas seguem o seu modelo de atuação e valorizam o que você ensina e faz. Quanto você deseja conhecer um pouco mais do seu perfil de liderança, reflita nas seguintes questões: Quantas pessoas são impactadas pelas minhas ações e ideias? Quem me influencia? Qual a fonte que alimenta o meu modelo de atuação como líder? Qual meu histórico de realizações como líder?

Estas reflexões abrem nossa mente para perceber como somos alcançados e alcançamos outros em nossas atitudes de liderança. A liderança em si não é boa nem ruim. Os adjetivos que colocamos ficam por conta do conteúdo que é oferecido por cada líder. As vezes, por exemplo, alguém pode usar “seu poder de influência” cada ações negativas, más, destrutivas e desagregadoras; outras vezes, pode usar para fazer exatamente o contrário, ou seja, ajudar, apoiar, somar, colaborar e crescer.

Como você está usando sua liderança? Em casa, no trabalho, em sua igreja, com amigos?
Para nós cristãos, Jesus é o maior modelo de liderança que temos. É nossa referência para as ações desenvolvidos na vida eclesiástica, pessoal e profissional.

Leia e estude a Bíblia, aprenda com Jesus, use o modelo de Cristo, com certeza você terá uma liderança frutífera, construtiva e servidora. Até o nosso próximo encontro. Deus abençoe! Lidere, onde você estiver.

Pr. Wendell Miranda (2° vice-presidente da IEADEM, Superintendente do Sistema de Comunicação da AD em Mossoró)

INTIMIDADE E TRANSPARÊNCIA

Gênesis 2.24-25: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam”. A definição intimidade é complexa uma vez que seus significados variam de relacionamento para relacionamento, e dentro de […]

Gênesis 2.24-25: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam”.

A definição intimidade é complexa uma vez que seus significados variam de relacionamento para relacionamento, e dentro de um mesmo relacionamento ao longo do tempo. Em alguns relacionamentos, a intimidade está ligada ao sexo e sentimentos de afeto podem estar conectados ou serem confundidos com sentimentos sexuais. Em outros relacionamentos, a intimidade tem mais a ver com momentos divididos pelos indivíduos do que interações sexuais. De qualquer forma, a intimidade está ligada com sentimentos de afeto entre parceiros em um relacionamento.

Esta não é uma definição precisa, mas mesmo sem ser específico, parece que a intimidade e relacionamentos saudáveis andam de mãos dadas. Certamente a intimidade é um ingrediente básico em qualquer relacionamento com algum significado: a base da amizade e uma das fundações do amor. As principais formas de intimidade são a intimidade emocional e a intimidade física. A intimidade intelectual, familiaridade com a cultura e os interesses de uma pessoa, é comum entre amigos. Membros de grupos religiosos ou filosóficos também percebem uma “intimidade espiritual” em sua comunidade.

A palavra intimidade muitas vezes quando é pronunciada logo se vem à mente a questão da relação sexual. Apesar de que a intimidade anda colada com a relação sexual, aqui me refiro principalmente à profunda comunhão do coração e do espírito entre marido e esposa. O sentimento de amor romântico não é como um objeto que possuímos ou não. Ele é, na verdade, um barómetro que serve para medir a quantidade e a profundidade da comunicação íntima entre marido e mulher. Quando alguém fala que não ama mais ou deixou de amar o seu cônjuge simplesmente eles perderam a habilidade de estabelecer e nutrir uma comunicação íntima um com o outro. Quando a comunicação íntima, espiritual e emocional é restaurada, geralmente esse sentimento romântico também é restaurado.

Podemos comparar o sentimento de amor romântico a uma conta bancária cujo saldo positivo aumento ou diminui à proporção que se fazem depósitos ou saques. Normalmente no começo do relacionamento existem muitos compartilhamentos praticados em nível do coração, de seus sonhos, desejos, aspirações, medos, decepções e desânimos que funciona como depósitos gerando sempre saldo positivo em sua conta sentimental. Alguns casais, logo depois que se casam, reduzem ou acabam com a comunicação íntima, neutralizando ou zerando qualquer depósito em sua conta. Quando isso acontece, a conta de sentimento romântico chega à zero ou fica negativa.

A transparência é a chave para a intimidade. A expressão em Gênesis 2.24-25, “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam”. No texto referido podemos tirar algumas conclusões. Obviamente, a primeira frase faz referencia ao plano de Deus para o casamento, descrevendo exatamente o fato de o Criador ter designado duas pessoas para se unir e tornar-se uma só carne. Já a segunda fase dessa passagem nos dá a dica de como isso deve acontecer. A passagem diz que o primeiro casal estava nu e não se envergonhavam. O verdadeiro sentido dessa passagem não era que o casal estivesse desfilando despidos pelo jardim, mas que entre eles havia um profundo e íntimo nível de comunicação. Ambos eram abertos e transparentes entre si em todas as áreas do seu ser: espírito, mente, sentimentos e corpo. Ou seja, eles viviam de uma maneira que não tinham nada a esconder um do outro.

Uma vez que a intimidade é a chave para o sentimento de amor romântico e que a “nudez” ou transparência é a chave para a intimidade, é extremamente importante para nós, como casal, aprendermos a investir tempo para nos comunicarmos de forma íntima e transparente um com o outro.

Ter intimidade é convidar o outro a “enxergar através de você”. Ser íntimo significa dar ao outro o privilégio de olhar para as profundezas do seu coração e estar disposto a expor tudo o que estiver dentro dele. Isso implica em ser totalmente transparente, em ter um relacionamento “nu”, sem nada encoberto ou escondido. O texto revela que o casal além de estar “nu” não se “envergonhava”. A vergonha é uma força muito potente que nos motiva a esconder coisas a respeito de nós mesmos que são erradas, feias ou das quais não gostamos. Um profundo medo de que outra pessoa descubra coisas a meu respeito, que eu não quero que ela saiba. Esse medo fará com que se tenha vergonha e esconda essas coisas desagradáveis do cônjuge, e quando isso acontece à intimidade no relacionamento conjugal tende a diminui. É muito importante entendermos que, da mesma forma que coisas escondidas destroem a intimidade no casamento, coisas escondidas também destroem a intimidade com Deus.

Logo, concluímos que, a intimidade depende da transparência e a transparência depende da confiança que a aliança produz em um casamento. Em um casamento, a intimidade é destruída quando mantemos coisas escondidas um do outro. Sempre que um cônjuge decide esconder algo, ainda que pequeno, do seu parceiro, ele estabelece um padrão de mentira, desonestidade e desconfiança em seu relacionamento conjugal. A verdade e a transparência sempre abrem a porta para a intimidade. Esconder coisas em um casamento sempre destrói o potencial de intimidade e o sentimento de amor romântico. Deus te abençoe…

Pr. Elumar Pereira  (Diretor do Departamento da Família da IEADEM )

NÃO JULGUEIS

Não julgueis para que não sejais julgados (Mt. 7.1- ARC). A expressão “não julgueis”, em grego é Μὴ κρίνετε e diz respeito ao ato de separar, distinguir, discriminar. O verbo deriva de κρίνω, cujo sentido é o de distinguir ou decidir, e por implicação, condenar ou punir. A construção gramatical se encontra no imperativo, na […]

Não julgueis para que não sejais julgados (Mt. 7.1- ARC).

A expressão “não julgueis”, em grego é Μὴ κρίνετε e diz respeito ao ato de separar, distinguir, discriminar. O verbo deriva de κρίνω, cujo sentido é o de distinguir ou decidir, e por implicação, condenar ou punir. A construção gramatical se encontra no imperativo, na voz ativa e na segunda pessoa do plural. A tradução literal é: “Não julgueis”, assim traduzida para o português na Almeida Revista Atualizada (ARA), e na Almeida Corrigida (ARC). A Nova Versão Internacional opta por “Não julguem”, a fim de trazer uma linguagem mais contemporânea.

Esse versículo tem sido amplamente usado nas discussões interpessoais. A quem evoque essa passagem para defender-se de supostos julgamentos. Mas o uso desse trecho bíblico não pode ser usado para respaldar práticas pecaminosas. Precisamos atentar para o contexto no qual esse verso se encontra. Em Mt. 7 Jesus está repreendendo a hipocrisia dos fariseus, que facilmente percebiam os pecados dos outros, mas não os deles mesmos. O Senhor reivindica um padrão de vida moral compatível com os cidadãos do reino de Deus.

Sendo assim, aqueles que se arrependem e colocam sua fé em Jesus para a salvação passam a serem filhos de Deus, por isso devem viver em novidade de vida, amando-O de todo coração e ao próximo com a si mesmo (Mt. 22.34-40; Mc. 12.28-34). É nesse contexto que Jesus afirma: “porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão e não vês a trae que está no teu olho?” (Mt. 7.2,3 – ARC). E acrescenta: “Ou como dirás a teu irmão: deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita tira primeiro a trave do teu olho e, então, cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão” (IMt. 7.4,5 – ARC).

Várias vezes, ao longo dos Evangelhos, Jesus repreende os fariseus pela hipocrisia deles. Eles se destacavam por estabelecer padrões elevados para as pessoas, mas eles mesmos não obedeciam ao que estipulavam como regra de vida. A esse respeito, devemos estar cientes que uma coisa é ser julgado pelo seu semelhante, outra totalmente diferente é ser julgado pelo próprio Deus. Os hipócritas, isto é, aqueles que pecam, mas não se arrependem, incorrem em grave risco. Julgamento maior está reservado àqueles que veem apenas os pecados dos outros, mas não se apercebem dos seus próprios pecados.

Uma tradução mais livre de Mt. 7.1 seria: “Parem de julgar as outras pessoas de maneira hipócrita, e se apercebam do pecado em suas próprias vidas”. O enfoque desse texto está no julgamento hipócrita dos fariseus, nada tem a ver com o tratamento dado ao pecado, na forma de disciplina, principalmente no contexto da igreja (I Co. 5.1-13). A menos que a pessoa que esteja acusando alguém de pecado esteja envolvida no mesmo tipo de prática. Há pessoas que transferem sua culpa para os outros, como faziam os religiosos dos tempos de Jesus. Elas cometem os mesmos pecados (ou similares), mas se adiantam em julgar os outros, na maioria das vezes, de maneira intransigente.

Alguns cristãos são julgados por exigirem padrões morais elevados das pessoas, mas cometem pecados incompatíveis com a fé que professam. Evidentemente isso não quer dizer que os cristãos devem ser perfeitos, mas que devem ter cuidado para viver de modo que não venham escandalizar o nome de Cristo. O cerne desse versículo é: devemos ficar atentos ao pecado em nossas vidas. Reconhecê-lo, e confessá-lo a Deus é o caminho para obter o perdão, sobretudo saúde espiritual e física. É preciso se desvencilhar da velha natureza, e se revestir do novo homem em Cristo (Ef. 4.24; Cl. 3.10).

Esse é um exercício espiritual, e não pode ser alcançado individualmente, carecemos da ajuda uns dos outros, e da produção do fruto do Espírito em nós (Gl. 5.22). Em relação ao cuidado de uns com os outros, Tiago nos lembra de que se um irmão pecar, e se esse demonstrar arrependimento, devemos ajudá-lo, e ao fazê-lo salvaremos uma alma da morte, e cobriremos “uma multidão de pecados” (Tg. 5.20 – ARC). Paulo deu orientação semelhante aos crentes gálatas, para que ajudassem aqueles que foram surpreendidos em algum pecado, encaminhando-o com mansidão ao caminho da verdade, mas tendo cuidado de não incorrer no mesmo erro (Gl. 6.1).

Portanto, Jesus não proíbe a identificação do pecado, nem mesmo a disciplina, quando essa se fizer necessária. A repreensão do Senhor se aplica àqueles que julgam, mas cometem as mesmas práticas, ou mesmo piores. O juízo de Deus sobrevirá sobre aqueles que se apressam a julgar os pecados dos outros, mas deixam a decadência da sua condição.

Ev. José Roberto A. Barbosa (2º Secretário da Assembleia de Deus em Mossoró-RN e professor da EBD)

DOMÍNIO PRÓPRIO

Após rejeitar o sacrifício de Caim, Deus disse a ele que o pecado estava à espreita, querendo conquistá-lo, mas que ele deveria dominá-lo (Gn 4.7b). O homem é pecador por natureza e não consegue vencer sozinho o poder do pecado (Sl 51.5; Ec 7.20; Jr 17.9; Gn 6.5; 8.21). Além de não compreender as coisas […]

Após rejeitar o sacrifício de Caim, Deus disse a ele que o pecado estava à espreita, querendo conquistá-lo, mas que ele deveria dominá-lo (Gn 4.7b). O homem é pecador por natureza e não consegue vencer sozinho o poder do pecado (Sl 51.5; Ec 7.20; Jr 17.9; Gn 6.5; 8.21). Além de não compreender as coisas espirituais (1 Co 2.14), o homem natural vive escravisado pela sua natureza humana pecaminosa (Rm 7.14-23), praticando as obras da carne (Gl 5.19-21).

Duas dessas obras da carne são as bebedeiras e as orgias (Gl 5.21), que são pecados relacionados à falta de autocontrole, licenciosidade, devassidão e libertinagem.

Para nos ajudar a não cair nesse tipo de pecado, o Espírito Santo concede ao cristão regenerado a nona e última virtude do fruto do Espírito (Gl 5.22-23), denominada de temperança ou domínio próprio (gr. egkrateia). A palavra grega “egkrateia” ocorre apenas em três versículos Bíblia (At 24.25; Gl 5.23; 2 Pe 1.6), cujo significado inclui a ideia de autocontrole ou domínio próprio do crente sobre todos os seus desejos e paixões carnais. Ao invés de se entregar às licenciosidades e às incontinências hedonistas, o crente fiel controla seus desejos e paixões. Se por um lado as pessoas carnais são incontinentes, dissolutas e intemperantes, por outro lado os crentes espirituais refreiam seus apetites carnais, são comedidos, moderados, temperantes e apresentam domínio próprio.

Ao discorrer sobre a fé em Cristo com o governador Félix, apóstolo Paulo mencionou a temperança (gr. egkrateia) juntamente com a justiça e o juízo vindouro (At 24.25), o que evidencia a importância dessa virtude do fruto do Espírito. Apóstolo Pedro também reconheceu a importância do domínio próprio, ao recomendar que os cristãos devem associar a temperança e outras virtudes à fé, para que não sejamos inativos e nem infrutuosos no pleno conhecimento de Jesus Cristo (2 Pe 1.6-7).

Além do substantivo “egkrateia”, outras palavras gregas também são usadas na Bíblia para se referir à essa virtude do fruto do Espírito, como o adjetivo “egkrates” (Tt 1.8), o verbo “egkrateuomai” (1 Co 7.9; 9.25) e o adjetivo “nephaleos” ou “nephalios” (1 Tm 3.2,11; Tt 2.2). A falta de domínio próprio, que é a intemperança ou incontinência, é descrita pelo substantivo grego “akrasia” (Mt 23.25; 1 Co 7.5), sendo que a pessoa que não tem domínio de si ou que é intemperante, é caracterizada pelo adjetivo “akrates” (2 Tm 3.3).

Nos últimos dias, que são tempos trabalhosos, uma das marcas dos homens que não servem a Deus é a incontinência (ARC) ou a falta de domínio de si (ARA), conforme 2 Tm 3.1-3. Jesus acusou os escribas e fariseus de se preocuparem excessivamente com o exterior dos copos e dos pratos, mas os corações deles estavam cheios de rapina e de intemperança (Mt 23.25 – ARA).

Por ser uma virtude do fruto do Espírito (Gl 5.22-23), o domínio próprio é dado por Deus, mas o homem também deve fazer a sua parte. Em 1 Co 9.25 Paulo usa o verbo “egkrateuomai” para se referir à atitude proativa do atleta que “de tudo se abstém” (ARC), “em tudo se domina” (ARA) ou que “exerce domínio próprio em todas as coisas” (AS21), com a finalidade de alcançar uma coroa corruptível. Quando uma pessoa é privada de relações sexuais por seu cônjuge, ela pode perder o domínio próprio e ser tentada por Satanás para cometer o pecado de incontinência sexual (1 Co 7.5). Ainda nessa área do controle dos desejos sexuais, Paulo aconselhou os solteiros e os viúvos que “…se não conseguem controlar-se, devem casar-se, pois é melhor casar-se do que ficar ardendo de desejo” (1 Co 7.9 – NVI).

A virtude do domínio próprio foi bastante destacada pelo apóstolo Paulo nas Epístolas Pastorais. Dentre várias qualidades exigidas dos candidatos ao presbitério da igreja da ilha de Creta, uma delas era que o obreiro deveria ser uma pessoa que tivesse “domínio de si” (Tt 1.8 – ARA). Em 1 Tm 3.2 (ARA), ao listar alguns pré-requisitos dos candidatos ao ministério pastoral, Paulo disse que eles deveriam ser irrepreensíveis, esposos de uma só mulher, hospitaleiros, aptos para ensinar, mas também deveriam ser sóbrios, modestos e temperantes (gr. “nephaleos”). Este mesmo adjetivo grego também foi empregado para mostrar que as diaconisas da igreja deveriam ser mulheres temperantes, além de respeitáveis, não maldizentes e fiéis em tudo (1 Tm 3.11 – ARA). Essa qualidade da temperança também foi recomendada por Paulo para os homens idosos: “Quanto aos homens idosos, que sejam temperantes, respeitáveis, sensatos, sadios na fé, no amor e na constância” (Tt 2.2 – ARA).

O crente que tem domínio próprio cumpre em sua vida o que Jesus disse: “se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me” (Lc 9.23). O domínio próprio é uma marca tão distintiva do cristão, que apóstolo Paulo afirmou: “e os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências” (Gl 5.24). Isso é temperança.

Que possamos cada vez mais valorizar, buscar e cultivar na nossa vida cristã a virtude do domínio próprio, pois “como uma cidade destruída e sem muros, assim é o homem que não pode conter-se” (Pv 25.28 – AS21). Por outro lado, “…quem tem domínio próprio é melhor que aquele que conquista uma cidade” (Pv 16.32 – AS21).

Ev. Fábio Henrique (1º Secretário da Assembleia de Deus em Mossoró-RN e professor da EBD e do CETADEM).

EU CREIO NESTE CRISTO!

Certo autor escreveu sobre Jesus Cristo: Há quase dois mil anos existiu um homem cujo nascimento contrariou as leis biológicas. Ele viveu em pobreza e cresceu na obscuridade. Não fez extensas viagens. E só uma vez cruzou as fronteiras da terra onde viveu. Isso ocorreu na infância, quando teve de fugir de sua pátria. Não […]

Certo autor escreveu sobre Jesus Cristo: Há quase dois mil anos existiu um homem cujo nascimento contrariou as leis biológicas. Ele viveu em pobreza e cresceu na obscuridade.

Não fez extensas viagens. E só uma vez cruzou as fronteiras da terra onde viveu. Isso ocorreu na infância, quando teve de fugir de sua pátria. Não possuiu riquezas, nem exerceu influencia na sociedade.

Seus familiares não eram pessoas de projeção, não tinha muita instrução, nem alto grau de escolaridade. Quando ainda bebê, perturbou um rei; quando menino deixou perplexos alguns doutores. Já adulto, dominou o curso da natureza, andou sobre as ondas como se fossem terra firme e fez o mar aquietar-se.

Curou multidões sem emprego de medicamentos e não cobrou nada por seus serviços. Não escreveu nenhum livro e, no entanto, nem todas as bibliotecas deste país poderiam conter os livros que já foram escritos a seu respeito.

Nunca compôs uma música, e, no entanto tem sido tema de hinos e corinhos cujo numero ultrapassa todas as outras musicas somadas. Nunca fundou uma faculdade ou seminário, mas o total dos que estudam seus ensinos é muito maior do que a soma de todos os alunos de todas as escolas.

Nunca comandou um exército e nem convocou um soldado, nem disparou um fuzil. E no entanto nenhum outro capitão contou com maior numero de voluntários que, sob suas ordens, fizeram rebeldes baixar as armas e render-se a ele, sem dar um único tiro.

Nunca praticou a psiquiatria, mas tem dado alívio a mais corações aflitos que todos os médicos juntos. Uma vez por semana, o comércio fecha as suas portas, e multidões de fiéis se encaminham para reuniões de adoração, onde lhe prestam culto.

Grandes estadistas da Grécia e Roma surgiram no cenário mundial e depois caíram no esquecimento. No passado, tivemos grandes cientistas, filósofos e teólogos, e também esses foram esquecidos. Mas o nome desse Homem permanece cada vez mais lembrado.

Embora já se tenham passado quase dois mil anos desde que foi crucificado, Ele ainda está vivo. Herodes não conseguiu destruí-lo. O túmulo não pode detê-lo.

Agora Ele- o Cristo vivo, nosso Senhor e Salvador – se encontra no pináculo da glória celestial, exaltado por Deus, reconhecido pelos anjos, adorado pelos santos e temido pelos demônios. E a promessa que temos é que Ele em breve vem buscar a sua Igreja. Mesmo que muitos não creiam, outros duvidem e, ainda, outros não queiram falar no assunto, a verdade é que a Bíblia nos ensina isto:” Jesus voltará para buscar a Sua Igreja”. Quando “Porém, daquele

Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente meu Pai.” (Mt 24.36). O dia e a hora não foram revelados a ninguém. Mas, podemos acreditar que a Sua volta é certa e será repentina, por essa razão, é preciso que estejamos alerta e vigilantes porque a qualquer momento Ele voltará.

Pr. Francisco Vicente (1º Vice-Presidente da AD em Mossoró e diretor do Departamento de Missões)

O EVANGELHO QUE NÃO ENVERGONHA

O evangelho são as boas notícias de Deus para os homens que, perdidos em seus vis pecados, podem receber gratuitamente o perdão de seus pecados por Jesus Cristo, nosso salvador por excelência. No deserto da Judéia, no ano 30 da nossa era cristã, João batista pregava a partir do deserto, a mensagem de arrependimento aos […]

O evangelho são as boas notícias de Deus para os homens que, perdidos em seus vis pecados, podem receber gratuitamente o perdão de seus pecados por Jesus Cristo, nosso salvador por excelência.
No deserto da Judéia, no ano 30 da nossa era cristã, João batista pregava a partir do deserto, a mensagem de arrependimento aos seus contemporâneos, dizendo: “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus”(Mt 3.2). Eram as boas notícias que chegavam para um povo ansioso pela redenção prometida por Deus a partir do Éden. Depois surgiu Jesus vindo da Galiléia e, após ser batizado por João deu inicio ao seu ministério, percorrendo toda a Galiléia, pregando o evangelho do Reino e dizendo ao povo: “O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho” (Mc 1.14). O evangelho de Jesus Cristo é do arrependimento, da conversão, da obediência aos seus ensinos, do testemunho autêntico de uma vida transformada, enfim, é o evangelho da graça que apanha o mais vil pecador e o transforma num cidadão do céu – passando a viver uma nova vida, digna de um filho de Deus. Também este evangelho se manifesta em sinais e prodígios naqueles que creem verdadeiramente no poder de Jesus Cristo. Jesus após a sua ressurreição ordenou aos seus discípulos que fossem e pregassem o evangelho a toda a criatura, objetivando a salvação da alma do pecador e, como consequência os milagres os acompanhariam, visto que, em Seu nome há poder, não só para perdoar, o que já é um milagre, mas para curar e fazer maravilhas. Este é o evangelho pleno que Jesus ordenou que fosse pregado, não isento de sofrimentos, tribulações e perseguições, pois disse Ele: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me” (Mt. 16.24) e mais;” no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”(Jo 16.33). Paulo, o apóstolo das gentes escreve a Timóteo, afirmando que: “E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições” (II Tm 3.12). Este evangelho glorioso que envolve perdão de pecados, salvação, milagres, sofrimentos, perseguições e esperança de vida eterna com Deus no céu, não tenho de que me envergonhar, pois foi esse que conheci e nele estou bem firmado, consciente de que, esse é o evangelho pregado por Cristo, seus santos apóstolos e a igreja no decorrer de sua história. O apóstolo Paulo, era tão convicto das verdades do evangelho que escreveu aos romanos afirmando: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16). O evangelho de Cristo é digno de ser aceito, recebido, vivido, pois dignifica a pessoa que se deixa moldar por ele. Em contrapartida, há outro evangelho sendo pregado em nossos dias, cujos propugnadores usam e abusam do nome de Jesus, do Espírito Santo, da Bíblia, etc., unicamente para atender seus fins interesseiros. É um evangelho fácil, sem cruz, sem arrependimento, enfim, sem nenhuma exigência (bem ao contrário do que Jesus pregou e ensinou). É um evangelho de shows, danças, balés, até mesmo de artes marciais como temos visto ultimamente. É um evangelho de “milagres”, terapias, meditação transcendental (usada para “aperfeiçoar” a capacidade mental, física e emocional das pessoas), regressão psicológica (para levar a pessoa a esquecer seus traumas do passado e obter libertação ou cura interior como comumente é chamada), enfim, é um evangelho sem Cristo, sem cruz, arrependimento, perdão, conversão e esperança de vida eterna; desse evangelho, tenho vergonha dele, mas do evangelho de Cristo, não tenho de que me envergonhar, pois sou testemunha genuína do que ele fez na minha vida e de milhões no mundo inteiro ao longo destes dois mil anos de pregação.

Pr. Martim Alves da Silva (Presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Estado do Rio Grande do Norte (IEADERN) e da Convenção Estadual de Ministros da Assembleia de Deus no Estado do Rio Grande do Norte (CEMADERN).

APROVEITANDO BEM O NOSSO TEMPO

No Salmo 90.12 lemos: “Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria”. O salmista fala da grandeza imensurável de Deus e, diante disso, o homem além de ser transitório é limitado em tudo, porém, muitos pensam que somos uma produção independente. A vida diária, em um mundo pós-moderno, criou em […]

No Salmo 90.12 lemos: “Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria”.
O salmista fala da grandeza imensurável de Deus e, diante disso, o homem além de ser transitório é limitado em tudo, porém, muitos pensam que somos uma produção independente.

A vida diária, em um mundo pós-moderno, criou em nós a mania de pensar que “já faço muito para Deus”. Se venho a igreja de vez em quando, se dou meu dízimo, já mereço o céu.

É uma era de merecimento. Pessoas fazem negócios com Deus. Vivemos em um mundo antigraça. Tudo é conquistado a suor e esforço. A religiosidade pós-moderna não se baseia no amor, sim no merecimento.

O humor das pessoas está ligado aos resultados da vida, fatos. Quando temos os objetivos atingidos, ótimo. Quando não, a vida passa a ser cinzenta e ruim.

Quero lhe dizer que a maioria de nossos fracassos, em todas as áreas, se dá porque não conseguimos confiar.
Confiança é o resultado do conhecimento sobre alguém. Quanto mais informações corretas sobre quem necessitamos confiar, melhor, formamos um conceito positivo da pessoa.

Nossa confiança em Deus dependerá do conhecimento que temos dEle. Quando não conseguimos confiar em pessoas, em nós mesmos e em Deus, tudo parece muito distante.

As pessoas desenham um deus que se adapte ao seu estilo de vida, porém, o cristão precisa adaptar-se ainda ao estilo de vida que Deus requer. Nesta época onde cada um é seu juiz, o juiz dos cristãos ainda continua a ser Deus.

Nesta época onde não há verdade absoluta, cada um tem a sua; a verdade para o cristão não é outra a não ser Jesus.
A melhor maneira de aproveitarmos bem o nosso tempo está em nossa dependência de Deus. Sua presença conosco nos garante qualidade de vida, paz, segurança, alegria. Nossas preocupações podem ser depositadas aos Seus pés, pois dEle temos a promessa de cuidar das nossas vidas. Jesus disse: “Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem, não têm armazéns nem celeiros; contudo, Deus as alimenta. E vocês têm muito mais valor do que as aves” (Lc 12.24).

Confiando em Deus desfrutaremos uma melhor qualidade de vida. Nossos dias serão mais proveitosos e veremos que o que fizermos não valerá apenas para esta vida, mas contará para a eternidade.

FONTE: edificandovidas.com

NA SALA DE ESPERA

Jó homem famoso, extremamente rico, o melhor dos melhores. Mas Jó perdeu tudo. Não só perdeu tudo, como foi cercado por amigos carnais, críticos…, até mesmo sua esposa pediu que ele amaldiçoasse a Deus e morresse. Jó encontrou-se na sala de espera de Deus. Alguns de vocês podem se identificar com Jó. Estão a espera […]

Jó homem famoso, extremamente rico, o melhor dos melhores. Mas Jó perdeu tudo. Não só perdeu tudo, como foi cercado por amigos carnais, críticos…, até mesmo sua esposa pediu que ele amaldiçoasse a Deus e morresse.
Jó encontrou-se na sala de espera de Deus. Alguns de vocês podem se identificar com Jó. Estão a espera de ouvir uma resposta de Deus! Por favor, observe… .

NA SALA DE ESPERA ENCONTRAMOS DIFICULDADES
Todos nós queremos que Deus nos dê paciência… mas quando se trata de esperar aí muitas vezes chegamos até a perder a paciência.

A) Você não pode ver o que está acontecendo

Fé é crer que Deus está trabalhando, mesmo quando não podemos ver sua mão. Observe o Salmo 46.

B) Você geralmente não entende tudo o que está acontecendo na sala de espera.
Não significa necessariamente que você não é espiritual, ou que alguma coisa está terrivelmente errada, embora isso possa ser o caso de alguns. Deus optou por não explicar a Jó os “porquês” da sala de espera.

C) Você não pode controlar o que está acontecendo na sala de espera!
Nenhuma circunstância está fora dos limites do controle de Deus. Deus muitas vezes nos permite estar em situações que requerem que olhemos para Ele e dependamos Dele. A autossuficiência é um inimigo da fé.

D) A sala de espera é um lugar de atraso… Às vezes por um tempo prolongado.
Devemos lembrar que Deus nunca está atrasado. A maior obra de Deus em e através de você pode ser “em breve”.

E) A sala de espera não é geralmente um lugar muito confortável.
As maiores verdades da vida são muitas vezes aprendidas
em lugares difíceis e escuros.

F) A sala de espera é muitas vezes um lugar de preocupação e ansiedade.
A preocupação é a convicção de que Deus não se Importa ou não é capaz.

INSTRUÇÕES PARA A SALA DE ESPERA

Deus deu instruções para a sala de espera.

a) Confie em quem está no comando!
Ainda que ele me mate, eu ainda confio nele (Jó 13:15), Bem sei eu que tudo podes,
e nenhum dos teus pensamento pode ser impedido(Jó 42:2), Na terra não há ninguém como ele…(Jó 41:33), Deus é nosso refúgio…”Ativo”… e força…” Capaz, “… “Uma ajuda bem presente na angústia…”Disponível! ( Salmo 46:1)

B) Seja paciente… e espere!
Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus… (Salmos 46:10).
Deus pode precisar fazer alguma coisa em você. Antes que ele faça algo especial para você ou através de você.

C) Antecipe a resposta de Deus
Jó. 42:10: “E o Senhor virou o cativeiro de Jó …”
Salmo 46:10: “…serei exaltado entre as nações;
Serei exaltado sobre a terra” Deus não deixou Jó na sala de espera.

AS DESCOBERTAS NA SALA DE ESPERA

Jó descobriu uma nova perspectiva, “Sucedeu, pois, que, acabado o Senhor de dizer a Jó aquelas palavras…”. Observe Romanos 5:3-5 e 8:18.
Deus deu a Jó uma nova perspectiva, ele nunca teria tido se tivesse abandonado a sala de espera.
Se você está na sala de espera de Deus confie Nele, fique perto, ore, seja paciente, e se prepare para algumas descobertas maravilhosas.

MOISÉS FERREIRA DA SILVA (presbítero e líder da Assembleia de Deus no Sítio Mariana – Caraúbas/RN)

CASAMENTO UMA VIAGEM FANTÁSTICA

Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.    Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam. Gn 2.24,25. Nesse começo de ano novo fomos presenteados com o segundo encontro “Família Debaixo da Graça”, cujo tema bem […]

Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.    Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam. Gn 2.24,25.

Nesse começo de ano novo fomos presenteados com o segundo encontro “Família Debaixo da Graça”, cujo tema bem sugestivo abordava que o “Casamento é uma Viagem para toda à vida”. Já nascemos com necessidade de companhia, o próprio Deus nos diz: “Não é bom que o homem esteja só” Gn 2.18.

Quando escolhemos alguém para fazer essa viagem para toda a vida conosco, afirmamos que é melhor serem dois do que um. Ec 4.9-12.

Se o casamento é uma viagem para toda a vida, precisamos de uma companhia que venha tornar essa viagem uma experiência inesquecível.  Que procure desenvolver uma comunicação inteligente, e através da qual haja clareza em tudo que vai ser vivenciado. Que seja bondoso(a), isto é amável, atencioso(a), educado(a) essas qualidades nobres são peças chaves para sermos bons companheiros, Ef. 4.32 (Sejamos bondosos e compassivos uns com os outros…).

Ninguém suporta estar perto de uma pessoa com atos grosseiros, falta de educação, que desrespeita o outro. Imagine ter que seguir viagem com uma pessoa desse porte.

Durante muito tempo temos nos empenhado em ajudar casais com seríssimos problemas conjugais.  São problemas diversos desde pequenas frustações, má comunicação, falta de perdão, sentimentos de culpa que tanto deformam os cônjuges. Muitas vezes nosso coração se enche de tristeza porque estamos diante de duas pessoas que se apaixonaram, sentiram-se incompletas sem o outro, que no início da viagem foram tão desejadas, amadas, e agora só tem um pensamento que é descartar o outro definitivamente.

Sabemos que não existem casamentos isentos de conflitos, no entanto a maneira como lidamos com os conflitos poderá torna-los em fontes de amadurecimentos e crescimentos. Mas, infelizmente em muitos casamentos o conceito de comprometimento, renúncia, sacrifício tem perdido seu verdadeiro significado. O que, mas ouvimos é o quesito: preciso ser feliz, preciso aproveitar a vida, sou infeliz no casamento, preciso ir à procura de felicidade. Achando que o divórcio é a tábua de salvação, se esforça o máximo para conquista-lo, como se o divórcio fosse a solução de todos os problemas. Na prática o que mais observamos são complicações que envolvem os cônjuges, filhos, familiares e outros mais.

O Senhor ao idealizar o casamento foi muito bondoso, além de suprir a falta que tínhamos de companhia, o casamento teria o caráter de permanência até que a morte o separasse. Se a pessoa quer viver uma vida que agrade ao Senhor, ela tem por obrigação procurar dominar seu ego, e fazer o possível para promover a felicidade de seu cônjuge. Porque o casamento requer que a pessoa seja madura, inteira, equilibrada, feliz, realizada consigo, para poder fazer o outro feliz, porque a recíproca será a mesma. E não um aleijado emocional que precise desesperadamente que o outro o faça feliz.

O casamento vem com o pacote completo que envolve não somente momentos de felicidades, mas também momento de dor angústia, irritações etc. A maneira como lidamos com os mesmo determinará a qualidade de casamento que teremos. Precisamos sempre avaliar nosso casamento, como está indo nossa viagem, o que precisa ser mudado.

Nunca devemos esquecer que o sucesso de nosso casamento passa pelo compromisso assumido e a disposição para mudar quando for preciso.

Na viagem, é preciso fazer as paradas obrigatórias para avaliação e reabastecimento emocional. Paciência e longanimidade, unidas à humildade, fazem com que nossa viagem se torne muito prazerosa e sirva de modelo para todos os tripulantes. Não sabemos quanto tempo sua viagem tem durado, nem tampouco os transtornos que os tem surpreendido. Mas com certeza se você está debaixo da graça de Deus, conte com Sua ajuda, Ele ainda está sentado no trono e quer ter o controle de seu casamento.

Desejamos que as bênçãos de Deus sejam constantes sobre sua vida e de sua família, e que este ano novo que se inicia seja cheio de realizações.

Maria do Socorro G. Pereira (Esposa do Pr. Elumar Pereira – Diretor do Departamento da Família da AD Mossoró)

LÍDERES SÃO RESPONSÁVEIS POR CAPACITAR SEUS LIDERADOS

Vamos fundamentar esta reflexão em Efésios 4:11-13, que proporciona um brilhante pano de fundo no tocante a capacitar os outros. “Foi ele (Cristo) quem escolheu alguns para serem apóstolos, alguns para serem profetas, alguns para serem evangelizadores e alguns para serem pastores e professores, para preparar as pessoas de Deus para a obra do ministério, […]

Vamos fundamentar esta reflexão em Efésios 4:11-13, que proporciona um brilhante pano de fundo no tocante a capacitar os outros. “Foi ele (Cristo) quem escolheu alguns para serem apóstolos, alguns para serem profetas, alguns para serem evangelizadores e alguns para serem pastores e professores, para preparar as pessoas de Deus para a obra do ministério, de modo que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos nós alcancemos a unidade na fé e no conhecimento do Filho de Deus e nos tornemos maduros, atingindo a medida da plenitude de Cristo.”

Líderes – pessoas que têm influência, incluindo você – são responsáveis por usar seus dons dados por Deus para preparar ou capacitar os santos – os membros do corpo de Jesus Cristo, a Igreja – para a obra do ministério. Embora se enfatize primariamente Efésios 4:12, os versículos 11 e 13 também focam nos objetivos e fornecem grande apoio e incentivo para todos que desejam desenvolver ministérios frutíferos.

O versículo 11 fala sobre os diferentes dons que Cristo deu ao corpo de Cristo. O versículo 13 fala sobre fé, conhecimento, maturidade e estar cheio das qualidades de Cristo. Você notou? Quer sejamos líderes que capacitam ou aqueles que são liderados, todos nós partilhamos da responsabilidade conjunta de sermos capacitados para a “obra do ministério”, por isso podemos ser úteis na promoção do Reino de Deus e ter um impacto nas vidas das pessoas ao nosso redor.

Antes de continuar vamos definir o que são Competências, Recursos e Compreensão.

COMPETÊNCIA: “Uma habilidade para fazer algo com as mãos, corpo ou mente”.

RECURSOS: “Coisas que o dinheiro pode comprar; o que precisamos para fazer nosso trabalho: ferramentas, equipamentos, suprimentos…”.

O essencial para capacitar os outros COMPREENSÃO (ou conhecimento): “A qualidade da compreensão, não apenas de conhecer os fatos, mas também como aplicá-los”. Destas três definições que permeiam a questão da capacitação de outros quero enfatizar que é importante para você, e para todos os outros líderes, reconhecer três áreas da compreensão: O PROPÓSITO OU MISSÃO, O OBJETIVO E A AUTORIDADE.

Estas três áreas desempenham um papel crucial em capacitar as outras pessoas. Compreendendo a razão principal: “o objeto ou a razão pela qual algo existe.” Todos nós precisamos compreender claramente a razão ou propósito porque nós fazemos o nosso trabalho. Propósito é a “visão geral” que explica porque fazemos o que fazemos. Jesus sabia como era importante para os cristãos compreender o Seu propósito para suas vidas. Observe o que Ele disse aos Seus discípulos: “Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido. Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto – fruto que permaneça “João 15:15-16 (grifo meu). Esta mesma verdade se aplica a você hoje. Jesus não apenas espera que você seja um servo; Ele te chama de Amigo e quer que você entenda o propósito que Ele tem para você. É importante que uma pessoa que se alista para a obra do ministério também compreenda seu propósito. Um elemento-chave sobre capacitar outros é guiá-los a um entendimento de um propósito em comum. Ter claro os objetivos a serem alcançados e usar da autoridade (poder de ação) para o desempenho da missão que foi confiada. Como líderes temos a responsabilidade de capacitar os outros usando as ferramentas disponíveis e ensinando aos nossos liderados os princípios e motivações coerentes com o reino de Deus e a organização que estamos envolvidos. Lidere onde estiver! Abração a todos.

Pr. Wendell Miranda (2° vice-presidente da IEADEM, Superintendente do Sistema de Comunicação da AD em Mossoró)

CÉU

Há um hino cuja letra expressa “o céu é um lindo lugar, cheio de glória sem par”. Compositores e poetas tentaram vislumbrar em versos a grandeza desse lugar. Mas nossa linguagem é limitada para descrever as glórias que serão reveladas no céu. Antes de avaliar o significado bíblico de céu, faz-se necessário atentar para as […]

Há um hino cuja letra expressa “o céu é um lindo lugar, cheio de glória sem par”. Compositores e poetas tentaram vislumbrar em versos a grandeza desse lugar. Mas nossa linguagem é limitada para descrever as glórias que serão reveladas no céu. Antes de avaliar o significado bíblico de céu, faz-se necessário atentar para as suas múltiplas nuances. Semelhantemente ao português, essa é uma palavra polissêmica, com sentidos que dependem do contexto no qual se encontram. O céu tanto pode ser um espaço físico quanto espiritual, no qual habitam Deus e todos aqueles que nEle acreditam.

A palavra hebraica shamaim pode significar tanto o céu físico, a atmosfera ou espaço, quando o lugar de habitação de Deus. É comum encontrar passagens bíblicas no Antigo Testamento que façam referência à chuva, neve, trovão, vento e nuvens (Gn. 8.2; Is. 55.9-11; Jó 38.29; Js. 10.11; I Sm. 2.10) como a elementos astronômicos tais como estrelas, sol e lua (Gn. 15.15; Dt. 4.19; Jo. 9.8,9; Sl. 8.3). Até mesmo os pássaros são identificados como sendo provenientes do shamaim (Gn. 1.26; Dt. 28.26; I Rs. 16.4; Sl. 8.8). Na dimensão escatológica existe a possiblidade do aparecimento de sinais no shamaim (Is. 50.3; Ez. 32.7; Jo. 2.10).

Mas shamaim tem a ver também ao lugar de habitação e da presença de Deus. De acordo com os autores bíblicos, Yahweh habita acima dos céus criados, até mesmo do mais alto céu (I Ts. 8.27). É de lá que vem Sua revelação, dEle procede todas as coisas (Gn. 28.12,17; I Rs. 8.30; Jo. 22.12; Sl. 14.2). O Deus pessoal que se revela é Aquele que fala, ouve e responde as orações diretamente do shamaim (Gn. 21.17; Ex. 20.22; Sl. 20.26). É no céu que se encontra o templo e o trono de Deus (Sl. 11.4; 103.19; Is. 66.1). Os anjos também são encontrados no céu (Gn. 21.17; I Rs. 22.19), mas o céu não é dos anjos, é de Deus (II Cr. 36.23; Ez. 1.2).

No Antigo Testamento, a palavra shamaim geralmente está relacionada a terra. Isso porque Yahweh é o Deus que criou “céus e terra” (Gn. 1.1; 14. II Rs. 19.15; Sl. 115.15; Jr. 10.11). Em sentido teológico, há um contraste entre o shamaim (governo de Deus) e a terra (governo dos homens). Essa diferença é ressaltada porque os céus são os céus de Deus, o lugar onde Ele se encontra, sendo a terra a habitação dos homens, a quem Ele mesmo a deu para morarem (Sl. 115.16). É válido ressaltar, nesse contexto, que o shamaim não é identificado, nos textos veterotestamentários, como habitação dos crentes.

A revelação do céu como habitação de Deus e morada dos crentes se deu no Novo Testamento. A palavra grega ouranos ocorre predominantemente no Evangelho segundo Mateus e no Apocalipse. Para Mateus é importante ressaltar a dimensão do Reino dos céus (Mt. 3.2; 13.24; 25.1). Isso porque o Pai daqueles que creem está no ouranos (Mt. 5.16; 10.32; 18.19), sendo Esse Nosso Pai celestial (Mt. 5.48; 15.13; 23.9). Mas é Apocalipse que nos dá uma visão mais ampla do ouranos, onde o Cordeiro reina e é adorado pelos santos (Ap. 4.2). Os eventos escatológicos se concretizarão a partir do céu e terão efeito sobre toda a terra (Ap. 5.13; 8.10; 10.11).

A vida dos crentes está pautada pelo Reino dos céus, pois eles são cidadãos do ouranos (Fp. 3.20,21). Paulo experimentou por antecipação essa glória, ao ser conduzido até o terceiro ouranos (II Co. 12.1), sendo esse o paraíso (paradeisos em grego), ouvindo ali palavras inefáveis (II Co. 12.4). Por isso, o ouranos é um lugar muito melhor (Hb. 10.34), incomparavelmente melhor (Fp. 1.23), pois é o lar de habitação dos crentes (Hb. 11.13), preparado pelo próprio Cristo (Jo. 14.3). Essa é nossa alegria, ao saber que “olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem penetraram no coração humano, as coisas que Deus preparou para os que O amam” (II Co. 2.9).

Aguardamos com expectação o dia do arrebatamento (I Ts. 4.13-17), no qual o que é corruptível se revestirá da incorruptibilidade, e a morte será tragada na vitória (I Co. 15.55,56). O arrebatamento e a ressurreição daqueles que partiram é a bendita esperança da igreja do Senhor Jesus. Enquanto não acontecem, devemos continuar trabalhando em prol do Reino dos shamaim/ouranos, e orando para que esse chegue até nós (Mt. Mt. 6.10). A não apenas os seres humanos, mas toda a natureza geme, aguardando com ansiedade sua redenção (Rm. 8.19-22). Isso acontecerá por ocasião da consumação final dos desígnios de Deus, que será manifestada na nova terra e novo shamaim/ouronos (Is. 65.17; II Pe. 3.13; Ap. 21.1).

Ev. José Roberto A. Barbosa (2º Secretário da Assembleia de Deus em Mossoró-RN e professor da EBD)

MANSIDÃO

A mansidão e o domínio próprio são as duas últimas virtudes do fruto do Espírito. Elas aparecem em Gl 5.22 somente na versão ARC, mas em todas as demais versões da Bíblia elas aparecem em Gl 5.23. Neste versículo, a palavra grega “praotes” é traduzida geralmente por “mansidão”. O vocábulo “Praotes” transmite a ideia de […]

A mansidão e o domínio próprio são as duas últimas virtudes do fruto do Espírito. Elas aparecem em Gl 5.22 somente na versão ARC, mas em todas as demais versões da Bíblia elas aparecem em Gl 5.23. Neste versículo, a palavra grega “praotes” é traduzida geralmente por “mansidão”. O vocábulo “Praotes” transmite a ideia de submissão dócil. É poder sob controle.

A mansidão é a qualidade ou estado de quem é manso. Ser manso não significa ser mole, covarde, medroso ou fraco. A pessoa mansa é uma pessoa plácida, calma, serena, tranquila e dócil. Quem é manso não é belicoso e nem agressivo, mas é pugnaz e pacífico. A mansidão se opõe à rispidez, violência, agressividade e aspereza. A mansidão é um aspecto do fruto do Espírito que contrasta com a ira (gr. thumos) e a contenda de palavras (gr. eris), que são obras da carne (Gl 5.20).

Como uma virtude do fruto do Espírito, a mansidão se refere à índole e ao comportamento pacífico de quem é manso e dócil. Na mansidão combina-se, equilibradamente, força e gentileza, firmeza e suavidade, impetuosidade e brandura, fortaleza e humildade, valentia e moderação.

A pessoa mansa possui a virtude da moderação associada à força e à coragem, a ponto de manifestar indignação legítima e equânime, quando necessário, mas também expressar calma, humildade e gentileza. A mansidão é como se fosse um “sistema de freios e contrapesos” que controla a ira e a indignação do homem em termos de quantidade, intensidade, frequência, ocasião e suas formas de manifestação.

A mansidão é uma virtude que deve ser almejada e buscada pelo crente (Sf 2.3). Os mansos são bem-aventurados (Mt 5.5). Diante da contenda entre os pastores de Abraão e os pastores de Ló, Abraão demonstrou grande mansidão ao fazer a seguinte proposta para Ló: “Não haja desavença entre mim e você, ou entre os seus pastores e os meus; afinal somos irmãos! Aí está a terra inteira diante de você. Vamos nos separar! Se você for para a esquerda, irei para a direita; se for para a direita, irei para a esquerda” (Gn 13.8-9 – NVI).

Moisés era “…mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra” (Nm 12.3). Essa qualidade foi fundamental para que ele suportasse várias murmurações e rebeliões do povo de Israel durante 40 anos no deserto.

Após pronunciar palavras duras e de juízo contra as cidades de Corazim, Betsaida e Cafarnaum (Mt 11.20-24), Jesus se revelou como uma pessoa mansa e humilde de coração (Mt 11.29). Em certa ocasião (Mc 3.1-6), ao mesmo tempo em que Jesus manifestou sentimento de indignação contra os fariseus e herodianos, ele também ficou condoído com a dureza dos corações deles (Mc 3.5). O mesmo Jesus que “…fez um chicote de cordas e expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois; espalhou as moedas dos cambistas e virou as suas mesas” (Jo 2.15 – NVI), também disse à mulher apanhada em adultério: “…nem eu também te condeno; vai-te e não peques mais” (Jo 8.11).

Apóstolo Paulo era manso (1 Co 4.14,21) e, escrevendo aos Gálatas, afirmou que a mansidão é uma das facetas do fruto do Espírito (Gl 5.23) e recomendou que a igreja tratasse com espírito de mansidão as pessoas surpreendidas nalguma ofensa (Gl 6.1). Aos Efésios, ele rogou para que eles andassem com toda a humildade e mansidão, como é próprio do cristão (Ef 4.1-2).

Nas Epístolas Pastorais, Paulo disse que Timóteo devia seguir a mansidão (1 Tm 6.11), e que “ao servo do Senhor não convém brigar mas, sim, ser amável para com todos, apto para ensinar, paciente. Deve corrigir com mansidão os que se lhe opõem…” (2 Tm 2.24-25 – NVI). Aos crentes das igrejas pastoreadas por Tito, Paulo exortou: “não caluniem a ninguém, sejam pacíficos e amáveis e mostrem sempre verdadeira mansidão para com todos os homens” (Tt 3.2 – NVI).

Tiago recomenda que devemos receber a Palavra de Deus com mansidão (Tg 1.21), além de mostrar, pelo bom trato, as nossas obras em mansidão de sabedoria (Tg 3.13). Ao defender e explicar a nossa fé, apóstolo Pedro recomenda que façamos isso com mansidão e temor (1 Pe 3.15). Ele também recomendou que as mulheres, ao invés de priorizar a beleza exterior, deveriam embelezar o seu interior com um “…incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus” (1 Pe 3.4).

Diante da grande importância que a mansidão representa para nós, sigamos a recomendação bíblica: “Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência” (Cl 3.12 – NVI).

Ev. Fábio Henrique (1º Secretário da Assembleia de Deus em Mossoró-RN e professor da EBD e do CETADEM).