“Portanto, tenham cuidado, e que ninguém seja infiel a seu cônjuge” Ml 2.16
Os lares de Israel estavam desolados, eles perguntavam por que Deus não recebia mais os seus sacrifícios. Deus então levanta o profeta Malaquias que anunciou a sua mensagem, dizendo: “É porque Deus sabe que você tem sido infiel para com seu cônjuge, com quem se casou na sua mocidade, você quebrou a promessa que fez na presença de Deus” (Ml 2.14).
O Povo não estava obedecendo às leis de Deus, nem honrando a família e ao cônjuge, era, portanto necessário que eles abandonassem os seus pecados e as suas maldades. Aqueles que se arrependessem e voltassem para Deus seria novamente o seu povo.
Nos dias de hoje podemos contemplar o mesmo quadro. Quantos lares desanimados, acometidos por um grande número de abandono, separações, divórcio, filhos dispersos. Deus tem levantado por profeta a sua Igreja para os dias atuais, levando a sua mensagem, porém poucos têm se voltado para o que está sendo dito.
Lembro-me do escritor Myles Munroe que escreveu um comentário em seu livro: “O proposito e o poder do amor e do Casamento”, que diz: “Vivemos em uma sociedade descartável que perdeu em grande parte qualquer sentido real de permanência. É um mundo de expiração de datas de validade, vida limitada na prateleira e onde as coisas rapidamente se tornam ultrapassadas. Um dos principais sintomas de uma sociedade doente é quando apresentamos em nossos relacionamentos humanos a mesma atitude de descompromisso e impessoalidade que mostramos com relação aos itens inanimados e descartáveis que utilizamos na vida cotidiana.
Ele continua dizendo: “Contudo o casamento ainda é o mais profundo e íntimo de todos os relacionamentos humanos, ainda que esteja sob ataque”.
Diante de tantos desafios o que fazer? Sabemos que Deus estabeleceu e ordenou o casamento logo no início da história da humanidade. Gênesis 2.18 e 21 diz: “Então, Deus uniu homem e mulher e confirmou seu relacionamento como marido e mulher, determinando, desta forma, a instituição do casamento. Um homem e uma mulher que se tornam “uma só carne” segundo o plano de Deus não podem se separar sem que sofram um grande dano ou até mesmo destruição.
Quando Deus ordenou que o homem e a mulher devesse se tornar uma só carne, tinha em mente um relacionamento permanente e perpétuo.
O escritor Myles continua: Jesus, o grande mestre, tornou isto bastante claro durante sua discussão sobre o divórcio com alguns fariseus. Os fariseus perguntaram a Jesus se era permitido ao homem se divorciar de sua mulher, ressaltando que Moisés havia tornado o divórcio lícito.
Respondeu Jesus: “Moisés escreveu essa lei por causa da dureza de coração de vocês”. Mas, no princípio da criação Deus os fez homem e mulher. Por esta razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher e os dois se tornarão uma só carne. Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu ninguém o separe (Mc 10.5-9).
Jesus expôs seus projetos para a família. Ele nos faz lembrar o que diz: Mateus 7.24 sobre a casa edificada sobre a rocha. Vem a tempestade, mas ela permanece firme. Nós cristãos, que valorizamos a família, temos que conhecer os princípios fundamentais de estabilidade familiar.
Desde o velho testamento, o Senhor havia estabelecido bases familiares para o povo de Israel. Moisés, que foi o legislador do antigo pacto, mostrou aquilo que poderia solidificar a família e torna-la bem sucedida.
Deuteronômio 6.1-5 afirma: “…amarás ao Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu poder…”, isto é regra de vida de uma família sensível à voz de Deus. Família que ama a Deus, dentro do lar, com todo coração, força e alma, tem uma vida de obediência.
Provérbio 2.4 “Porque o Senhor dá a sabedoria…”. A família sensível à voz de Deus. Pv 1.33 “Mas o que me der ouvidos habitará seguramente…”.
Três áreas fundamentais: Temor a Deus, ouvido sensível à voz de Deus, e uma vida de obediência. É preciso que a família vivencie a fé, vivencie a palavra de Deus, oração e jejum, vivencie os mandamentos de Cristo do amor e perdão. Este amor a Deus de todo coração, precisa ser vivenciado e transmitido aos filhos e netos, com convicção. Quando eles te perguntarem a razão de tua fé, você precisa ter este testemunho. Deuteronômio 6.20-21. Sabemos que não é fácil ser família cristã nos dias atuais. Mas é possível desde que sigamos os ensinamentos de Jesus, para que nossos filhos e netos possam conhecer a unidade que nos legou nossos pais. De acordo com o Salmo 127, se Deus não for o Senhor da casa, se os seus planos de família não forem os do Senhor, em vão trabalham os que a edificam.
Deus abençoe sua Família.
Pr. Elumar Pereira (Diretor do Departamento da Família – DEFADEM)