Reflexões

ATENÇÃO FAMILÍAS: HÁ ESPERANÇA NA CRISE!

Segundo a psicologia crise é toda a situação de mudança a nível biológico, psicológico ou social, que exige da pessoa ou do grupo, um esforço suplementar para manter o equilíbrio ou estabilidade emocional. A crise pode ser definida como uma fase de perda, ou uma fase de substituições rápidas, em que se pode colocar em […]

Segundo a psicologia crise é toda a situação de mudança a nível biológico, psicológico ou social, que exige da pessoa ou do grupo, um esforço suplementar para manter o equilíbrio ou estabilidade emocional.
A crise pode ser definida como uma fase de perda, ou uma fase de substituições rápidas, em que se pode colocar em questão o equilíbrio da pessoa. Torna-se, então, muito importante a atitude e comportamento da pessoa em face de momentos como este.
É fundamental a forma como os componentes da crise são vividos, elaborados e utilizados subjetivamente.
A evolução da crise pode ser benéfica ou maléfica, dependendo de fatores que podem ser tanto externos, como internos. Toda crise conduz necessariamente a um aumento da vulnerabilidade, mas nem toda crise é necessariamente um momento de risco. Pode, eventualmente, evoluir negativamente quando os recursos pessoais estão diminuídos e a intensidade do stress vivenciado pela pessoa ultrapassa a sua capacidade de adaptação e de reação.
Mas a crise é vista, de igual modo, como uma ocasião de crescimento. A evolução favorável de uma crise conduz a um crescimento, à criação de novos equilíbrios, ao reforço da pessoa e da sua capacidade de reação a situações menos agradáveis. Assim, a crise evolui no sentido da regressão, quando a pessoa não a consegue ultrapassar, ou no sentido do desenvolvimento, quando a crise é favoravelmente vivida.
Eu tenho me perguntado ultimamente e questionado acerca do lamento e das lamurias de alguns cristãos, que compartilham do momento em que não somente o nosso Brasil, mas o mundo todo vivencia a fácil frase de se pronunciar chamada “CRISE”.
Se fizermos uma retrospectiva Bíblica, veremos que o povo que mais passou por momentos de crises foram exatamente aqueles que dependiam da assistência e proteção de Deus. Vejamos o que o nosso amado Jesus ratificou em suas palavras: no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo (Jo 16.33).
Logo que mergulhamos nas profundezas do passado e chegamos à residência do primeiro casal Adão e Eva, nos deparamos com uma das maiores crises jamais vista em toda a terra. A crise da desobediência e do relacionamento com Deus havia desestruturado aquela família a ponto de os mesmo procurarem se esconder da presença de Deus.
Sofreram sansões e limitações da parte Deus. Tiveram que mudar de lugar, passaram a trabalhar com mais afinco, partilhando das consequências que legaram o mundo de então. Porém, em nenhum momento, a bíblia relata lamúrias e desespero naquela família, apesar de toda a “CRISE” eles não se afastaram da presença de Deus e foram vencedores. Toda a duração da vida de Adão foi de novecentos e trinta anos.
Ao chegarmos à cidade de Noé nos deparamos com a pior crise moral e social jamais vista no mundo de então: Relata o escritor bíblico que a terra estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência. E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra (Gn 6.11,12).
Noé tinha uma família maravilhosa; gerou três filhos: Sem, Cam e Jafé. Viviam coesos em torno dos princípios que regem a vontade de Deus. Noé era varão justo e reto em suas gerações; Noé andava com Deus. Foram cento e vinte anos de crise vivida, porém não se afastou em nenhum momento do centro da vontade de Deus, e mesmo com a crise construiu um grande navio onde foram salvos ele e toda a sua família daquele grande diluvio.
Sem falar em nossos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó que passaram momentos de “CRISES”. Moisés, o grande líder e libertador do povo de Deus no Egito, porque havia feito uma opção de vida, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus do que, por um pouco de tempo, ter o gozo do pecado; tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa.
E porque não lembramos o grande Josué que em meio a uma crise de identidade nunca vista fez sua opção. Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habita; porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor (Js 24.15).
Ainda poderíamos mencionar o patriarca Jó que desfrutava de uma posição privilegiada e possuía uma família grande e abençoada. Ele era um homem bem sucedido. Realizado financeiramente, tinha uma vida moral correta e era elogiado pelo próprio Deus.
Ele enfrentou um momento de crise nunca vista em seus dias. Todas as áreas vitais da sua vida foram atingidas, como suas finanças, filhos, saúde, casamento e amizades. Diz a historia que Jó preferiu glorificar o nome do Senhor, em vez de ficar reclamando da vida e amaldiçoando tudo.
Jó não se intimidou e nem se perdeu diante da crise, ele depositou toda a sua esperança no Deus em quem ele confiava e então proclamou: Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra (Jó 19.25). Poderíamos citar outros como Daniel na cova dos leões. Sadraque, Mesaque e Abede-Nego na fornalha de fogo.
Fica claro, então, que no mundo sempre existiu crise e enquanto durar a humanidade haverá oportunidade de recebermos em nossas casas as indesejáveis visitas dos mais diversos tipos de crises. O cristão precisa entender que mesmo ele estando dentro da crise ele não deve ser absorvido pela crise.
O peixe que habita o mar não absorve o sal contido nas aguas salgadas onde ele mergulha. Como os companheiros de Daniel que foram jogados dentro da fornalha, e o fogo não os atingiu, assim deve ser com cristão que depende de Deus; independente do tipo de crise vivenciada ele tem certeza que o Senhor Jesus permanece juntamente com ele no barco da vida. É como profetiza o escritor do salmo 91.7: “Mil cairão ao teu lado, e dez mil, à tua direita, mas tu não serás atingido”.
O mesmo Deus que criou a família e estabeleceu princípios permanentes para a sua felicidade, pode intervir na sua vida, no seu casamento e na sua família, restaurando-a e tirando-a do fundo do poço.
Deus pode transformar os vales áridos do seu casamento em mananciais transbordantes de alegria e felicidade: Valorize a sua família. Não desista dela. Ore por ela. Coloque-a no altar de Deus, pois ainda há esperança!

Pr. Elumar Pereira  (Diretor do Departamento da Família da IEADEM )

Sacrifício

A prática do sacrifício sempre foi um tema fundamental, tanto na cosmovisão judaica quanto cristã. A palavra hebraica para sacrifício é zabah, cuja primeira ocorrência se encontra em Gn. 31.54, na qual Jacó oferece um sacrifício a Deus, e compartilha uma refeição com Labão, antes de partir. Essa é a mesma palavra usada por Moisés, […]

A prática do sacrifício sempre foi um tema fundamental, tanto na cosmovisão judaica quanto cristã. A palavra hebraica para sacrifício é zabah, cuja primeira ocorrência se encontra em Gn. 31.54, na qual Jacó oferece um sacrifício a Deus, e compartilha uma refeição com Labão, antes de partir. Essa é a mesma palavra usada por Moisés, quando pediu a Faraó que o povo de Israel fosse para o deserto, para zabah – sacrificar – ao Senhor (Ex. 5.3). Essa palavra também foi utilizada pelo salmista, ao convidar todo o povo a sacrificar oferendas de gratidão a Deus (Sl. 50.14).
Mas zabah não é a única palavra usada no Antigo Testamento para sacrifício. Na verdade, a mais utilizada é zebah, que se referia aos vários tipos de sacrifícios no sistema religioso hebreu. Ela era usada para o sacrifício de um cordeiro por ocasião da saída do povo do Egito (Ex. 12.27). Na Lei Mosaica, através dos sacrifícios, cordeiros era imolados, em adoração a Yahweh (Ex. 24.5), por ocasião da Páscoa (Ex. 34.25), anualmente (I Sm. 1.21), e em gratidão (Lv. 22.29). O sangue de um cordeiro costumava ser derramado, como parte do sacrifício de expiação, pelos pecados do povo.
Contudo, não apenas os sacrifícios eram agradáveis ao Senhor, Samuel lembrou a Saul que era mais apropriado obedecer do que oferecer zebah (I Sm. 15.22). Davi também reconheceu que Deus não se comprazia simplesmente nos sacrifícios, mas principalmente no coração quebrantado e contrito (Sl. 51.15,17). Essa é a mensagem dos profetas da Antiga Aliança, o próprio Deus adverte Seu povo, por meio de Oseias, que deseja misericórdia, e não zebah (Os. 6.4). Por meio do profeta Miqueias, Yahweh esclarece que Sua vontade não é o sacrifício de animais, mas que os seres humanos “pratiquem a justiça, ame a fidelidade e que ande humildemente diante de Deus” (Mq. 6.6-8).
No Novo Testamento, o verbo sacrifício é thuo, que vem da raiz de tuõ, que significa “sacrificar” uma oferta queimada. Assim thuo significa “oferecer um sacrifício ritual” ou cerimonialmente “matar um animal em sacrifício” a um deus (At. 13.13,18; I Co. 10.20). Esse verbo também era usado para se referir aos sacrifícios da Páscoa, no qual um cordeiro era imolado (Mc. 14.12; Lc. 22.7), e posteriormente, ao sacrifício de Jesus, nosso Cordeiro Pascoal (I Co. 5.7). Um anjo-mensageiro faz uso desse verbo, ao ordenar a Pedro que matasse e comesse os animais vistos na visão, que foram identificados como impuros pelo discípulo de Cristo (At. 10.13).
O substantivo grego thusia se refere no texto neotestamentário a qualquer sacrifício como oferta, a qualquer deus (Hb. 10.8). Mas esse termo é usado especificamente pelos escritores para fazer alusão aos sacrifícios oferecidos no templo judaico (Lc. 2.24; Hb. 5.1). Esses sacrifícios apontavam para Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo. 1.29). Ele o sacrifício Único e Perfeito (Ef. 5.2; Hb. 9.26; 10.12), por meio do qual os seres humanos podem se aproximar de Deus. O thusia de Jesus torna desnecessário o sacrifício de animais, considerando que esse foi suficiente para alcançar a todos àqueles que por meio dele se achegam ao Pai.
A vinda de Jesus a terra modificou todo o sistema de sacrifício judaico, considerando que Ele é descrito como o Cordeiro Pascoal (I Co. 5.7) e a oferta satisfatória para o pecado da humanidade(Rm. 8.3). Isso faz alusão direta ao Servo Sofredor de Is. 53, e ao Messias de Daniel, no capítulo 9. A palavra expiação, e propiciação, demonstram que o zebah/thusia de Jesus foi aceito por Deus. Por isso o autor da Epístola aos Hebreus descreve Jesus como nosso sacrifício pelo pecado (Hb. 2.9) e o cumprimento cabal dos sacrifícios da aliança (Hb. 9.10), com base nas especificações de Ex. 24. A celebração da Ceia trata-se, portanto, de um memorial, em relação ao sacrifício de Jesus (I Co. 11.23-26).
Por causa desse thusia, os cristãos podem agora oferecer sacrifício de louvor (Hb. 13.15), fazendo boas obras (Hb. 13.16). A oferta entregue em favor daqueles que se entregam à causa do evangelho, especialmente na obra missionária, é um thusia (Fp. 4.18). O sentido de sacrifício no Novo Testamento é bem mais amplo que no Antigo Testamento. Isso porque a vida do cristão, em sua inteireza, é um thusia espiritual (I Pe. 2.5; Rm. 12.1). E nesse sentido que Paulo assume ser um thusia, em prol dos filipenses (Fp. 2.17). Por isso a vida do cristão, em todo tempo, e até o momento de partir da terra, é um zebah/thusia, que sobe como cheiro suave às narinas de Deus. A vida do cristão, nesse contexto, é um sacrifício contínuo, uma oferta agradável a Deus, com vistas à maturidade da Igreja.

Ev. José Roberto A. Barbosa (2º Secretário da Assembleia de Deus em Mossoró-RN e professor da EBD)

Paz

A paz é a segunda faceta do fruto do Espírito (Gl 5.22). Neste versículo, a palavra “paz” é a tradução do vocábulo grego “eirēnē”, o qual ocorre em cada um dos livros do Novo Testamento Grego (exceto em 1 João), no total de 85 ocorrências. A palavra “eirēnē” também foi empregada na Septuaginta para traduzir […]

A paz é a segunda faceta do fruto do Espírito (Gl 5.22). Neste versículo, a palavra “paz” é a tradução do vocábulo grego “eirēnē”, o qual ocorre em cada um dos livros do Novo Testamento Grego (exceto em 1 João), no total de 85 ocorrências. A palavra “eirēnē” também foi empregada na Septuaginta para traduzir a palavra hebraica “shalom”, a qual ocorre 208 vezes no Antigo Testamento Hebraico e em quase todos os seus 39 livros. Como se vê, a Bíblia fala muito de paz.
Para o povo hebreu, “shalom” não é uma paz que significa apenas ausência de guerras, inimizades e brigas, mas uma paz que também inclui sossego, tranqüilidade, segurança, saúde, prosperidade e bem-estar material e espiritual. No Novo Testamento, a palavra “eirēnē” é usada com o mesmo sentido de “shalom”, com uma ênfase muito grande ao estado em que a pessoa se encontra livre de ansiedade e perturbação interior. É uma paz que se traduz em harmonia, tranquilidade, quietude e sossego. Esta é a paz como um dos aspectos do fruto do Espírito (Gl 5.22).
Quando um judeu cumprimenta outra pessoa usando a palavra “shalom” (Gn 43.23; Jz 6.23; 19.20; 1 Cr 12.18; Dn 10.19), ele está desejando a essa pessoa todo tipo de bem e a plenitude das bênçãos divinas. Quando Jesus enviou os doze apóstolos para pregar nas cidades e aldeias, disse: “E, quando entrardes nalguma casa, saudai-a; e, se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vós a vossa paz” (Mt 10.12-13). Após resssucitar, Jesus apareceu várias vezes aos seus discípulos e saudou eles assim: “Paz seja convosco!” (Jo 20.19,21,26). Nas Epístolas, seus escritores também costumavam saudar seus destinatários com as seguintes expressões: “Paz seja com os irmãos” (Ef 6.23), “Paz seja com todos vós” (1 Pe 5.14), “Paz seja contigo” (3 Jo 1.15).
A saudação “graça e paz” era muito utilizada logo no início dos livros escritos por Paulo (Rm 1.7; 1 Co 1.3; 2 Co 1.2; Gl 1.3; Ef 1.2; Fp 1.2; Cl 1.2; 1 Ts 1.1; 2 Ts 1.2), Pedro (1 Pe 1.2; 2 Pe 1.2) e João (Ap 1.4), para cumprimentar seus leitores. Nas Epístolas Pastorais, Paulo usou a saudação “graça, misericórdia e paz” (1 Tm 1.2; 2 Tm 1.2; Tt 1.4).
A paz como uma faceta do fruto do Espírito é muito mais do que uma situação onde os problemas cessaram temporariamente, mas um estado ou condição em que o homem tem paz como consequência de um relacionamento perfeito com Deus, consigo mesmo e com as outras pessoas.
A Bíblia afirma que o nosso Deus é o “Deus de Paz” (Rm 15.33; 16.20; 2 Co 13.11; Fp 4.9; 1 Ts 5.23; Hb 13.20) e fala também sobre a “paz de Deus” (Rm 1.7; Fp 4.7; Cl 3.15). Jesus é a nossa paz (Ef 2.14) e é o Príncipe da Paz (Is 9.6) que nos concede paz (Jo 16.33; At 10.36). Longe de Deus, o homem é inimigo de Deus (Rm 5.10; Cl 1.21; Tg 4.4). Porém, quando a pessoa aceita a Jesus ela se reconcilia com Deus e passa a desfrutar de paz com Deus (Rm 5.1; Cl 1.20).
Jesus prometeu a paz como fruto do Espírito quando disse: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14.27). Para nós que vivemos nesse mundo de aflições, Jesus afirma: “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33). Essa paz vem não somente da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo (Rm 1.7), mas também da parte do Espírito Santo (Rm 14.17), à medida que levamos uma vida inclinada para as coisas do Espírito (Rm 8.6).
Aos Colossenses, Paulo afirma que os cristãos foram chamados para a paz de Deus, a qual deve dominar nossos corações (Cl 3.15). Ele também afirmou aos Filipenses que a paz de Deus excede todo o entendimento e guarda nossos corações e os nossos sentimentos em Cristo Jesus (Fp 4.7).
O cristão verdadeiro vive em um contexto de paz (Rm 14.17), pois desfruta da paz com Deus (Rm 5.1) e da paz que vem de Deus (Rm 15.13), e isso se reflete na nossa paz com as outras pessoas. Jesus recomendou: “…Tende sal em vós mesmos e preservai a paz uns com os outros” (Mc 9.50 – AS21). Paulo disse a Timóteo que ele deveria seguir “…a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor” (2 Tm 2.22). Aos Romanos, ele também recomendou: “Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens” (Rm 12.18). Outro imperativo para buscar e promover a paz está escrito em Hb 12.14: “Segui a paz com todos…”.
O cristão deve não apenas desejar a paz, mas também apresentar um comportamento pacifista. Jesus afirmou que “bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mt 5.9). Portanto, “aparte-se do mal e faça o bem; busque a paz e siga-a” (1 Pe 3.11).

Ev. Fábio Henrique (1º Secretário da Assembleia de Deus em Mossoró-RN e professor da EBD e do CETADEM).

FÉ EM MEIO ÀS TRIBULAÇÕES

Por que nossas atitudes de confiança e tranquilidade diante das adversidades transformam-se em atitudes de insegurança? Ao meditar no texto de Marcos 4.35-41 nos deparamos com um episódio em que, perto do fim do dia, Jesus convidou seus discípulos a navegarem até a outra margem do Mar da Galileia. O Mestre convidou seus discípulos a […]

Por que nossas atitudes de confiança e tranquilidade diante das adversidades transformam-se em atitudes de insegurança?
Ao meditar no texto de Marcos 4.35-41 nos deparamos com um episódio em que, perto do fim do dia, Jesus convidou seus discípulos a navegarem até a outra margem do Mar da Galileia. O Mestre convidou seus discípulos a saírem de uma margem do mar e ir para o outro lado como se fosse um teste prático de fé.
Jesus juntamente com seus discípulos vinha de uma jornada de muitas curas, muitos milagres, portanto dormiu durante a viagem.
Enquanto Jesus dormia, os discípulos se mostravam confiantes visto que estavam sob a companhia do Mestre. Aquele que sempre realizou muitos prodígios e milagres. O que temeriam?
De repente uma grande tempestade os alcançou. Ou seja, houve uma mudança de situação: Antes, a bonança cercava de tranquilidade aquele barco e agora, a tempestade tenta levá-lo a deriva.
Naquele instante, os discípulos mudaram os sentimentos também. Tornaram-se temerosos mesmo sabendo que o Mestre (dormindo) estava com eles. Eles perguntaram: Mestre, não se te importa que pereçamos? (v 38).
Ficaram muito temerosos e pensaram que Jesus não estava preocupado com eles e com a situação em que se encontravam (com o barco quase à deriva). Percebam que rapidamente os sentimentos de confiança daqueles discípulos se tornaram em ‘atitudes de desconfiança e desespero’. Refiro-me a atitudes de desconfiança porque eles foram acordar o Mestre para resolver aquela situação não sabendo que eles mesmos poderiam ordenar, pela fé, que os ventos e mar lhes obedeceriam (Mc 4.40).
Somos como uma embarcação sobre as águas do mar da vida podendo ser levada pelos mais diversos tipos de vento. Às vezes as águas estão calmas, e o sol brilha alegrando os nossos dias, mas de repente, o tempo pode mudar trazendo as tempestades, as dificuldades e assim como os discípulos, ficamos sobressaltados e temerosos chegando a pensar que Jesus não se importa conosco tão pouco com a situação em que nos encontramos.
Como Jesus estava com os discípulos no barco certamente pensaram que não haveria tempestade. Jesus no início dessa passagem convida os discípulos a passarem para o outro lado, ou seja, Ele não falou de uma viagem tranquila, sem tempestade ou ventos fortes, mas uma chegada certa: “Passemos para o outro lado”.
Diante das tempestades devemos pensar que se Deus está em nossa embarcação o nosso barco não irá afundar. Temos que crer e ter fé que a tempestade vai se acalmar e nosso barco navegará tranquilamente até chegar do outro lado.
Se a tempestade assola a tua vida saibas que ela não vai durar a vida toda. Lembre-se da extraordinária presença de Jesus na sua vida.
Se acaso fraquejares assim como os discípulos, lembre-se de Jesus, Ele mesmo fará o mar e os ventos se acalmarem.
Embora o vento soprasse tão forte e as ondas subissem por cima do barco e começasse a enchê-lo d’água a tempestade não os fizeram naufragar. Então as tribulações e dificuldades não vêm para nos destruir e sim para nos ensinar e fortalecer a nossa fé.
Mas os nossos sentimentos em meio às adversidades mudam e queremos, muitas vezes, que Jesus esteja à disposição quando elas chegarem para evitar que a nossa embarcação balance sobre o mar revolto da vida.
Entretanto, só o nosso Pai sabe se é o momento certo da mudança acontecer e do mar revolto se acalmar. Uma coisa é certa: Chegaremos do outro lado. Na vida teremos muitas surpresas desagradáveis (Jo 16.33), desafios, lutas, mas a Palavra de Deus nos ensina a enfrentar tudo isso por meio da fé.
Lembre-se que se Jesus estiver no seu barco, certamente chegará seguro do outro lado.

FONTE: portalfiel.com.br

498 ANOS DA REFORMA PROTESTANTE

“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego. Porque nele (no evangelho) se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé”. (Rm 1.16,17). Na visão […]

“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego. Porque nele (no evangelho) se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé”. (Rm 1.16,17).

Na visão de Lutero a “Justificação pela Fé” ocorre quando Deus nos imputa a justiça de Cristo. Esta justiça age como um guarda-sol contra o calor da ira divina. A justificação é, antes de tudo, o decreto de absolvição que Deus pronuncia sobre nós, declarando-nos justificados, a despeito de nossa pecaminosidade. A justificação não é a resposta de Deus à nossa justiça, mas a amorosa e perdoadora declaração de Deus de que nós, a despeito do nosso pecado, somos agora absolvidos – quer dizer, somos declarados justos.
A causa direta da eclosão da reforma na Alemanha foi o escandaloso abuso da venda de indulgências.
Em 1517, enquanto Martinho Lutero estava lecionando teologia na Universidade de Wittenberg, apareceu numa localidade próxima um frade dominicano, chamado João Tetzel, enviado pelo arcebispo de Mogúncia, para vender as indulgências emitidas pelo Papa em Roma.
As indulgências eram adquiridas em troca de dinheiro e eram apresentadas como sendo favores divinos, concedidos aos homens mediante os méritos do Papa, como seja: o poder de perdoar pecados.
“Tão logo a moeda no cofre ressoa, a alma sai do purgatório.” Essa era a curta “cantilena” da propaganda de João Tetzel.
Em 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero afixou, na porta da catedral de Wittenberg, que também servia como quadro de avisos da comunidade, 95 teses, escritas em latim, em que protestava contra o escandaloso e nefando comércio das indulgências. Suas objeções à venda das indulgências eram pastorais e teológicas: as indulgências criavam um falso senso de segurança, e, portanto, são destrutivas do verdadeiro cristianismo, o qual proclama a cruz de Cristo.
Nas Teses, Lutero atacou a venda de indulgências porque elas: (1) diminuíam a dádiva graciosa da salvação; (2) não evocavam a verdadeira contrição interior ou o arrependimento; (3) não produziam a virtude cristã de amor que era o verdadeiro arrependimento vivido exteriormente; e (4) eram, no final das contas, o oposto das virtudes cristãs de misericórdia e compaixão.
As indulgências, porém, eram apenas a ponta do iceberg. Lutero teve a coragem de enfrentar o poderio humano da igreja católica e se manifestou contra toda a corrupção que reinava no seio da igreja. Suas teses pressionava o clero para que uma nova compreensão da autoridade do papa e das Escrituras fosse adotada.
O perdão divino certamente não poderia ser comprado e vendido, dizia Lutero, uma vez que Deus o oferece gratuitamente. Afinal, “o justo viverá da fé”.
Como igreja de Jesus tivemos os fundamentos lançados no dia de Pentecostes, em Jerusalém. Como instituição, somos frutos da Reforma Protestante que buscou combater as heresias implantadas pela igreja romana ao longo da idade média, e procurou restabelecer os princípios estabelecidos pela Palavra de Deus.
O Espírito Santo de Deus usou os puritanos, os pietistas, os metodistas, o movimento de santidade até chegar no avivamento pentecostal da Rua Azuza, que deu origem a nossa Assembléia de Deus.
Martinho Lutero, nascido em 1483, morreu aos 63 anos e não viu tudo o que sua influência trouxe. Porém, os “Sola Scriptura, Sola Christus, Sola Gratia e Sola Fide”, tornaram-se praticamente o cartão de apresentação das igrejas protestantes.
Estes princípios da Reforma Protestante devem servir de estímulo para todos nós mantermos acesa a chama do Espírito Santo através da evangelização, das missões, e da manifestação dos dons espirituais.
Esse liame espiritual que temos com a Reforma deve nos motivar a cultivar uma VIDA ABUNDANTE sabendo que somos justificados pela fé.

“Para que todos sejam um”

Pr. Martim Alves da Silva (Presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Estado do Rio Grande do Norte (IEADERN) e da Convenção Estadual de Ministros da Assembleia de Deus no Estado do Rio Grande do Norte (CEMADERN).

TENDE BOM ÂNIMO!

Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo. (Jo 16.33) As aflições da vida são inevitáveis. O termo grego para “aflição” éthlípsis, que pode significar angústia, pressão, sobrecarga, problema, tribulação, dificuldade, calamidade. Literalmente aponta para a condição de alguém que se sente […]

Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo. (Jo 16.33)

As aflições da vida são inevitáveis. O termo grego para “aflição” éthlípsis, que pode significar angústia, pressão, sobrecarga, problema, tribulação, dificuldade, calamidade.
Literalmente aponta para a condição de alguém que se sente comprimido por uma carga pesada de adversidades e males.
As aflições da vida promovem desconforto emocional, mas são necessárias para o nosso crescimento como pessoas e filhos de Deus.
As aflições modelam o nosso caráter, aperfeiçoam nosso ministério, nos aproximam mais do Senhor, aguçam e refinam a nossa percepção da existência, da vida e do próximo, produz a paciência.
As aflições produzem dor, lágrimas e desespero. O apóstolo Paulo chegou a afirmar que em algumas situações o sofrimento por ele vivenciado estava num nível acima do humanamente suportável (2 Co 1.8).
No mesmo contexto, ele afirma que tais circunstâncias colaboraram para que não confiasse em si mesmo, e dependesse totalmente de Deus, que é capaz de ressuscitar mortos e prover grandes livramentos (2 Co 1.9-10).
As aflições da vida são suportáveis, na medida em que buscamos e recebemos o consolo do Deus de toda consolação, que nos consola em toda a nossa tribulação (1 Co 1.3-4).
A consolação que recebemos nos habilita a consolar os que também passam por tribulações.
O Senhor Jesus não deseja que as aflições nos imobilizem, nos fazendo desistir de viver e de servi-lo.
É possível e necessário superar o desânimo que as aflições produzem. Para isso Ele nos motiva com o seu exemplo e com as suas palavras de encorajamento: “mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”.
Sim, Ele também sofreu, chorou e angustiou-se, mas superou e venceu todas as coisas.
É nele que podemos ter a paz que excede todo o nosso entendimento, que guarda nossos corações e sentimentos (Fl 4.6-7), e é sobre ele que somos convidados a lançar toda a nossa ansiedade (1 Pe 5.7).
Tenhamos bom ânimo, Ele venceu!

FONTE: altairgermano.net

FIDELIDADE NECESSÁRIA

“Não abandones a lealdade e a fidelidade…” (Pv 3.3a) Jesus dando continuação a seus ensinamentos falou a respeito da fundamentação de dois alicerces, usou para isso uma parábola sobre construção de casa, usando dois tipos de solo. Uma casa foi construída sobre a areia e não resistiu, a outra sobre a rocha, a essa veio […]

“Não abandones a lealdade e a fidelidade…” (Pv 3.3a)

Jesus dando continuação a seus ensinamentos falou a respeito da fundamentação de dois alicerces, usou para isso uma parábola sobre construção de casa, usando dois tipos de solo.

Uma casa foi construída sobre a areia e não resistiu, a outra sobre a rocha, a essa veio os vendavais mais não a destruiu porque estava bem firmada.
Quando casamos, temos como objetivo a construção de uma família para a vida inteira. E para esta construção que vem comprometida a partir de um verdadeiro amor entre os cônjuges, é que surge a necessidade da colocação de colunas mestras que dê real sustentação e segurança nesse fantástico projeto de vida, que é a construção de uma família.
Quando essa construção começa a partir do projeto assinado por Deus, baseado em suas instruções, com certeza você será considerado sábio e saberá escolher as colunas que sustentarão sua construção (Mt 7.24).
Entre as demais colunas mestras que sustentarão essa construção, a FIDELIDADE exerce uma importância singular. Por ser uma coluna oculta, que carrega toda uma estrutura, tem suas leis de segurança próprias, e estas leis devem estar inseridas no coração do cônjuge. Em Provérbio 3.3 nos diz: “Não abandones a lealdade e a FIDELIDADE; guarde-as sempre bem gravada no coração”. Se você fizer isso, agradará tanto a Deus como aos seres humanos.
Daí tiramos a conclusão que a FIDELIDADE é exigente, e esta exigência vem do amor, porque amar tem sua exigência.
Para grandes realizações a exigência é um item que não pode deixar de existir. Basta olharmos o esforço desprendido por um atleta olímpico, que investe todo seu potencial com o objetivo de conseguir uma medalha de ouro.
E será que não vale a pena investir todo esforço para satisfazer a exigência de FIDELIDADE que a vida conjugal precisa? Levando em conta que essa exigência pela FIDELIDADE compromete não só os cônjuges, mas os filhos que dependem desse amor comprometido.
Muitos pensam que a FIDELIDADE é algo que venha trazer transtornos quanto a sua visão de liberdade. Mas ao contrario a FIDELIDADE é necessariamente livre, alegre e cheia de motivações, que deixa a pessoa que vive um grande amor plenamente realizado.
FIDELIDADE (do latim Fidelitate) significa lealdade, firmeza, constância, nas afeições, nos sentimentos, perseverança.
Sabemos que a FIDELIDADE que todos os casais desejam está em falta, muitos estão desanimados ou perderam a esperança como se isso fosse uma utopia, encontrando-se distante do verdadeiro sentido do amor que une os cônjuges.
Aqueles que perderam esse caminho sabem que ele existe, mas devido à falta de envolvimento tem dificuldade de perseverar.
O momento que estamos vivendo abre espaço para isso. A palavra de uma pessoa que tem o dever de ser comprometido, muda a cada instante. Estamos vivendo uma crise de confiança, um verdadeiro caos entre muitos cônjuges.
Muitas famílias destruídas pela falta de CONFIANÇA, são pessoas que traem, enganam, mentem e acham que este comportamento é aceitável. Esquece que a Fidelidade conjugal da segurança, confiança, espanta o medo, trás saúde, paz e assegura a benção de Deus na vida do casal.
Encorajamos aqueles que se encontram perdido dentro desse caos, que vale a pena repensar sua situação, busque ajuda porque o momento é de muita fragilidade em sua vida, fortaleça os limites de segurança, renove suas energias, procure voltar aos encantos da vida a dois, da simplicidade dos momentos de intimidade, da delicadeza de gestos nobre, como um olhar, um beijo, um abraço, um EU TE AMO.
Tudo isso reforça as raízes, Provérbios 12.3b nos dizem: …a raiz do justo não será removida. O que elas precisam é de águas para florescer, e essa água só Jesus, pode fornecer. João 4.14b nos diz: E disse Jesus: …a pessoa que beber da água que Eu lhe der nunca mais terá sede.
Vale a pena refletir, tentar e querer SER FIEL.
Deus abençoe a todos.

Socorro Gurgel  (integrante do Departamento da Família da IEADEM e palestrante do SEFAM)

GLÓRIA

A palavra “glória” é bastante recorrente nas Escrituras, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Em hebraico é kabod, cujo significado está associado à dignidade, riqueza ou alta posição. O próprio Yahweh dignificou o ser humano, dando-lhe honra (Sl. 8.5), para que esse dominasse sobre a criação divina (Sl. 8.6-8). Em alguns contextos bíblicos da […]

A palavra “glória” é bastante recorrente nas Escrituras, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Em hebraico é kabod, cujo significado está associado à dignidade, riqueza ou alta posição. O próprio Yahweh dignificou o ser humano, dando-lhe honra (Sl. 8.5), para que esse dominasse sobre a criação divina (Sl. 8.6-8). Em alguns contextos bíblicos da Antiga Aliança, a glória estava relacionada à riqueza ou ao status atribuído a alguém (Gn. 31.1; Hc. 2.9). No caso dos sacerdotes israelitas, esses traziam a kabod de Deus até mesmo nas vestimentas (Ex. 28.2).
O significado mais teológico de kabod se refere à divindade, à posição de Yahweh perante toda a criação (Sl. 57.5,11). Por isso o conceito de glória está atrelado ao de reverência, especialmente destinada a Deus. Os livros poéticos, dentre eles os Salmos, ressaltam a kabod de Deus, principalmente na adoração (Sl. 29.2; 66.2). Quando as pessoas se prostram diante do Eterno, esse manifesta a Sua kabod, é nesse sentido que em Dt. 5.24, o autor discorre a respeito da glória eterna de Deus, revelada aos seres humanos.
Os utensílios do tabernáculo, bem como do templo judaico, apontavam para a glória de Yahweh (Ex. 29.43; 40.34). Por isso, quando a arca do Senhor foi perdida para os filisteus, a kabod de Israel se foi com ela (I Rs. 8.11; Sl. 63.2). Para os profetas, essa dizia respeito ao poder, esplendor e santidade de Deus (Is. 3.8). De modo que a kabod de Deus revelava Sua pessoa e dignidade, sendo expressão do próprio nome do Senhor (Is. 11.10; 24.23). Os profetas também antecipavam com expectação a manifestação futura da kabod divina para Israel, para converter a nação (c. 2.5-11), trazendo salvação (Is. 60.1,2).
No Novo Testamento a palavra doxa é geralmente traduzida como honra, glória ou esplendor. Por isso em certas ocasiões esse termo pode ser usado para se referir às pessoas, na medida em que essas buscam indevidamente honra ou glória (Jo. 7.18; 12.43). Encontramos também esse vocábulo relacionado ao esplendor terreno temporário e ilusório, demonstrado por Satanás a Jesus, quando o Senhor foi tentado (Mt. 4.8). Mas a maior recorrência do termo grego doxa, como o hebraico kabod, está relacionada a Deus, sendo Ele reconhecido como o Pai da Glória (Ef. 1.17) ou Deus de Glória (At. 7.2).
A expectativa profética, pela manifestação da kabod de Deus se concretizou em Cristo, pois quando Ele veio ao mundo, trouxe a glória do Unigênito (Jo. 1.14). E porque Ele carregou sobre Si a doxa de Deus, podemos também aguardar o dia em que habitaremos na glória (I Co. 15.40), em corpos glorificados (II Co. 3.7-11; Cl. 3.4). Isso acontecerá por ocasião da volta de Cristo, que se dará de maneira gloriosa (Tt. 2.13). Enquanto esse dia não chega, devemos nos submeter a Deus, reconhecendo que somente Ele é digno de toda kabod/doxa (II Co. 4.15; Ef. 3.21).
Portanto, porque servirmos a um Deus de glória, devemos viver para a kabod/doxa dEle, e isso deve ser demonstrado através dos comportamentos diários, a começar pelo comer e o beber (I Co. 10.31). Por esse motivo, após concluir cada uma das suas primorosas composições, o músico Johann Sebastian Bach acrescentava a expressão latina ao final do texto: Soli Deo Gloria. É preciso lembrar que Deus não dar a Sua glória a outro deus, ou a quem quer que seja (Is. 42.3). Estejamos atentos para não dar aos ídolos a glória que somente pertence ao Senhor. A Ele seja toda honra e glória pelos séculos dos séculos (Rm. 11.36). Amém.

Ev. José Roberto A. Barbosa (2º Secretário da Assembleia de Deus em Mossoró-RN e professor da EBD)

HOJE É TUDO DIFERENTE

As coisas estão mudando de uma forma profunda e rápida. Fico assustado quando vejo os valores morais, éticos, religiosos etc., outrora tão firmes e observados pela sociedade se inverterem com tanta rapidez. Quando criança meus pais e educadores me ensinaram a obediência às autoridades, respeito aos mais idosos, honrar os pais, amar ao próximo etc. […]

As coisas estão mudando de uma forma profunda e rápida. Fico assustado quando vejo os valores morais, éticos, religiosos etc., outrora tão firmes e observados pela sociedade se inverterem com tanta rapidez. Quando criança meus pais e educadores me ensinaram a obediência às autoridades, respeito aos mais idosos, honrar os pais, amar ao próximo etc.
Mas, o que quero mesmo enfatizar é a mudança repentina naqueles que cristãos se dizem ser. Bem, nasci praticamente num berço evangélico, aonde fui instruído quanto a maneira de crer e viver, conforme os ensinamentos bíblicos.
Era perseguido e muito criticado pelas pessoas (vizinhos, conhecidos, colegas de escola) que me chamavam de protestante, dizendo que eu era um seguidor do reformador Martinho Lutero. Aliás, não somente eu, mas todos quantos professavam sua fé em Jesus Cristo, a saber, os crentes no Senhor Jesus.
Lembro com saudades do fervor dos irmãos nos cultos de oração, vigílias, círculo de oração, como desejavam estar com o Senhor, adorando-O, agradecendo os seus favores, suplicando pelos necessitados, intercedendo pelos pecadores e rogando pelos enfermos e encarcerados; os cultos de doutrina ou instrução como chamávamos, havia uma frequência acentuada, os irmãos gostavam de ouvir a Palavra de Deus e se fortalecerem na fé através do conhecimento da Palavra de Deus; na Escola Bíblica Dominical lá estávamos nós cada um com a sua revista dominical em mãos, aprendendo as preciosas lições comentadas pelos professores; a evangelização era algo impressionante, sem aparelho de som, bradávamos alto e bom com a nossa voz a mensagem do evangelho nos cultos ao ar livre e no evangelismo pessoal, as mãos cheias de folhetos com mensagens evangelísticas, entregando as pessoas pelas ruas e de casa em casa aonde chegávamos.
Enfim, éramos pouquinhos, mas fervorosos nos trabalhos do Senhor e a cada dia o Senhor ia aumentando o Seu rebanho. Éramos tão simples, as crianças, os jovens, homens e mulheres por onde passávamos as pessoas de fora nos identificavam como crentes, pois o temor do Senhor estava dentro de nós e, éramos tão coerentes com a sã doutrina que o mundo podia ver a glória de Deus em todas as dimensões da nossa vida.
Hoje é tudo diferente, nossos cultos de oração, de doutrina, círculo de oração, escola dominical, vigílias etc. são menos frequentados, pois o secularismo invadiu a mente dos nossos irmãos.
Hoje só pensam nas bênçãos de Deus e não no Deus das bênçãos, em virtude dos pregadores só pregarem a respeito da prosperidade financeira; viverem uma vida hedonista, pois o prazer é o que importa para muitos dos que cristãos se dizem ser; viverem um cristianismo vazio, em face dos shows gospel com estrelismos do mundo artístico; nossos irmãos aderiram às práticas mundanas, fazendo tatuagens no corpo, pearcing e brincos, bebem vinho em profusão nas festas de casamento e aniversário, aliás, hoje tudo é gospel (cerveja, cigarros, motel etc.); nossas irmãs se vestem sensualmente tanto no templo, como em outros ambientes sociais, enfim, ninguém faz mais diferença entre uma crente e uma descrente.
Hoje é tudo diferente, pois antes se conheciam as mulheres crentes pela sua simplicidade. Mas, ainda há um remanescente sadio, firme, equilibrado, santo, de bom testemunho, que não se dobra aos caprichos deste presente século mau, hostil a Deus e a sua Palavra, que não se dobra a Baal, nem a estátua de ouro de Nabucodonosor. O conselho do apóstolo Paulo é: “E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”(Rm 12.2).
Portanto, vamos examinar os nossos caminhos, como diz o Senhor através do profeta Jeremias, e voltarmos para o Senhor que é grande em perdoar, pontua o profeta Isaías.

Pr. Martim Alves da Silva (Presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Estado do Rio Grande do Norte (IEADERN) e da Convenção Estadual de Ministros da Assembleia de Deus no Estado do Rio Grande do Norte (CEMADERN).

O AMOR QUE MOTIVA A EVANGELIZAÇÃO

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mais tenha a vida eterna” Jo 3.16 Devemos enfatizar: se nós mesmos conhecemos algo do amor de Cristo por nós, e se sentimos um pouquinho de gratidão nos nossos corações pela graça […]

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mais tenha a vida eterna” Jo 3.16

Devemos enfatizar: se nós mesmos conhecemos algo do amor de Cristo por nós, e se sentimos um pouquinho de gratidão nos nossos corações pela graça que nos salvou da morte e do inferno, então esta atitude de compaixão e cuidado por nossos semelhantes espiritualmente necessitados deveria fluir de modo natural e espontâneo de dentro de nós.
Foi em relação a uma evangelização agressiva que Paulo declarou que “o amor de Cristo nos constrange”. É algo lastimável quando os cristãos perdem o desejo, e tornam-se verdadeiramente relutantes, de compartilhar o conhecimento precioso que têm com os outros cuja necessidade é tão grande quanto a sua própria.
Foi natural para André, depois de ter-se encontrado com o Messias, partir e falar ao seu irmão Simão, e a Filipe que correu para levar as boas novas ao seu amigo Natanael. Ninguém precisou dizer-lhes para fazer isso; eles o fizeram de forma natural e espontânea, da mesma forma como natural e espontânea uma pessoa compartilharia com a sua família e amigos qualquer outra novidade que a tivesse afetado fortemente e marcado sua vida.
Evangelizar é um grande privilégio; é uma coisa maravilhosa estar em condições de falar aos outros sobre o amor de Cristo, estando cientes de que não há nada de que eles necessitam saber mais urgentemente, e não há nenhum conhecimento no mundo que possa lhes fazer um bem tão grande.
Não temos, portanto, porque ser relutantes e tímidos na evangelização pessoal e individual. Pois deveríamos ficar felizes e contentes em fazê-lo. Não deveríamos buscar desculpas para fugir da nossa obrigação, quando se nos oferece uma oportunidade de conversar com os outros sobre o Senhor Jesus Cristo.
Se nós nos pegamos fugindo desta responsabilidade e tentando evitá-la, temos que nos deparar com o fato de que, com isso, estamos cedendo ao pecado da omissão. Às vezes é o medo de ser considerado anormal e ridículo, ou de perder a popularidade em certas rodas de amigos, que nos impede, é preciso que nos perguntemos, diante de Deus:
Estas coisas devem nos impedir de amar ao nosso próximo? Se for uma falsa vergonha, que na verdade não é vergonha nenhuma, e sim orgulho mascarado, que impede a nossa boca de dar o testemunho cristão quando estamos com outras pessoas, precisamos fazer esta pergunta à nossa própria consciência: O que nos importa mais, afinal – a nossa reputação ou a salvação deles? Não podemos ser complacentes com esse sintoma de vaidade quando sondamos assim as nossas vidas na presença de Deus.
O que precisamos fazer é solicitar a graça para que possamos transbordar de tal forma do amor de Deus, que transbordemos de amor pelo nosso próximo e, dessa forma, achemos fácil, natural e prazeroso compartilhar com ele as boas novas de Cristo.
Espero, a esta altura, que esteja ficando claro para nós, como deveríamos considerar nossa responsabilidade evangelística. É bem verdade que não somos todos chamados para ser pregadores; não são dadas a todos as mesmas oportunidades ou habilidades comparáveis para lidar pessoalmente com homens e mulheres que necessitam de Cristo.
Mas todos nós temos o mesmo dever de evangelizar, do qual não temos como fugir sem ao mesmo tempo com isso deixar de amar a Deus e a nosso próximo. Para começar, todos nós podemos e devemos estar orando pela salvação de pessoas não convertidas, a partir dos da nossa família, e entre os nossos amigos e colegas do dia a dia. Além do mais, precisamos aprender a reconhecer as oportunidades de evangelização que as nossas condições cotidianas oferecem, e sermos ousados no aproveitamento delas. O ser ousado faz parte da natureza do amor.
Se você ama alguém, fica constantemente pensando na melhor coisa que pode fazer pela pessoa e como pode melhor agradá-la com tudo o que você planeja para ela. Se, no caso, amamos a Deus – Pai, Filho e Espírito Santo– por tudo o que eles fizeram por nós, devemos reunir toda a nossa capacidade de iniciativa e empreendimento para extrair o máximo de proveito que pudermos de cada situação para a sua glória – e a principal maneira de fazer isso é de descobrir formas e meios de disseminar o evangelho, obedecendo ao mandamento divino de fazer discípulos por todos os lugares.
De igual forma, se amamos nosso próximo, reuniremos toda a nossa capacidade de iniciativa para encontrar formas e meio de lhe fazer bem. E a principal maneira de lhe fazer algo de bom é compartilhar com ele o nosso conhecimento de Cristo. Assim, se amamos a Deus e ao nosso próximo, evangelizaremos e seremos ousados em nossa evangelização.
Não nos perguntaremos o quanto devemos fazer neste campo, como se evangelizar fosse uma tarefa desagradável e pesada. Não perguntaremos ansiosamente qual o mínimo de esforço que devemos fazer, em termos de evangelização, que agradará a Deus. Mas perguntaremos avidamente e com toda sinceridade pediremos para que ele nos mostre quanto podemos fazer para disseminar o conhecimento de Cristo entre os homens, nos entregaremos de todo o coração a esta tarefa.

Pr. Francisco Vicente (1º Vice-Presidente da AD em Mossoró e diretor do Departamento de Missões)

JANELA 35 – 45

A Janela Turquia, a Rota da Seda ou a Janela 35-45 (por estar localizada acima da linha do equador, entre os graus 35 e 45), é uma faixa de terra que vai desde a antiga Iugoslávia – atuais Sérvia e Montenegro – passando pela Turquia e chegando à Ásia em países da antiga União Soviética, […]

A Janela Turquia, a Rota da Seda ou a Janela 35-45 (por estar localizada acima da linha do equador, entre os graus 35 e 45), é uma faixa de terra que vai desde a antiga Iugoslávia – atuais Sérvia e Montenegro – passando pela Turquia e chegando à Ásia em países da antiga União Soviética, como Uzbequistão e Turcomenistão, e ao extremo oeste da China, na região conhecida como Urumchi.
São cerca de 25 países inseridos na Janela Túrquica, que recebe este nome devido ao grande número de povos com raízes étnicas turco-otomanas e que possuem o turco e suas derivações como idiomas falados (tais como: azeris, gagaúzes, tártaros, turcomanos, cazaques e quirguizes).
A região engloba inúmeros países de confissão islâmica ou cristã-ortodoxa, o que dificulta a entrada e o trabalho de missionários ali. Ela ficou conhecida como Rota da Seda por ter sido um grande canal de comunicação e comércio entre a Europa e a Ásia, com mais de 10.000 quilômetros de estradas e caminhos.
Nessa região estão alguns dos montes mais altos do mundo, os desertos mais desolados e infindáveis planaltos, sendo explorada à exaustão por nomes como Genghis Khan, Tamerlane e Alexandre – o Grande.
A parte europeia da janela conviveu durante anos com as guerras separatistas ou processos de separação de repúblicas independentes (como as da Iugoslávia e União Soviética) e com a chamada Guerra Fria (divisão da Terra em Socialismo Soviético e Capitalismo Americano), além de um processo de evangelização islâmica muito intenso, principalmente no período do Império Turco-Otomano.
Antes da formação desse bloco imperial, a região era um grande referencial cristão na Ásia e na entrada da Europa, especialmente no noroeste do continente com a Macedônia, Grécia, Turquia e Albânia. Já o trecho asiático foi afetado pela dissolução da União Soviética e pela pobreza que muitos desses países passaram a viver em decorrência da separação.
Hoje, a Janela Turquia é um dos grandes desafios missionários. A região está aberta ao trabalho missionário, exceção a alguns países de confissão islâmica que ainda dificultam a evangelização. Entretanto, muitos outros estão recebendo obreiros comprometidos e que têm dado testemunho do amor de Jesus por essas vidas. Muitos turcos, a partir desses contatos, têm se rendido ao Senhorio de Jesus Cristo. É Tempo de avançar rumo a Janela 35-45.

Pr. Francisco Cícero Miranda (Presidente da Assembleia de Deus em Mossoró e Região)

O QUE É UMA META?

Romanos 15.16-18 nos diz: “…chamado a ser mensageiro de Jesus Cristo junto de vocês, os gentios, levando a mensagem do evangelho, para que sejam apresentados a Deus como um sacrifício inteiramente aceito por Ele, santificados pelo Espírito Santo. Por isso me é lícito ter esta grande satisfação por tudo aquilo que Cristo Jesus fez por […]

Romanos 15.16-18 nos diz: “…chamado a ser mensageiro de Jesus Cristo junto de vocês, os gentios, levando a mensagem do evangelho, para que sejam apresentados a Deus como um sacrifício inteiramente aceito por Ele, santificados pelo Espírito Santo. Por isso me é lícito ter esta grande satisfação por tudo aquilo que Cristo Jesus fez por meu intermédio no meu serviço para Deus. Porque nem sequer ousaria abrir a boca se Cristo não tivesse usado a minha vida para levar a Deus os gentios, ganhando­os através da minha mensagem e da forma como vivi diante deles.”
Nesta passagem, o apóstolo Paulo está falando sobre seu “dever sacerdotal” ou os dons que Deus deu -lhe para fazer a vontade de Deus. Paulo “glorifica” Cristo Jesus em seu serviço a Deus.
Da mesma forma, Deus dotou cada um de nós com o nosso próprio conjunto de dons e talentos. Ele nos proporciona esses dons e talentos para que possamos aplicá-los a trabalhar de forma que acabará por trazer-Lhe glória e avançar Seu reino.
No entanto, a fim de que você melhor aplique esses dons e talentos é útil definir metas para que você possa alcançá-las.
Metas INTELIGENTES devem ser:
• Específicos – Não use linguagem genérica. Coloque exatamente o que você vai fazer.
• Mensuráveis – Você deve ser capaz de determinar se alcançou ou não seus objetivos definidos. Lembre-se de ter um ponto de partida e um ponto final.
• Acionáveis – Defina metas práticas que irão desafiá-lo a agir.
• Metas verdadeiras, realistas, e precisas – definidas. Não subestime ou superestime a si mesmo.
• De tempo-limite definido para as suas metas, e devem ser claros para início e fim. Ele também devem ser relevante. Em outras palavras, suas metas não devem ser abertas em relação a um final; eles devem ter um limite de tempo definido.
Além disso, suas metas INTELIGENTES devem ser consistentes com outros esforços. Por exemplo, se você definir uma meta para concluir um curso de formação em teologia, então um esforço consistente seria ler mais e definir as prioridades certas.
Lembre-se de permanecer grato pelo que você tem. Você deve estar contente com o que você tem, mas você ainda pode aspirar a mais.
Agradecer a Deus pelas bênçãos em sua vida pode eliminar a culpa potencial que você pode sentir por querer mais.
Você pode categorizar metas em três faixas: metas de curto prazo, de médio prazo e de longo prazo.
Sêneca, pensador grego dizia: “Não me adianta bons ventos se não sei em que porto quero atracar”.
Se você não estabelece as metas, você não direciona o potencial que Deus lhe deu. Ou seja, você não foca. Fica muito disperso e, consequentemente, passa muito mais tempo para alcançar qualidade e melhoria de vida em todas suas ações.
Quem não sabe onde quer chegar, qualquer lugar lhe serve. Precisamos orar, nos submeter a palavra de Deus e entender o que Deus esta querendo de cada um de nos. Feito isto, alinhamos nossos pensamentos e ações ao que nosso Senhor soberano e Rei está nos revelando e, assim, estabelecemos as metas.
Somos servos de Deus e, como tais, nossas metas devem refletir sua Palavra e vontade. Você precisa fazer sua parte, a de Deus Ele sabe muito bem como fazer, Ele é Soberano.
Não fique desorientado. Escute a voz de Deus e estabeleça suas metas. Deus te abençoe, Lidere onde estiver!

Pr. Wendell Miranda (Vice-presidente da IEADEM, Superintendente do Sistema de Comunicação e Diretor do Departamento de Evangelismo da AD em Mossoró)