VIVER FAMÍLIA

Deus é o grande idealizador e criador da marca chamada família. A marca é registrada no cartório de Deus, pois somente a Ele é atribuída à autoria do projeto arquitetônico deste grande edifício chamado família.
Após celebrar o primeiro matrimônio a Trindade Santa, estabeleceu condições orientadas por normas e regras que condicionava os membros daquele lar a um viver família numa eternidade sem fim.
O viver família é você desfrutar e compartilhar de tudo que Deus coloca a disposição da mesma, você é livre para viver com liberdade. A primeira coisa que Deus colocou a disposição da família foi benção; E Deus os abençoou… (Gn 1.28).
Viver família é você desfrutar a benção de Deus em sua totalidade. Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, eu entrarei em sua casa e com ele cearei e ele comigo (Ap 3.20).
Viver família é abrir a porta e dar liberdade para Jesus entrar; é crescer juntos, é multiplicar e encher a terra.
Viver família é você compartilhar com os membros desta família todos os aspectos da vida. O nosso tempo, nossas atividades, interesses, preocupações, ideais, pensamentos íntimos, espiritualidade, objetivos e alvos familiares deve se tornar comum na família havendo participação e mutualidade de todos.
Em viver família existe um forte sentimento de compromisso entre os seus membros. Os cônjuges sentem-se compromissados pelo bem estar e crescimento um do outro. Os pais sentem-se compromissados com o crescimento integral dos filhos e assim por diante.
Existe uma grande diferença em “viver família” e “viver em família”. Viver família é compartilhar, ter tudo em comum, é acima de tudo o exercício da empatia.
Viver em família é estar juntos, ter tudo sem compartilhar, sem mutualidade. É o exercício do individualismo e do egoísmo. É grande a quantidade de casais que construíram grandes famílias e tiveram muitos filhos, viviam na mesma casa dividia a mesma mesa e o mesmo quarto, porém nunca conseguiram viver família. São lares onde predomina o individualismo e reina o egocentrismo, tudo em função do ter e do ser.
A família do filho pródigo ilustra muito bem o “viver em família”. O filho mais jovem disse: eu quero toda a parte da herança que é minha, só para mim, independente das consequências; Eu quero desfrutar longe dos meus pais e meus irmãos. Este filho era egoísta, individualista e desconhecia os valores e o potencial que estava agregado no seio da sua família. Viver em família é não conhecer os valores e o potencial que estão agregados àquela família. O irmão mais velho tinha tudo ao seu dispor, tudo que o pai tinha era dele, porém a falta de compromisso à valorização e prática da empatia tirava daquele jovem a visão da riqueza de se viver família. Disse: Nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos. O pai lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas. Compartilhar é dar de si mesmo, ouvir seu parceiro e desenvolver uma sensibilidade especial um pelo outro. Viver família é acima de tudo amar, respeitar e reconhecer o limite de cada um no seu espaço.
Deus te abençoe e te guarde.

Pr. Elumar Pereira  (Diretor do Departamento da Família da IEADEM)

AMOR INTEGRAL A DEUS

Em Dt. 6.4,5 encontramos a declaração de fé do povo hebreu que diz: “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças” (ACF). Em hebraico, essa expressão apresenta algumas particularidades, que merecem ser analisadas. Destacamos inicialmente que esse texto se encontra na Torah, o manual de orientação para a vida do povo de Israel, mais especificamente no coração do Deuteronômio, ou no livro da segunda instrução, e no contexto em foco, com vistas ao ensinamento das crianças.
Uma palavra-chave nessa confissão de fé é o termo hebraico ehad, que significa único com o objetivo de determinar a singularidade de YHWH (Adonai). Em resposta a essa especificidade, o povo deveria adorar SOMENTE ao Senhor, nenhum outro Deus seria digno de devoção, considerando que APENAS Ele libertou aquele povo do cativeiro egípcio. Em reconhecimento à UNICIDADE de Deus, o povo deveria amá-lo – ahav em hebraico – antecipando o mandamento dado por Jesus no Novo Testamento, destacando a importância do relacionamento com Deus, alicerçado no amor dedicado.
O Novo Testamento repete o chamado ao amor a Deus com três variações distintas, que se encontram em Mt. 22.37; Mc. 12.30 e Lc. 10.27. Deuteronômio e Mateus apresentam três elementos, ainda que Mateus não inclui o termo “força” e acrescenta “pensamento”, algumas versões preferem “entendimento”. Marcos e Lucas apresentam quatro elementos, incluindo tanto “força” quanto “entendimento”, ainda que em ordem diferente. É importante ressaltar, a esse respeito, que o amor a Deus não deve dispensar a mente, a palavra dianoia em grego pode ser vertida como “entendimento, contemplação e imaginação”.
Talvez nos inquiete a diversidade na citação dos evangelistas, em relação à declaração de fé no Antigo Testamento, distinguindo coração e mente. A explicação para essa diferença se encontra na palavra hebraica lebab, geralmente traduzida para o grego como “coração”. Na língua grega, o termo coração geralmente utilizado para a versão é kardia, que não equivale em termos sinonímicos ao valor linguístico de lebab em hebraico. Por isso, a fim de abranger a dimensão da palavra hebraica, os evangelistas incluíram a palavra grega dianoia, para contemplar o aspecto mental do amor a Deus, tendo em vista que a palavra lebab em hebraico não distingue coração e mente.
Na cultura ocidental, costumamos fazer a diferença entre o conhecimento do coração e o da mente, como resultado da dicotomia corpo e mente, mas essa distinção não está expressa na palavra hebraica lebab, na verdade o amor a Deus requerido pela Torah deve ser integral, envolve ser humano como um todo. Isso reforça o que dissemos anteriormente, que o amor a Deus não deve ser apenas com o coração – fundamentado na emoção como compreendido em nossa cultura, mas também com a mente – de maneira que nosso entendimento também é uma expressão de amor a Deus.
Essa perspectiva equilibra e integra nosso relacionamento com Deus, a fim de evitar os extremos daqueles que optam pelo sentimento e/ou entendimento, um em detrimento do outro. Por isso, quando Moisés diz que o povo deve amar YHWH com seu labab, está explicitando que o povo deve ter a Torah em mente e também no coração. Isso inclui a memorização, a disposição para permitir que a Palavra de Deus habite em nossas vidas. Compreendemos, portanto, que precisamos meditar com maior frequência na Palavra de Deus, de modo que essa encontre guarida na totalidade do nosso ser.
Merece destaque nessa passagem o verbo shanan, que se encontra apenas no versículo 7, geralmente traduzido como “inculcar”. É válido destacar que gramaticalmente esse verbo se encontra no piel, a fim de denotar frequência, repetição e continuidade. No contexto da passagem, a ênfase é posta na instrução às crianças, a fim de que essas se firmem na Torah: “ensinarás… falarás assentado… andando… deitando…levantando”.
Portanto, devemos ensinar as crianças continuamente a Palavra de Deus, a fim de que essas sejam instruídas no temor do Senhor, que é o princípio da sabedoria.
E o mais importante, essa instrução deve resultar em amor, direcionado a Deus de maneira integral, devotando sentimento-entendimento Àquele que é o ÚNICO digno de adoração, não apenas porque nos libertou da escravidão, mas simplesmente pelo que Ele é.

Ev. José Roberto A. Barbosa (Teólogo e Linguista, membro da Diretoria e Superintendente Geral da Escola Bíblica Dominical da IEADEM)

AMÁVEL

Dando continuidade à lista de qualificações e pré-requisitos exigidos dos candidatos ao ministério pastoral, apóstolo Paulo declara: “É necessário, pois, que o bispo […] não deve ser apegado ao vinho, nem violento, mas sim amável…” (1 Tm 3.2-3, NVI). Neste versículo, a palavra “amável” é a tradução do vocábulo grego “epieikes”, o qual ocorre em cinco versículos da Bíblia (Fp 4.5; 1 Tm 3.3; Tt 3.2; Tg 3.17; 1 Pe 2.18). Seu significado denota a qualidade de uma pessoa amável, gentil, suave, conveniente, decente e decorosa. Como em 1 Tm 3.3 “amável” aparece em contraste com “violento”, certamente o significado de “epieikes”, neste versículo, está mais relacionado à qualidade do obreiro em ser amável, gentil e suave no trato com as pessoas.
Enquanto a pessoa violenta é movida por um sentimento iracundo que a impulsiona a agir mediante o uso da força bruta, a pessoa amável é estimulada pelo sentimento de amor ao próximo, que a leva a tratar os outros com amabilidade, gentileza, tolerância, delicadeza e cordialidade. A estupidez e a grosseria não fazem parte do caráter de quem nasceu de novo. Uma pessoa que não é amável tem o seu relacionamento com o próximo marcado por ciúme, invejas, ambições egoístas, contendas de palavras, inimizades, iras, dissensões (Gl 5.20-21) e violência. Por outro lado, a pessoa amável tem pré-disposição para tratar as pessoas com gentileza e cordialidade.
O cristão deve ser sempre humilde e amável, tolerando pacientemente uns aos outros em amor (Ef 4.2, NVT). Como cristãos, devemos nos livrar de todo tipo de raiva, ira e maldade (Ef 4.31), e sermos “…bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo” (Ef 4.32, NVI). No relacionamento interpessoal, é necessário compaixão, bondade, humildade, mansidão, paciência, compreensão e perdão (Cl 3.12-13).
Independentemente de o cristão ser pastor, ou não, ele tem a obrigação de amar o próximo como a si mesmo (Mc 12.31) e de tratar as pessoas com amabilidade, a qual é uma das virtudes do fruto do Espírito (Gl 5.22, NVI). Aos Filipenses, Paulo disse: “Que todos vejam que vocês são amáveis em tudo que fazem…” (Fp 4.5, NVT). Tito foi orientado a ensinar às igrejas de Creta para que os irmãos sempre estivessem prontos a fazerem tudo o que é bom e a não caluniarem a ninguém, mas que fossem pacíficos e amáveis, mostrando sempre verdadeira mansidão para com todos os homens (Tt 3.1-2).
Em relação aos pastores, especificamente, Paulo disse que “O servo do Senhor não deve andar brigando, mas deve tratar todos com educação…” (2 Tm 2.24, NTLH). No exercício da função pastoral, muitas vezes o obreiro precisa tratar com pessoas surpreendidas nalguma ofensa. Nessas situações, é necessário seguir o conselho bíblico que diz: “Irmãos, se alguém for surpreendido em alguma falta, vocês, que são espirituais, restaurem essa pessoa com espírito de brandura…” (Gl 6.1). Só um pastor amável e gentil trata os faltosos com espírito de brandura.
O pastor amável sabe lidar com suas ovelhas, seguindo o exemplo de Cristo, o nosso Supremo Pastor (1 Pe 5.4) que dá a sua vida pelas suas ovelhas (Jo 10.11,15b). Pedro recomenda a todos os pastores para que eles “não abusem de sua autoridade com aqueles que foram colocados sob seus cuidados, mas guiem-nos com seu bom exemplo” (1 Pe 5.3, NVT). O pastor que não é amável no trato com suas ovelhas, termina afugentando, dispersando e destruindo as ovelhas (Jr 23.1-2). Esse tipo de pastor, ao invés de cuidar e apascentar o rebanho (1 Pe 5.2), acaba “a pau sentando” as ovelhas e ferindo o rebanho. O pastor precisa de sabedoria de Deus para apascentar as ovelhas que estão aos seus cuidados. Ao contrário da sabedoria que brota da natureza humana, a qual é mundana e pode ser influenciada pelos demônios (Tg 3.15), “…a sabedoria que vem do alto é antes de tudo pura; depois, pacífica, amável, compreensiva, cheia de misericórdia e de bons frutos, imparcial e sincera” (Tg 3.17, NVI). É com essa sabedoria amável que o pastor deve guiar o rebanho.
Assim a Bíblia descreve as atitudes dos pastores que não são amáveis e gentis no trato com as ovelhas: “Vocês não fortaleceram as fracas, não curaram as doentes, não enfaixaram as quebradas, não trouxeram de volta as desgarradas e não buscaram as perdidas, mas dominam sobre elas com força e tirania” (Ez 34.4, NAA). No Novo Testamento, quem exerceu dominação sobre o rebanho com tirania, dureza e brutalidade, foi o pastor Diótrefes. Ele chegou até a expulsar da igreja os irmãos que praticaram a hospitalidade em favor dos obreiros itinerantes enviados pelo apóstolo João (3 Jo 1.9-10).
Que Deus nos livre de pastores sem amor e que, por isso, são tiranos, indelicados, descorteses e estúpidos. Mas que Deus continue sempre nos dando pastores que amam seus rebanhos e que, por isso, tratam as ovelhas de Cristo e as demais pessoas com amabilidade, gentileza, brandura, suavidade, educação e cordialidade.

Ev. Fábio Henrique (Bacharel em Teologia, 1º Secretário da IEADEM e professor da EBD e do CETADEM)

SOMOS IMAGEM DE DEUS

E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem conforme a nossa semelhança; (Gn1.26)

Estes dias relendo o livro “Uma vida com propósitos” de Rick Warren, resolvi compartilhar esse texto que julgo de suma importância para todos que desejam ter uma vida focada em Deus.
Em toda criação somente o ser humano foi feito “imagem de Deus”. Esse é um grande privilégio que muito nos honra. Não podemos absorver tudo que essa frase abrange, mas com certeza é possível analisar alguns aspetos: assim como Deus somos seres espirituais – nosso espírito é imortal e sobreviverá ao nosso corpo terreno; somos intelectuais – podemos pensar, ponderar e solucionar problemas; como Deus o ser humano é relacional – podemos dar e receber amor verdadeiro; somos dotados de consciência moral – podemos discernir entre o certo e o errado o que nos torna responsáveis diante de Deus.
A Bíblia diz que todas as pessoas e não apenas os cristãos, detêm parte da imagem de Deus. Esse é o motivo pelo qual o assassinato e o aborto são errados. Mas a imagem está incompleta e foi danificada e distorcida pelo pecado. Então Deus enviou Jesus para restaurar essa imagem à sua plenitude, que havíamos perdido.
Com o que se parece a plena “imagem e semelhança” de Deus? Ela se parece com Jesus Cristo! A Bíblia diz que Jesus “é a imagem exata de Deus “a imagem do Deus invisível” e “a expressão exata do seu ser”.
As pessoas usam frequentemente a expressão “tal pai, tal filho” para se referir à semelhança entre ambos. Quando as pessoas percebem a semelhança entre mim e meus filhos, isso me agrada. Deus também quer que os filhos dele manifestem sua imagem e semelhança. A Bíblia diz: “Você foi (…) criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade”.
Deixe-me ser absolutamente claro: você jamais se tornará Deus, ou mesmo um deus. Essa mentira impregnada de arrogância, é a mais antiga tentação de Satanás. Ele prometeu a Adão e Eva que, se seguissem seu conselho, seriam “como deuses”. Muitas religiões e filosofias da Nova Era ainda promovem a velha mentira de que somos divinos e podemos nos tornar deuses.
O desejo de ser divino manifesta-se toda vez que tentamos controlar as circunstâncias, o futuro e as pessoas ao redor. Na condição de criaturas, porém, jamais seremos o Criador. Deus não quer que você se transforme num deus, e sim que se torne como ele- que assuma valores, atitudes e caráter próprios da Divindade.
O supremo objetivo de Deus para sua vida aqui não é o conforto, e sim o desenvolvimento do caráter. Ele quer que você cresça espiritualmente e se torne semelhante a Cristo. Tornar-se semelhante a Cristo não significa perder a personalidade. Deus criou em você um caráter único, portanto é óbvio que não pretende destruí-lo. Ser semelhante a Cristo consiste em essência, na transformação do caráter, não da personalidade.
Deus quer que você desenvolva o tipo do caráter descrito nas bem – aventuranças de Jesus, no fruto do espírito, no notável capítulo de Paulo sobre o amor e nas características de uma vida produtiva e eficiente descrita por Pedro.
Nunca esqueça que a vida não gira em torno de você! Você existe para os propósitos de Deus e não o contrário. Por que Deus lhe proporcionaria um céu na terra, quando ele já planejou o verdadeiro céu para você na eternidade? Deus concede nosso tempo aqui para construirmos e fortalecermos nosso caráter para viver no céu.

Pr. Francisco Vicente (1º Vice-Presidente da AD em Mossoró e diretor do Departamento de Missões)

VALE A PENA SER EVANGÉLICO

Ser evangélico hoje virou moda no Brasil, segundo alguns estudiosos da ciência do comportamento humano. Mas o que isto significa para a igreja evangélica que, a cada dia, cresce vertiginosamente?
Porventura, não é hora de se fazer uma reflexão da doutrina, da fé e do comportamento evangélico no seio da sociedade brasileira? Ser evangélico não é só fazer uma opção religiosa ou aderir a uma igreja evangélica, como muitos estão fazendo hoje, em face das inúmeras promessas de prosperidade e bem estar nesta vida.
A verdade é que muitos estão em busca de sucesso e felicidade neste mundo e para isso buscam algumas igrejas evangélicas que oferecem um evangelho fácil, sem nenhum compromisso com Cristo.
Isto não se constitui novidade nenhuma, pois nos dias de Jesus aqui na terra, multidões o seguiam em busca dos milagres que Ele operava; levantava paralíticos, dava vista aos cegos, purificava os leprosos, ressuscitava mortos, multiplicava pães e peixes e dava de alimentar a multidões, enfim, milagres estavam presentes na vida ministerial do Senhor Jesus.
O povo queria as bênçãos de Jesus, porém seguí-Lo conforme seus ensinos, isto não era possível, pois não estavam dispostos a pagar o preço de um verdadeiro discípulo do Senhor.
Veja só, o povo quer as bênçãos de Deus, mas não o Deus das bênçãos.
Conforme depreendemos dos ensinamentos de Jesus, ser evangélico não é assimilar as verdades pregadas por Ele, mas praticá-las de modo que o mundo veja as palavras do Senhor encarnadas em nossa própria vida, como disse o apóstolo Paulo: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2.20).
Porventura, não é maravilhoso ser evangélico segundo os ensinos do Senhor Jesus?
Vale a pena ser evangélico, mesmo carregando o peso da cruz, renunciando os prazeres carnais, sofrendo as afrontas por amor a Cristo, discriminado por viver um estilo de vida diferente do mundo, pregar uma mensagem que contraria os desejos dos corações dos homens, sustentar uma fé que dá convicção de uma vida no céu com Deus, enfim, enfrentar as potestades do mal como bom soldado de Cristo, e assim, sair vencedor pelo precioso sangue de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
A palavra de Deus nos assegura que, se sofrermos, também com Ele reinaremos; se o negarmos, também Ele nos negará; se formos infiéis, Ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo (II Tm 2.12,13).

Pr. Martim Alves da Silva (Presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Estado do Rio Grande do Norte (IEADERN) e da Convenção Estadual de Ministros da Assembleia de Deus no Estado do Rio Grande do Norte (CEMADERN).

DEUS NOS AMOU PRIMEIRO

Queridos irmãos, compartilho neste momento um artigo interessante de autoria do Pr. José Wellington Bezerra da Costa (presidente da CGADB) indexado em sua coluna no site da CPAD News.
Nele, o pastor Wellington discorre acerca do grande amor de Deus por todos os pecadores, enfatizando que o Seu amor é sem igual, pois Ele já nos amava enquanto nós éramos pecadores. Meu desejo é que o irmão seja edificado por essa leitura.

Eu convido o prezado leitor a meditar comigo na seguinte mensagem extraída da Carta de Paulo aos Romanos: “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8).
Aqui, o apóstolo estabelece uma das mais importantes doutrinas da Bíblia e, mais à frente, mostra os resultados da justificação pela fé.
Alguns comentaristas afirmam que esta Carta é a mais detalhada exposição do Evangelho da Salvação. Nela, seu autor destaca o resultado do amor de Cristo. Tenho ouvido grandes ensinadores falarem, e também tenho falado, do amor de Jesus, mas confesso que nestes anos exercendo meu ministério pastoral, ouvindo e divulgando o amor de Deus, eu ainda não consegui ouvir ou dizer tudo o que representa para a humanidade a grandiosidade do amor de Deus.
Quando estudamos a biografia e o ministério de Jesus, conseguimos identificar a personificação do amor, porque Seu ministério foi voltado inteiramente aos seres humanos.
O homem sempre foi carente do grande amor de Deus. Podemos observar que ao longo da narrativa exposta pelos evangelistas, alguns acontecimentos nos enchem de satisfação, por nos darem a chance de conhecer a maneira como Jesus ama a cada um de nós.
E quando eu observo a Igreja, procuro compreendê-la como uma amálgama de seres humanos formando um Corpo.
A Igreja é um organismo de composição a mais complexa possível, porque o nosso Deus não faz acepção de pessoas. O apóstolo Paulo escreveu a Timóteo e disse que o plano de salvação é universal, ou seja, para todo o mundo. O Senhor deseja que “todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade”.
Por meio de Jesus, nós somos alcançados pelo amor de Deus, somos acoplados ao Corpo de Cristo e passamos a sentir a vida que emana da Cabeça, que é Cristo, em Seu Corpo, que é a Igreja na face da Terra.
O crente sente-se fortalecido, porque a sua força é proveniente de Jesus: “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu na cruz sendo nós ainda pecadores”. Esta é a prova do grande favor de Deus, e porque fomos alvos dessa graça, nossos nomes figuram no Livro da Vida.
Meu conselho para você é este: ame a Jesus. Entregue sua vida a Ele!

FONTE: cpadnews.com.br

LÍDERES SÃO RESPONSÁVEIS POR CAPACITAR SEUS LIDERADOS

Vamos fundamentar esta reflexão em Efésios 4:11-13, que proporciona um brilhante pano de fundo no tocante a capacitar os outros. “Foi ele (Cristo) quem escolheu alguns para serem apóstolos, alguns para serem profetas, alguns para serem evangelizadores e alguns para serem pastores e professores, para preparar as pessoas de Deus para a obra do ministério, de modo que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos nós alcancemos a unidade na fé e no conhecimento do Filho de Deus e nos tornemos maduros, atingindo a medida da plenitude de Cristo.”
Líderes – pessoas que têm influência, incluindo você – são responsáveis por usar seus dons dados por Deus para preparar ou capacitar os santos – os membros do corpo de Jesus Cristo, a Igreja – para a obra do ministério. Embora se enfatize primariamente Efésios 4:12, os versículos 11 e 13 também focam nos objetivos e fornecem grande apoio e incentivo para todos que desejam desenvolver ministérios frutíferos.
O versículo 11 fala sobre os diferentes dons que Cristo deu ao corpo de Cristo. O versículo 13 fala sobre fé, conhecimento, maturidade e estar cheio das qualidades de Cristo. Você notou? Quer sejamos líderes que capacitam ou aqueles que são liderados, todos nós partilhamos da responsabilidade conjunta de sermos capacitados para a “obra do ministério”, por isso podemos ser úteis na promoção do Reino de Deus e ter um impacto nas vidas das pessoas ao nosso redor.
Antes de continuar vamos definir o que são Competências, Recursos e Compreensão.
COMPETÊNCIA: “Uma habilidade para fazer algo com as mãos, corpo ou mente”.
RECURSOS: “Coisas que o dinheiro pode comprar; o que precisamos para fazer nosso trabalho: ferramentas, equipamentos, suprimentos…”.
O essencial para capacitar os outros COMPREENSÃO (ou conhecimento): “A qualidade da compreensão, não apenas de conhecer os fatos, mas também como aplicá-los”. Destas três definições que permeiam a questão da capacitação de outros quero enfatizar que é importante para você, e para todos os outros líderes, reconhecer três áreas da compreensão: O PROPÓSITO OU MISSÃO, O OBJETIVO E A AUTORIDADE.
Estas três áreas desempenham um papel crucial em capacitar as outras pessoas. Compreendendo a razão principal: “o objeto ou a razão pela qual algo existe.” Todos nós precisamos compreender claramente a razão ou propósito porque nós fazemos o nosso trabalho. Propósito é a “visão geral” que explica porque fazemos o que fazemos. Jesus sabia como era importante para os cristãos compreender o Seu propósito para suas vidas. Observe o que Ele disse aos Seus discípulos: “Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido. Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto – fruto que permaneça “João 15:15-16 (grifo meu). Esta mesma verdade se aplica a você hoje. Jesus não apenas espera que você seja um servo; Ele te chama de Amigo e quer que você entenda o propósito que Ele tem para você. É importante que uma pessoa que se alista para a obra do ministério também compreenda seu propósito. Um elemento-chave sobre capacitar outros é guiá-los a um entendimento de um propósito em comum. Ter claro os objetivos a serem alcançados e usar da autoridade (poder de ação) para o desempenho da missão que foi confiada. Como líderes temos a responsabilidade de capacitar os outros usando as ferramentas disponíveis e ensinando aos nossos liderados os princípios e motivações coerentes com o reino de Deus e a organização que estamos envolvidos. Lidere onde estiver! Abração a todos.

Pr. Wendell Miranda (2° vice-presidente da IEADEM, Superintendente do Sistema de Comunicação da AD em Mossoró)

O cumprimento da Lei e dos Profetas

Em Mt. 5.17-20, Jesus revela sua posição em relação à Torah, e mostra como devemos viver no tempo presente. Não podemos esquecer que somos discípulos de Jesus, e que nosso discipulado está alicerçado na completude messiânica da história de Deus para com Israel, no que tange à revelação da Lei e dos Profetas. Portanto, discipulado tem a ver com vida a partir de determinados ensinamentos, que foram revelados pelo próprio Deus, ainda na Antiga Aliança. Tanto a Torah, quanto os Profetas, apontavam para Cristo, através do qual tanto uma quanto a outra encontraria seu cumprimento.
Por isso, ao se referir à Lei e aos Profetas, Jesus faz algumas considerações importantes. No texto em foco, há o uso do tempo aoristo – nomisete, elthon katalusai (duas vezes), plerosai) no verso 17, que apresentam de maneira sequenciada os verbos: “pensar, vir a destruir (duas vezes), cumprir”. Essas formas verbais são aoristos sumários – que captam ação em sua totalidade, e integrados aprofundam o seguinte ponto: Jesus completou tudo que dizia respeito a Torah, e tudo que os profetas predisseram a Seu respeito. Ele é o ponto específico na linha do tempo do percurso da Lei e dos Profetas, e nada mais pode vir após Cristo.
O verbo grego no aoristo intensifica a completude da ação, com enfoque no passado e sua irrepetibilidade. Por isso, a declaração de Jesus no verso 18, destaca que a Torah não é permanente, muito menos imutável, como originalmente foi dada. A Torah e os Profetas são permanentes somente na medida que são cumpridas em Cristo. Isso quer dizer, então, que todos os que seguem a Jesus cumprem a Lei e os Profetas. Destacamos que essa posição de Jesus, a respeito da Torah, não a diminui, antes expande sua relevância, redimensionando-a em termos eternos, consoante ao que fica explícito no verso 18.
Jesus é o cumprimento da Lei e dos Profetas, de modo que o Senhor categoriza dois tipos de pessoas: aquelas pessoas que estarão perdidas, por causa da confiança e sua mera religiosidade; e as que são chamadas grandes, que são aprovadas por Deus em Cristo. O discipulado genuíno, por conseguinte, significa separação, não apenas do mundo, mas, principalmente, para Deus, através de Cristo. A justiça do cristão, nesse contexto, deve exceder a dos escribas e fariseus. Portanto, o chamado de Jesus é para o cumprimento da sua justiça, não a dos religiosos da sua época que não compreenderam o caminho do Mestre dos mestres.
Somente a partir de Jesus nossa luz pode brilhar nas trevas, sai de debaixo do alqueire e brilha na escuridão. Devemos cumprir a Lei de Cristo, que está respaldada no que existe de melhor na Torah: o amor. E este deve ser demonstrado por meio de boas obras, através das quais nosso Pai celestial é glorificado. Há muitos religiosos, no tempo presente, que não compreenderam o espírito da Torah, muito menos os ensinamentos de Jesus. Todos aqueles que querem cumprir a Lei e os Profetas devem seguir a Cristo, viver a partir dos Seus ensinamentos, e seguir Seu exemplo. Somente cumprem a Lei e os Profetas, no contexto da Nova Aliança, aqueles que se identificam com Jesus, em Suas palavras e obras.

Ev. José Roberto A. Barbosa (2º Secretário da Assembleia de Deus em Mossoró-RN e professor da EBD)

UMA CELEBRAÇÃO APOTEÓTICA

Celebração apoteótica, é a definição mais simples que podemos aplicar à comemoração do Centenário da IEADERN – Igreja Evangélica Assembleia de Deus no estado do Rio grande do Norte; evento ocorrido neste dia 26 de maio no estádio Arena das Dunas em Natal; capital deste estado.
A expectativa era geral, contagem regressiva e os detalhes surgindo no âmbito da comissão geral, coordenada pelo pastor de Mossoró, Francisco Cícero Miranda. Uma boa, equipe coadjuvada pelas subcomissões, que diga-se; todos com o mais elevado e respeitado grau de competência. Vinte e quatro horas em sintonia com o ilustre, abençoado, respeitado e competente servo de Deus: Pastor Martim Alves da Silva presidente da IEADERN. Muito bem assessorado por suas diretorias da IEADERN e CEMADERN. Tudo preparado nos mínimos detalhes, aliás, tudo sendo feito com muito amor; passo a passo, dia após dia, mês após mês, para o grande dia 26 de maio.
Vinte e seis de maio, um sábado marcado pelo sol e pela bravura de milhares de crentes que se deslocavam de todos os cantos deste estado rumo a capital para o estádio Arena das Dunas; palco da grande celebração. Todos com o mesmo objetivo: Comemorar o Centenário da Assembleia de Deus; com o mesmo sentimento: “Grandes coisas fez o Senhor por nós, e, por isso, estamos alegres. ”Sl. 126.3. Mais de duzentas e cinquenta caravanas de ônibus, centenas e mais centenas de carros menores, circulando nas estradas do estado, numa movimentação inédita, conforme testemunho da policia rodoviária federal.
Eram treze horas e trinta minutos quando os portões se abriram e os primeiros crentes tiveram acesso aquele Estádio; para o evento que estaria iniciando com termino previsto para as vinte horas, como realmente aconteceu. Tudo simplesmente lindo para glória de Deus! Em cada rosto a alegria de fazer parte desta história, o gozo de cultuar ao Senhor em um momento tão significativo para todos. A organização, as equipes, os cantores, as mensagens, a orquestra, o coral, a apresentação sêmica, e a simulação dos pastores presidentes; tudo lindo, lindo! Inclusive com homenagens aos familiares. Destaco todavia a alegria e emoção do nosso presidente Pr. Martim Alves da Silva, com muita razão, pois Deus lhe escolheu e deu tamanha responsabilidade, graça e privilégio de ser o Pastor da Igreja, neste estado, no tempo do seu Centenário. Uma data e um evento memoráveis que ficará registrados nos anais da história do evangelismo para a nossa posteridade.
É bem verdade que números não são tão relevantes para Deus, pois está escrito que para Ele “Mil anos são como um dia e um dia como mil anos”, diz São Pedro em II Pedro 3.8. Todavia, nos alegramos pelos cem anos de uma Igreja, alicerçada no ensino da palavra de Deus, nas orações e na evangelização, sob a unção do Espírito Santo.
Eu tenho prazer em ser assembleiano, pois há mais de cinquenta anos, tive um encontro com Cristo nesta igreja. Ainda na minha adolescência, faço parte desta igreja que nasceu em Jerusalém, se expandiu do oriente ao ocidente, em toda américa, chegou ao Brasil em 1911; através dos missionários suecos: Daniel Berg e Gunnar Vingren, chegou em Natal em 1918. Foi um começo pequeno mas pela graça de Deus, ao completar 100 anos tornou-se uma grande obra, para honra e glória de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo! Daí sermos uma Igreja Centenária, e podermos em alto e bom som cantarmos: ”Centenário, resplandece, numa Igreja que a cada dia cresce! Centenário IEADERN. São cem anos que o poder de Deus Floresce. ” Parabéns Pastor Martim! Parabéns Pastor Miranda! Em nome dos quais saúdo e parabenizo todos pastores, membros e congregados desta minha querida IEADERN. Glórias a Deus! “ Porque Dele, e por Ele, e para Ele são todas as coisas; glória pois a Ele eternamente. Amém! ” Rm. 11.36.

Pr. Francisco Vicente (1º Vice-Presidente da AD em Mossoró e diretor do Departamento de Missões)

JEOVÁ-ROHÍ

A expressão hebraica significa: “O Senhor é o meu pastor”, retrato fiel do salmo 23 escrito pelo poeta e harpista hebreu chamado Davi.
Ele conhecia a Deus, não só como pastor, mas como o seu pastor.
É uma experiência muito agradável conhecer o Senhor como pastor. Assim Davi se expressa no salmo 23, reconhecendo o Senhor como seu pastor, não só em poesia, mas na vida cotidiana. Deus é apresentado não só como Senhor do salmo, mas como o pastor do salmo, que guia, alimenta, dessedenta, cura, faz repousar, unge, está presente, consola etc. Não é salutar saber que temos um pastor assim? É muito confortante recitar o salmo, contudo devemos nos submeter a Ele como ovelhas do seu pasto.
Quem tem uma experiência com o pastor Jesus, não se exaspera ante as lutas e as dificuldades desta vida.
Mesmo na tempestade que nos é comum nesta vida, sabemos que Ele está no controle de todas as coisas. Jesus disse: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas (Jo 10.11).
Li há algum tempo um artigo sobre o salmo 23 e o autor contava algo muito interessante e quero aqui transcrever. Diz: Conta-se que em uma reunião um poeta declamava vários salmos. Na plateia tinha um velho pregador.
O poeta querendo a participação improvisada deste pregador pediu que ele recitasse o salmo 23. O pregador disse que o faria mais que também queria ouvir o poeta declamando tal salmo.
O poeta então declamou de forma majestosa provocando aplausos efusivos da plateia. O pregador então com uma voz cansada, sem nenhuma técnica abriu sua boca e simplesmente falou com o coração.
Ao terminar nenhum aplauso, mas muitos choravam tal a força com que aquelas palavras saíram dele.
O poeta disse: “A diferença entre ele e eu é que eu apenas conheço o salmo do pastor, ele, por sua vez, conhece o pastor do salmo”.
Quão maravilhoso é conhecer o pastor do salmo! É muito bom e confortante fazer parte do rebanho, cujo pastor é o Senhor Jesus.
Ele é o bom pastor que deu a sua vida por nós, suas ovelhas, então podemos descansar Nele, pois é fiel com o seu rebanho.

Pr. Martim Alves da Silva (Presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Estado do Rio Grande do Norte (IEADERN) e da Convenção Estadual de Ministros da Assembleia de Deus no Estado do Rio Grande do Norte (CEMADERN).


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