Reflexões

A TRICOTOMIA DO HOMEM

O homem é um ser tricótomo (1Ts 5.23; Hb 4.12). O termo tricotomia significa “aquilo que é dividido em três” ou “que se divide em três tomos”. Em relação ao homem, o termo tricotomia refere-se às três partes do seu ser: corpo, alma e espírito. Há divergência neste ponto entre alguns teólogos. Há aqueles que […]

O homem é um ser tricótomo (1Ts 5.23; Hb 4.12). O termo tricotomia significa “aquilo que é dividido em três” ou “que se divide em três tomos”. Em relação ao homem, o termo tricotomia refere-se às três partes do seu ser: corpo, alma e espírito. Há divergência neste ponto entre alguns teólogos. Há aqueles que entendem o homem como apenas um ser dicótomo, ou seja, que se divide em duas partes: corpo e alma (ou espírito). Os defensores da dicotomia do homem unem alma e espírito como sendo uma e a mesma coisa. Entretanto, parece-nos  mais aceitável o ponto de vista da tricotomia. Esse conceito da tricotomia crê que o homem é uma triunidade composta e inseparável. Só a morte física é capaz de separar as partes: o corpo de sua parte imaterial.

  1. a) O corpo: É a parte inferior do homem que se constitui de elementos químicos da terra como oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio, cálcio, fósforo, potássio, enxofre, sódio, cloro, iodo, ferro, cobre, zinco e outros elementos em proporções menores. Porém, o corpo com todos esses elementos da terra, sem os elementos divinos, são de ínfimo valor. O corpo é apenas a parte tangível, visível e temporal do homem (Lv 4.11; 1Rs 21.27; Sl 38.4; Pv 4.22; Sl 119.120; Gn 2.24; 1Co 15.47-49; 2Co 4.7). O corpo é a parte que se separa na morte física.
  2. b) A alma: É preciso saber que o corpo sem a alma é inerte. A alma precisa do corpo para expressar sua vida funcional e racional. Os vários sentidos da palavra alma na Bíblia, como sangue, coração, vida animal, pessoa física; devem ser interpretados segundo o contexto da escritura em que está contida a palavra “alma”. De modo geral, em relação ao homem, a alma é aquele princípio inteligente que anima o corpo e usa os órgãos e seus sentidos físicos como agentes na exploração das coisas materiais, para expressar-se e comunicar-se com o mundo exterior (Sl 107.5,9; Gn 35.18; 1Rs 17.21; Dt 12.23; Lv 17.14; Pv 14.10; Jó 16.13; Ap 2.23; Ecl 11.5; Sl 139.13-16).

    c) O espírito: O espírito do homem não é simples sopro ou fôlego, é vida imortal (Ec 12.7; Lc 20.37; 1Co 15.53; Dn 12.2). O espírito é o princípio ativo de nossa vida espiritual, religiosa e imortal. É o elemento de comunicação entre Deus e o homem. Certo autor cristão escreveu que “corpo, alma e espírito não são outra coisa que a base real dos três elementos do homem: consciência do mundo externo, consciência própria e consciência de Deus”.

FONTE: cpadnews.com.br

NEEMIAS, UM LÍDER QUE MUDOU A HISTÓRIA DE UMA NAÇÃO

Neemias foi copeiro de Artaxerxes e governador de Jerusalém. Foi o reconstrutor da cidade de Davi, a cidade que passou mais de um século debaixo de escombros. Ele levantou os muros da cidade em apenas cinquenta e dois dias, apesar de escassez de recursos, do desânimo do povo e dos constantes ataques do inimigo. Qual […]

Neemias foi copeiro de Artaxerxes e governador de Jerusalém. Foi o reconstrutor da cidade de Davi, a cidade que passou mais de um século debaixo de escombros. Ele levantou os muros da cidade em apenas cinquenta e dois dias, apesar de escassez de recursos, do desânimo do povo e dos constantes ataques do inimigo. Qual foi o segredo desse grande líder?

NEEMIAS CONJUGAVA PIEDADE COM ESTRATÉGIA
Quando soube que a cidade de Jerusalém estava assolada por grande miséria e o seu povo vivendo debaixo de opróbrio, Neemias chorou, orou, jejuou, mas também se dispôs a agir e ao agir, fê-lo com refinada sabedoria. Ele falou com Deus e com o rei da Pérsia. Ele buscou os recursos do céu e os tesouros da terra. Precisamos de líderes piedosos e de líderes sábios, líderes íntegros e também de líderes relevantes. Homens que tenham intimidade com os céus e sabedoria para lidar com os intrincados problemas da terra.

NEEMIAS CONJUGAVA DISCRIÇÃO COM ENCORAJAMENTO
Quando Neemias chegou à devastada cidade de Jerusalém, nada disse ao povo até fazer uma meticulosa avaliação da situação. Somente depois, compartilhou seu plano e conclamou o povo para unir-se a ele na reconstrução da cidade. Antes de desafiar o povo para o trabalho, o líder precisa saber a dimensão da obra a ser feita. Antes de falar ao povo, o líder precisa ter uma estratégia clara em sua mente. Um líder sábio analisa os problemas discretamente antes de encorajar seus liderados publicamente. Quando o líder sabe o que precisa ser feito, e onde quer chegar e como chegar, seus liderados são encorajados a realizar a obra.

NEEMIAS CONJUGAVA INTEGRIDADE COM EXORTAÇÃO
Os governadores que precederam Neemias exploraram o povo. Eram líderes que se serviam das pessoas em vez de servi-las. Neemias interrompe essa cultura de corrupção e exorta os abastados a socorrer os necessitados. Ele exortou com autoridade, porque sua integridade era a base da sua liderança. Por temor a Deus, não usou seu posto de liderança para auferir vantagens pessoais, mas para servir ao povo com maior abnegação. A vida do líder é a vida da sua liderança. A integridade do líder é a base da sua autoridade para exortar seus liderados.

NEEMIAS CONJUGAVA ORAÇÃO COM TRABALHO
Neemias foi um homem de oração e de ação. Ele orava e agia. Ele confiava em Deus e trabalhava. Ele orou ao saber do problema de Jerusalém. Ele orou ao falar com o rei Artaxerxes. Ele orou diante dos ataques do inimigo. A oração era a atmosfera em que realizava sua obra. Ele entendia que a obra de Deus precisava ser feita na força de Deus, de acordo com a vontade de Deus e para a glória de Deus. Neemias acreditava que Deus é quem abre as portas, provê os recursos, desperta o povo, livra do inimigo e dá a vitória. A intensa agenda de oração de Neemias, entretanto, não fez dele um líder contemplativo, mas um homem dinâmico, um gestor competente, um estadista que reergueu sua cidade dos escombros.

NEEMIAS CONJUGAVA O ENSINO DA PALAVRA COM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Neemias foi um líder fiel às Escrituras. Ele convocou o povo para voltar-se para a Lei de Deus e fez não apenas uma reforma estrutural e política em sua cidade, mas também uma reforma espiritual. Por outro lado, Neemias foi absolutamente estratégico nesse projeto. Ele colocou cada pessoa no lugar certo, para fazer a coisa certa, com a motivação certa. Ele motivou e mobilizou todas as pessoas: homens e mulheres, pobres e ricos, sacerdotes e comerciantes, agricultores e ourives. Ninguém ficou de fora. No seu planejamento havia trabalho para todos e foi a união de todos, trabalhando na mesma direção, com a mesma motivação, que redundou em vitória tão esplêndida. Que Deus levante entre nós líderes da estirpe de Neemias!

FONTE: hernandesdiaslopes.com.br

NOIVADO PERÍODO DE REVISÃO, PLANEJAMENTO E AÇÃO

“… tire as sandálias dos pés, porque a terra que você esta pisando é sagrada”. Josué 5.15. Tirar as sandálias dos pés requer apenas um gesto, uma decisão e Josué não tem nenhuma dúvida de fazê-lo, porque está decidido e convicto de sua escolha. Curvar-se e tirar as sandálias é gestos de humildade e obediências […]

“… tire as sandálias dos pés, porque a terra que você esta pisando é sagrada”. Josué 5.15.

Tirar as sandálias dos pés requer apenas um gesto, uma decisão e Josué não tem nenhuma dúvida de fazê-lo, porque está decidido e convicto de sua escolha. Curvar-se e tirar as sandálias é gestos de humildade e obediências ao seu chamado.
Fazendo uma reflexão desse texto, penso que, se não tirarmos as sandálias dos pés, e descalçarmos de nosso egoísmo, não estaremos preparados para entrar em um casamento.
Josué para se tornar um líder, passou por várias fases importantes. É linda sua história de coragem, determinação, humildade e ação. Deus o escolheu para substituir Moisés à frente do seu povo. Mesmo assim ele teve que passar por todas as fases de aprendizados, como anos de trabalho junto à tenda, observando a maneira de Moisés liderar o povo. Chamo isso de namoro; depois, seu encontro sobrenatural onde ele firma seu compromisso primeiro com Deus, depois entendendo que sua decisão tinha a ver com o sagrado; chamo isso de noivado, depois se desfez do que ainda lhe impedia de estar preparado.
São etapas que não devemos atropelar, elas nos permitem: amadurecimento, experiências e reflexões.
Com essa atitude ele estava demonstrando que entendia como se deve lidar com as coisas sagradas de Deus.
Casamento não é qualquer coisa, mas sim uma ideia de Deus, é um chamado para continuação do seu projeto para a humanidade, por isso é sagrado. Diz o texto de Gn 1.28 “Deus os criou macho e fêmea, os abençoou e lhes ordenou: Sede fértil e multiplicai-vos…”.
Lembro-me com carinho o dia do nosso noivado. Depois de mais de quatro anos de namoro, estávamos frente a meus pais, onde seria oficializado nosso pedido de casamento. Meu pai, que era um apaixonado por pedras preciosas, conversava animadamente com Elumar sobre a maneira de como elas eram extraídas do solo. Não tinha nada a ver essa conversa com o pedido de casamento, mas serviu para relaxar um pouco o nervosismo desse momento.
Foi um dia ímpar em nossas vidas, logo depois já estávamos usando as alianças que sinalizavam a brevidade de nosso casamento. Acho esquisito um pedido de casamento sem uma data que inicie a contagem regressiva para a oficialização do mesmo.
Éramos jovens estudantes, cheios de sonhos, projetos, mas com os pés no chão, sabendo que nosso começo seria uma grande aventura recheada de muito amor, mas pouco dinheiro.
Sentamos para fazermos nosso orçamento e ele nos disse que podíamos casar, mas que não desviássemos o foco das prioridades agendadas.
E olhando para trás, depois de 38 anos de casados, confesso a vocês que nosso começo foi realmente uma aventura espetacular, onde nunca nos faltou o essencial para vivermos em paz, Deus nos honrou diante dessa determinação.
Entendo o noivado como um tempo para revisão e planejamento. Tempo de qualidade para avaliarmos também nossos sentimentos e classificarmos entre amor e paixão.
Gosto tanto do que nos fala I Co 13 sobre o que é amor. O texto nos diz: O amor é bondoso, prestativo, não perde a paciência por qualquer coisa, não é invejoso ou ciumento. Não se vangloria, não procura impressionar, não é orgulhoso, arrogante. Tem boas maneiras, não é rude, grosseiro, inconveniente, não maltrata. Não procura seus interesses próprios, não é egoísta.
O amor é um sentimento extraordinário. Diz mais ainda o texto: O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. Ah! Como o amor é diferente de paixão.
A paixão é descontrolada, não busca a realidade, é egoísta, insensível, e quando não é correspondida, transforma-se em ódio.
É bom atentarmos para alguns requisitos que consideramos importantes nessa fase do noivado. Como a independência emocional, financeira e geográfica. Gn 2.24 nos diz: “… o homem deixará seu pai e sua mãe e unir-se-á a sua mulher”. Por isso que o casamento não é um compromisso assumido por crianças. Diz-nos ainda o texto de Pv 24,27 “Forma primeiro a sua lavoura e levanta a tua casa, então, estarás à vontade para construir sua família”.
Isso sinaliza que você precisa se preparar financeiramente para essa responsabilidade. Dizer que depois de casados moraria até debaixo da ponte, não condiz com quem tem responsabilidade de formar uma família.
Quanto ao emocional, se refere à união de temperamentos, equilíbrio emocional, capacidade de gerenciar conflitos. I Co 1.10 nos diz: “Estejam de acordo no que falais, e não haja divergências entre vós”. Temos quatro tipos de temperamentos, que são parte permanente da nossa personalidade.
O temperamento explica nosso comportamento, mas não deve servir de desculpa para ele. G. 4.7 diz: “Se procederes bem, não é certo que serás aceito?…”. São eles os temperamentos: sanguíneo (comunicativos, alegres…), fleumático (pacífico, dócil…), colérico (explosivo dominador…) e melancólico (tímido, sensível, solitário…).
Se o compromisso de noivado precisa ser revisto, que o faça o quanto antes do casamento. Assuma o compromisso diante de Deus para buscar as mudanças necessárias. Se precisar de aconselhamento, procure alguém que mereça confiança e tenha maturidade.

Maria do Socorro G. Pereira (Esposa do Pr. Elumar Pereira – Diretor do Departamento da Família da AD Mossoró)

FATOR X NA LIDERANÇA CRISTÃ

Na matemática, dentro da solução de problemas em uma equação, existe a presença do “x”. Este representa o valor de um número não revelado, o qual, influência diretamente do resultado da equação. Para um líder cristão, o fator “x” de sua liderança é Deus. É impossível exercer uma liderança dentro de uma visão bíblica sem […]

Na matemática, dentro da solução de problemas em uma equação, existe a presença do “x”. Este representa o valor de um número não revelado, o qual, influência diretamente do resultado da equação.
Para um líder cristão, o fator “x” de sua liderança é Deus. É impossível exercer uma liderança dentro de uma visão bíblica sem a presença de Deus em tudo que estamos realizando.
Mesmo considerando todas as habilidades e capacitações que um obreiro possua; ele não pode se perder “na força de seu braço”, na vaidade dos seus pensamentos ou na manifestação do seu ego.
Sua consciência deve ser clara e objetiva na postura de submissão ao Senhor para assim poder exercer o serviço e vocação para o qual cada um foi chamado; seja em caráter geral ou especifico.
Desenvolver diferentes projetos na igreja ou comunidade, administrar conflitos, promover a capacitação de sua equipe, aconselhar e mentorear seus liderados e até outros líderes, planejar e organizar as atividades que estão sob sua responsabilidade, auxiliar a outros em suas necessidades (as mais diversas), ensinar a palavra de Deus, cuidar da família, apresentar bom testemunho…ufa! são muitas expectativas que tanto liderados como os próprios lideres tem a respeito do desempenho de sua liderança que muitas vezes o peso destas responsabilidades, tarefas e missão gera uma sobrecarga de diferentes formas na vida do líder.
Exatamente por isto que você deve ter um relacionamento efetivo e profundo com Deus, através de uma vida devocional ativa, porque Deus faz toda a diferença em sua liderança.
Muitas vezes o exercício do ministério que você abraçou lhe deixa vulnerável, por não ter todas as respostas que precisa e até não saber tudo o que deve fazer.
Quantas vezes você não se viu precisando de uma orientação, uma luz para determinada situação e simplesmente você não conseguia visualizar o que deveria fazer ou dizer? Você já se viu sem saber o que fazer? Como resolver aquela situação? Qual a saída para um impasse gerado? Meus amigos, são muitos os momentos que nossas fragilidades e limitações ficam totalmente evidentes.
Sabedores disto, o que devemos fazer? Investir em um relacionamento profundo com Deus; Ele é o diferencial em sua vida e liderança.
Você precisa andar com Deus em uma prática piedosa e submissa a sua voz. Se você seguir este caminho, não tenha dúvidas, a sabedoria de Deus estará com você e as respostas estarão ao seu lado para liderar com coragem as distintas situações e cenários dinâmicos e desafiadores que fazem parte do exercício ministerial. Tal vida é exigida pelas Escrituras. Devemos viver “sensata, justa e piedosamente,” (Tito 2.12).
Mantenha uma vida de oração e terás uma pratica submissa a direção de Deus e Ele te dará as respostas que te farão alcançar os resultados necessários em tua liderança. (Mt. 6:8; 7:7-11; 18:19; 21:22; Jo. 14:13-14; 15:7, 16; 16:23-24, 26; I Jo. 3:22; 5:14-15; Tg. 1:5).
Termino dizendo que tenho experimentado isto de forma muito forte em minha vida e por isto meu desejo de compartilhar este entendimento com você. Lhe desafio a mergulhar na pratica espiritual da oração, esta atitude promove um diálogo intenso com nosso Deus, o que por sua vez lhe trará o discernimento necessário para o exercício da liderança que lhe foi confiada. Deus faz toda diferença em tua liderança.
Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.
Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.
Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.
Isto será saúde para o teu âmago, e medula para os teus ossos.
Provérbios 3:5-8

Pr. Wendell Miranda (2° vice-presidente da IEADEM, Superintendente do Sistema de Comunicação da AD em Mossoró)

PRECIPITADOS

Dando continuidade ao nosso estudo das características negativas das pessoas que vivem nos tempos difíceis e trabalhosos desses últimos dias nos quais estamos vivendo, agora vamos estudar a respeito das pessoas que agem precipitadamente. Segundo Paulo, “…nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão […] atrevidos…” (2 Tm 3.1-4 – ARA). A palavra […]

Dando continuidade ao nosso estudo das características negativas das pessoas que vivem nos tempos difíceis e trabalhosos desses últimos dias nos quais estamos vivendo, agora vamos estudar a respeito das pessoas que agem precipitadamente. Segundo Paulo, “…nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão […] atrevidos…” (2 Tm 3.1-4 – ARA). A palavra grega traduzida por “atrevidos”, no versículo quatro, é “propetes”, que significa “aquele que cai adiante, ou de ponta cabeça”, aquele que é “precipitado”, “apressado” ou “despreocupado”. Essa palavra grega só é utilizada na Bíblia em mais outro versículo, em At 19.36, quando o escrivão de Éfeso tentava acalmar o povo e evitar que eles usassem de violência contra Paulo e seus companheiros: “…convém que vos mantenhais calmos e nada façais precipitadamente” (At 19.36 – ARA).
Uma pessoa precipitada é uma pessoa temerária e imprudente, que age irrefletidamente obedecendo ao impulso do momento. Ela não pensa bem antes de agir apressadamente, e se atreve a correr riscos demasiados e desnecessários. Os inconsequentes são açodados e não avaliam antecipadamente os efeitos dos seus atos. As pessoas precipitadas muitas vezes pecam pelo excesso de pragmatismo, por quererem agir rápido para resolver determinada situação. Essa impulsividade pode levar as pessoas a falarem, tomarem decisões ou fazerem coisas que posteriormente as levarão a lamentarem por terem agido inconsequentemente.
Durante a peregrinação dos israelitas no deserto, Deus disse a eles que não subissem ao topo das montanhas onde habitavam os Amorreus, para pelejarem contra eles, sob pena dos filhos de Israel serem derrotados nessa guerra. Infelizmente, o povo foi precipitado e agiu temerariamente, desobedecendo o mandamento do Senhor, de modo que foram derrotados pelos Amorreus (Nm 14.39-45; Dt 1.41-46). Nabal também foi atrevido e precipitado em suas palavras (1 Sm 25.10-11), e com isso provocou o desejo de vingança em Davi (1 Sm 25.12-13). Davi e seu exército ia matar Nabal e todas as pessoas do sexo masculino que habitavam com ele (1 Sm 25.22,33). Felizmente entrou em ação uma mulher sensata e prudente, de nome Abigail, para evitar que Davi cometesse uma carnificina (1 Sm 25.3,33).
Uma pessoa pode ser precipitada em várias coisas, como por exemplo, no falar. A Bíblia afirma que há mais esperança para o tolo e insensato, do que para a pessoa que é precipitada no falar (Pv 29.20). Enquanto a língua dos sábios traz cura e saúde, as palavras precipitadas dos tagarelas ferem como a ponta da espada (Pv 12.18). Uma vez que todos somos sujeitos a falhar nessa área, é melhor sermos cuidadosos com a nossa língua (Tg 3.1-12), visto que a palavra pronunciada não volta atrás.
Em Provérbios, a Bíblia afirma que “na multidão de palavras não falta transgressão, mas o que modera os seus lábios é prudente” (Pv 10.19). As Escrituras também declaram que “a sabedoria está nos lábios dos que têm discernimento, mas a vara é para as costas daquele que não tem juízo” (Pv 10.13 – NVI). O sábio rei de Israel ainda prossegue afirmando que “a conversa do insensato traz a vara para as suas costas, mas os lábios dos sábios os protegem” (Pv 14.3 – NVI). Enquanto a palavra branda dos prudentes desvia o furor, a palavra dura dos precipitados suscita ira (Pv 15.1). Assim, “o conselho oferecido na hora certa é agradável como maçãs de ouro numa bandeja de prata” (Pv 25.11 – NVT), e “…quem fala com equilíbrio promove a instrução” (Pv 16.21 – NVI).
A pessoa tagarela, aquela que fala demais, está sujeita a jurar ou fazer um voto precipitado (Lv 5.4 – NTLH). Foi o que aconteceu com Jefté, que precipitadamente votou a Deus para oferecer uma pessoa em holocausto ao Senhor (Jz 11.30-31). Assim, percebe-se que “é uma armadilha consagrar algo precipitadamente, e só pensar nas consequências depois que se fez o voto” (Pv 20.25 – NVI). Sabendo que quem fala demais está sujeito a fazer voto precipitado (Ec 5.2) e pronunciar muitas palavras tolas (Ec 5.3), é melhor não votar a Deus, do que votar e não cumprir (Ec 5.4-5).
Na área ministerial, Paulo orientou ao jovem pastor Timóteo para que este fosse cauteloso e prudente na escolha dos obreiros para atuarem no ministério eclesiástico: “a ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro” (1 Tm 5.22).
Contrastando a vida e as ações das pessoas precipitadas e inconsequentes, com a vida e as ações das pessoas cautelosas e prudentes, chegamos à conclusão de que “o homem paciente dá prova de grande entendimento, mas o precipitado revela insensatez” (Pv 14.29 – NVI). Portanto, “não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado” (Pv 19.2 – ARA).

Ev. Fábio Henrique (Bacharel em Teologia, 1º Secretário da IEADEM e professor da EBD e do CETADEM)

Missões, juntos anunciando Cristo às nações

O tema deste artigo é também o tema da nossa XVª onferência Missionária 2017, a ser realizada no período de 31 de agosto a 02 de setembro, com base no texto bíblico seguinte: “Anunciai entre as nações a sua glória; entre todos os povos as suas maravilhas” Sl. 96.3a A palavra “evangelho” significa boas novas, […]

O tema deste artigo é também o tema da nossa XVª onferência Missionária 2017, a ser realizada no período de 31 de agosto a 02 de setembro, com base no texto bíblico seguinte: “Anunciai entre as nações a sua glória; entre todos os povos as suas maravilhas” Sl. 96.3a
A palavra “evangelho” significa boas novas, e bem descreve a mensagem de Jesus Cristo apresentada no Novo Testamento. O valor e a beleza dessa mensagem, porém, foram assuntos de profecias feitas centenas de anos antes da chegada do Messias.
Uma dessas profecias aparece no livro de Isaías, logo antes de uma grande profecia sobre o Servo sofredor, o Cristo, que viria 700 anos mais tarde: “Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!” (Isaías 52:7).
Nessa profecia, está destacada a bênção da chegada das boas-novas, e o autor frisa alguns aspectos importantes da mensagem do evangelho que viria:
É uma mensagem de paz. Jesus é descrito em profecia como o “Príncipe da Paz” (Isaías 9:6). Na sua explicação do evangelho no Novo Testamento, Paulo identifica Jesus como “a nossa paz”, porque ele reconcilia inimigos humanos e, principalmente, porque traz a paz entre Deus e os homens que se afastam do Senhor nos seus pecados (Efésios 2:11-18).
É uma mensagem de salvação. A restauração da paz entre Deus e homens pecadores está inseparavelmente ligada ao conceito da salvação. Todos nós fomos perdidos em nossas transgressões da vontade divina (Romanos 3:23).
Nessa circunstância, ficamos sem condições de resolver o problema, pois nenhum de nós é capaz de se salvar por seu próprio mérito (Efésios 2:8-9). Dependemos da graça salvadora de Deus (Tito 2:11).
É uma mensagem sobre Sião. Sião foi o monte em Jerusalém onde o templo do Senhor foi construído. Especialmente em profecias, passa a representar a sede do reino de Deus (Isaías 2:3). É nesse sentido que a palavra aparece no Novo Testamento (Hebreus 12:22).
Acima de tudo, é uma mensagem do domínio divino. A mensagem de paz e salvação anunciada é o simples e importante fato de que Deus reina! A chegada do reino dos céus foi um dos principais temas da pregação de João Batista (Mateus 3:2).
A mensagem do próprio Jesus foi resumida nestas palavras: “Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mateus 4:17).

As boas-novas de Cristo são a mensagem de livramento do domínio do pecado e da morte para viver sob a graça do Senhor! Esta é a mensagem que pregamos. Assim cremos, assim vivemos.

Francisco Vicente (1º Vice-Presidente da AD em Mossoró e diretor do Departamento de Missões)

VALE A PENA SER EVANGÉLICO

Ser evangélico hoje virou moda no Brasil, segundo alguns estudiosos da ciência do comportamento humano. Mas o que isto significa para a igreja evangélica que, a cada dia, cresce vertiginosamente? Porventura, não é hora de se fazer uma reflexão da doutrina, da fé e do comportamento evangélico no seio da sociedade brasileira? Ser evangélico não […]

Ser evangélico hoje virou moda no Brasil, segundo alguns estudiosos da ciência do comportamento humano. Mas o que isto significa para a igreja evangélica que, a cada dia, cresce vertiginosamente?
Porventura, não é hora de se fazer uma reflexão da doutrina, da fé e do comportamento evangélico no seio da sociedade brasileira? Ser evangélico não é só fazer uma opção religiosa ou aderir a uma igreja evangélica, como muitos estão fazendo hoje, em face das inúmeras promessas de prosperidade e bem estar nesta vida.
A verdade é que muitos estão em busca de sucesso e felicidade neste mundo e para isso buscam algumas igrejas evangélicas que oferecem um evangelho fácil, sem nenhum compromisso com Cristo.
Isto não se constitui novidade nenhuma, pois nos dias de Jesus aqui na terra, multidões o seguiam em busca dos milagres que Ele operava; levantava paralíticos, dava vista aos cegos, purificava os leprosos, ressuscitava mortos, multiplicava pães e peixes e dava de alimentar a multidões, enfim, milagres estavam presentes na vida ministerial do Senhor Jesus.
O povo queria as bênçãos de Jesus, porém seguí-Lo conforme seus ensinos, isto não era possível, pois não estavam dispostos a pagar o preço de um verdadeiro discípulo do Senhor.
Veja só, o povo quer as bênçãos de Deus, mas não o Deus das bênçãos.
Conforme depreendemos dos ensinamentos de Jesus, ser evangélico não é assimilar as verdades pregadas por Ele, mas praticá-las de modo que o mundo veja as palavras do Senhor encarnadas em nossa própria vida, como disse o apóstolo Paulo: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2.20).
Porventura, não é maravilhoso ser evangélico segundo os ensinos do Senhor Jesus?
Vale a pena ser evangélico, mesmo carregando o peso da cruz, renunciando os prazeres carnais, sofrendo as afrontas por amor a Cristo, discriminado por viver um estilo de vida diferente do mundo, pregar uma mensagem que contraria os desejos dos corações dos homens, sustentar uma fé que dá convicção de uma vida no céu com Deus, enfim, enfrentar as potestades do mal como bom soldado de Cristo, e assim, sair vencedor pelo precioso sangue de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
A palavra de Deus nos assegura que, se sofrermos, também com Ele reinaremos; se o negarmos, também Ele nos negará; se formos infiéis, Ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo (II Tm 2.12,13).

Pr. Martim Alves da Silva (Presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Estado do Rio Grande do Norte (IEADERN) e da Convenção Estadual de Ministros da Assembleia de Deus no Estado do Rio Grande do Norte (CEMADERN).

FIDELIDADE NAS PEQUENAS COISAS

“Quem é fiel no pouco também é fiel no muito, e quem é injusto no pouco também é injusto no muito” (Lc 16.10) Quem não deseja ter um empregado que, na ausência do patrão, se porta de modo responsável em suas tarefas? Quem não deseja ter um relacionamento que, mesmo ausência do cônjuge, o outro […]

“Quem é fiel no pouco também é fiel no muito, e quem é injusto no pouco também é injusto no muito” (Lc 16.10)

Quem não deseja ter um empregado que, na ausência do patrão, se porta de modo responsável em suas tarefas? Quem não deseja ter um relacionamento que, mesmo ausência do cônjuge, o outro porta-se de modo respeitável e fiel? Todos nós passamos por momentos perigosos em que a nossa fidelidade ao que é certo e honesto é testada.
A pergunta é: nessas situações, temos sido aprovados ou reprovados? O ser humano tem a tendência de se revelar quando se encontra sozinho, quando ninguém está lhe observando. Muitas vezes, por mais que se esforcem, alguns, não conseguem ser fiéis ao que é certo.
Mas há também os que conseguem prevalecer. José foi um homem fiel e íntegro (veja parte de sua história em Gn 39.1-23). Por ser invejado por seus irmãos, ele foi jogado em um poço vazio e sem água (Gn 37.24).
Logo após este fato, José foi para no Egito, vendido como escravo aos ismaelitas que posteriormente o venderam a Potifar, oficial do faraó e capitão da guarda (Gn 37.24-36).
Eis aí um jovem que tinha motivos de sobra para se revoltar contra os irmãos e contra sua difícil realidade. Mas apesar de ser rejeitado por parte da família, Deus amava José e tinha um grande plano para sua vida. Na casa de Potifar ele se tornou administrador de seus bens.
Gênesis 39.4 nos diz que Potifar confiou a José tudo o que possuía. Fidelidade leva a novas oportunidades e responsabilidades. José fazia a diferença onde se encontrava. Por quê? Porque Deus estava com ele. José não era um homem religioso, ele era um homem que tinha relacionamento com Deus. Era um homem transformado.
Por causa da honestidade de José até a casa de Potifar foi abençoada. Até mesmo na área sexual José permaneceu íntegro aos princípios do Senhor, mesmo sendo solteiro, atraente e de boa aparência. Certa vez, a mulher de Potifar o cobiçou e o convidou para um ato de infidelidade.
Ele se recusou mesmo diante da insistência dela. O momento era tentador, ninguém estava olhando, mas José disse não, pois ele tinha temor a Deus. Foi por temor e amor ao Senhor que ele recusou um convite em que infelizmente muitos estão enlaçados nos dias de hoje.
Apesar de ter tomado esta atitude tão admirável, José passou por situações constrangedoras e injustas mais tarde, mas no final de sua história, Deus o honrou de modo grandioso.
Vale a pena ser fiel nos mínimos detalhes. Vale a pena se portar de modo conveniente e digno em situações de tentação. José foi fiel. Com seu testemunho de vida, Deus foi glorificado.
Será que isto acontece em sua vida? O Deus que você serve está aprovando ou não suas atitudes? Com muito ou pouco dinheiro, com aplausos ou sem aplausos, promovido ou não no emprego, seja fiel em todas as circunstâncias, pois todo grande sucesso é fruto de um pequeno sucesso.
Lembre-se: Deus não se esquece daqueles que lhe são fiéis.

Pr. Francisco Cícero Miranda (Presidente da Assembleia de Deus em Mossoró e Região e Vice-presidente da Convenção Estadual de Ministros da Assembleia de Deus no RN – DEMADERN)

OS OITO DEGRAUS PARA VITÓRIA DE ESTER

TEXTO BASE: Ester 4-16 No texto acima venho trazer a memória de uma moça (menina) que tornou-se rainha. Ester foi a única mulher hebreia a se tornar rainha numa nação dominadora. Disputou um concurso público e foi escolhida entre as melhores. Durante seu mandato, conseguiu livrar o povo de um dos maiores massacres planejados pelo […]

TEXTO BASE: Ester 4-16

No texto acima venho trazer a memória de uma moça (menina) que tornou-se rainha. Ester foi a única mulher hebreia a se tornar rainha numa nação dominadora.
Disputou um concurso público e foi escolhida entre as melhores. Durante seu mandato, conseguiu livrar o povo de um dos maiores massacres planejados pelo inimigo.
A vida de Ester só alcançou esse patamar de sucesso, porque o caráter moldado nela estava dotado das seguintes virtudes: Sabedoria, dedicação, firmeza, obediência, fidelidade, humildade, santidade e fé.

1) SABEDORIA
Então o rei lhe disse: O que é rainha Ester? Qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará. Ester respondeu: se parecer bem ao rei, venha hoje com Hamã ao banquete que tenho preparado para o rei. Ester preparou uma estratégia para o escape de seu povo (Et 5.3-4).
Vemos que Ester não chegou reclamando, falando mal ou se maldizendo da sorte. Ela chegou convidando o rei para um banquete e usou estratégia de conquista.
Muitas vezes queremos alcançar vitórias, mas só sabemos reclamar da sorte, vamos seguir o exemplo de Ester, primeiro oferecer um banquete para o rei e depois pedir o que queremos, este é o caminho do sucesso.
A palavra de Deus em Ec. 9.16 diz que melhor é a sabedoria do que a força, Ester podia bem usufruir da sua posição que exercia dentro da casa do rei, mas também sabia que a mulher sábia edifica sua casa. Então, sejamos sábios como Ester e conquistaremos nossa vitória.

2) DEDICAÇÃO
Ester disputou e venceu o concurso de misses mais disputado que já se ouviu falar. Ninguém pode vencer a serva de Deus dedicada e fiel. Seja uma mulher dedica ao Senhor fazendo o máximo que você puder para engrandecer o Senhor e a sua família e seus amigos.
O Senhor diz em sua palavra tudo vier em suas mãos faça sem ira e nem contenda, procure se apresentar como alguém que não tem do que se envergonhar mais como serva de Deus aprovada para um grande trabalho e sabendo que a vossa recompensa vem do grande e soberano Deus.

3) FIRMEZA
“Vai e junta todos os judeus que se acham em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de noite nem de dia; e eu e as minhas moças também assim jejuaremos. Depois irei ter com o rei, ainda que isso não é segundo a lei; e se eu perecer, pereci.( Et 4. 16).
Nem a possibilidade da morte detém o crente firme. 1 Co 15.58 Sedes firmes e constantes.

4) OBEDIÊNCIA
“ Ester, porém, não tinha declarado o seu povo nem a sua parentela, pois Mardoqueu lhe tinha ordenado que não o declarasse.” (Et 2. 10)
Não somente nessa ocasião, mas Ester nunca se prevaleceu da condição de rainha para sair do posto de submissão e obediência em relação a Mardoqueu.
I Sm 15.22 diz que: obedecer é melhor que sacrificar, o apóstolo Paulo no livro de Tito cap. 2. 9 diz que devemos obedientes em tudo ao Senhor.

5) FIDELIDADE
“Pois como poderei ver a calamidade que sobrevirá ao meu povo? Ou como poderei ver a destruição da minha parentela?” (8.6).
Ester poderia depois de se tornar rainha, negar sua raça e deixar que o povo perecesse. Sua fidelidade evitou que ela própria viesse perecer.
A palavra de Deus em Sl 101.6 diz os meus olhos procurarão os fieis da terra. Apocalipse 2.10 diz: Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida eterna.

6) HUMILDADE
No segundo dia disse o rei a Ester durante o banquete do vinho: qual é a tua petição, rainha Ester? E ser-te-á concedida; qual é o rogo? “Até metade do reino se te dará.” (Et 7.2).
No capítulo 8 e versículo 11 podemos compreender que nestas cartas o rei concedia aos Judeus que havia em cada cidade que se reunissem e se dispusessem para defenderem as suas vidas, para destruírem, matarem e exterminarem todas as forças do povo e da província que quisessem assaltar, juntamente com os seus pequeninos e as suas mulheres, e que saqueassem os seus bens.
Mas Ester sabia pedir apenas o necessário e com isso evitava receber negação. Sabemos que Ester não se aproveitou da situação, pediu o que realmente precisava. Jesus disse aprendei de mim que sou manso e humilde. Provérbios 29.23 diz: O humilde de espírito obterá honra e 22.4 o galardão da humildade e o temor do Senhor são riquezas, e honra e vida.

7) SANTIDADE
“Vai e junta todos os que se acham em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de noite nem de dia; e eu e as minhas moças também assim jejuaremos. Depois irei ter com o rei, ainda que isso não é segundo a lei; e se eu perecer, pereci.” (Et 4.16).
Entregar seus problemas a Deus é a melhor das habilidades. Salmos 96.9 diz: Adorai ao Senhor na beleza da sua santidade; tremei diante dele, toda a terra. Hebreus 12.14: Segui a paz e a santificação, sem a qual ninguém vera o senhor.

8) FÉ
Ao entrar na presença do rei Ester usou a fé e tudo deu certo. Precisamos crer que tudo aquilo não podemos Ele pode.
Concluímos lembrando que a história de sucesso de Ester começa quando Deus coloca uma estratégia de sabedoria no coração de Mardoqueu:

• E sendo Ester uma jovem confiante em Deus aceitou a liderança de alguém que a tinha a criado;

• Ester teve o privilégio de crescer num lar dirigido por Deus;

• Este soube fazer jus ao tratamento privilegiado;

• Ester edificou as colunas do seu sucesso desde o primeiro dia que conheceu a Deus.

Pb. Moisés Ferreira

O PERDÃO PRESERVA O LAR

Uma vida conjugal pode sobreviver e até ser satisfatória na ausência de filhos. O casamento pode sobreviver às dificuldades financeiras, às doenças, às atribuições e a rotina do cotidiano. Os cônjuges podem até sobreviver à devastação de um adultério. Entretanto, a preservação do lar não sobrevive sem perdão. Na trajetória da vida conjugal passando-se pelo […]

Uma vida conjugal pode sobreviver e até ser satisfatória na ausência de filhos. O casamento pode sobreviver às dificuldades financeiras, às doenças, às atribuições e a rotina do cotidiano.
Os cônjuges podem até sobreviver à devastação de um adultério. Entretanto, a preservação do lar não sobrevive sem perdão. Na trajetória da vida conjugal passando-se pelo namoro, noivado e casamento, os casais aprendem a desculpar-se.
Muitos e variados são os motivos onde os casais com facilidades se desculpam. Desculpa o atraso do namorado, o mau humor da namorada. Os noivos desculpam os parentes que se envolvem nos assuntos do casal.
No casamento não é diferente sempre estamos nos desculpando. Mas as coisas não são sempre tão fáceis e, às vezes, uma simples desculpa já não basta – é preciso perdoar.
No namoro e no noivado há a saída para o casal de desistir e cada um procurar a direção que lhe convier. Entretanto, no casamento o voto de ficar com o outro “até que a morte nos separe” já foram feito.
O casal já mora junto, já consumou o ato sexual e divide as tarefas e as contas. A esposa já mudou seus documentos, a casa está no nome dos dois, as contas bancárias são conjuntas. Há uma história escrita, memórias a partilhar, obrigações a cumprir, momento a considerar.
Surgem, então, dois caminhos: O primeiro é quando um dos cônjuges decide não perdoar, guarda a mágoa, congela a raiva, torna-se amargo e decide minar ou acabar o amor que os uniu. O segundo caminho a trilhar é o do perdão – e é este o único que torna possível a concretização da vida conjugal.
Contudo, é preciso entender como ele funciona. Perdão não é esquecer. Deus é o único que consegue apagar nossas culpas e pecados, deles não se lembrando mais, tornando-nos, a cada vez que pedimos perdão a Ele, novas criaturas, limpas da nódoa do pecado e brancos como a neve.
Bom seria que tivéssemos um mar de esquecimento, onde pudéssemos jogar nele todas as nossas mágoas, os fatos que nos fazem sofrer, as palavras que nos machucam, nossos desapontamentos, fracassos e tragédias.
Infelizmente isto não possível. Nós, humanos, temos uma memória que não se apaga. No nosso cérebro há uma gaveta onde tudo fica guardado e gravado. Resta-nos então conviver com as nossas memórias.
Do ponto de vista positivo é uma dádiva, pois podemos armazenar as nossas boas lembranças, a imagem das pessoas que amamos e dos lugares que visitamos, e o conteúdo das aprendizagens que fizemos ao longo da vida que nos tornam mais maduros, experientes e precisos para as nossas decisões futuras.
Do ponto de vista negativo é que nos lembramos das nossas falhas e erros, dos nossos pecados e de todos os episódios e pessoas que nos magoaram.
Então, resumindo tudo é que não podemos esquecer, logo, perdoar não é esquecer. Perdoar é lembrar a afronta sem que esta provoque ódio, revolta ou desejo de vingança.
É aprender a conviver com a dor da traição sem o desejo de punir o cônjuge pelo que ele fez. É recordar sem rancor, a ponte de conseguir amar e caminhar a segunda milha ao lado de quem lhe feriu. É renovar os votos de confiança e de afeto trocados no casamento.
Perdoar não é cicatrizar instantaneamente. As desculpas diferem do perdão. Elas são mais instantâneas e geralmente cicatrizam instantaneamente, até porque são atribuídas aos fatos e às pessoas que não nos ferem tão profundamente. Já as atitudes que atinge a nossa alma, que fazem doer não só o coração, mas por vezes o corpo todo, desculpas não bastam. Para estas precisamos de perdão.
O perdão não sara momentaneamente, há um processo a ser vivenciado até que o ferimento feche e cicatrize. Fechar uma ferida leva tempo, às vezes anos, e ainda assim, a cicatriz que ela deixa pode não doer mais, mas nos faz recordar do que se passou.
Quando decidimos perdoar, é necessário esperar pelo tempo da alma humana para assimilar os fatos, entender os motivos, conviver com as lembranças e apagar a dor.
Não pule etapas, mas, seja determinado em dizer “minha alma ainda dói, mas eu já perdoei”. Portanto, decida-se a superar, controle seus pensamentos e não alimente sentimentos de raiva ou de autocomiseração.
Perdoar não pode ser uma opção, até porque não há outra saída para quem foi ferido. Quem não perdoa anula a possibilidade de ser livre, vivendo aprisionado às lembranças do que passou.
O perdão é o passaporte para a liberdade. Quem não perdoa fica refém de muitas mazelas que se transformam em doenças do físico e da alma, são as patologias psicossomáticas.
Quem foi ferido, se não perdoar e submeter-se ao processo de perdão, viverá sob o peso da dor da traição e pagará o preço emocionalmente pelo erro do ofensor. Logo, perdoar não é uma opção, mas uma decisão correta a ser tomada para que você seja livre da dor, da ira, das doenças, do envelhecimento precoce, dos olhos turvos, da aniquilação dos projetos de vida.
A disposição de perdoar seu cônjuge torna-se uma âncora estável para o seu lar.

Deus te abençoe…

Pr. Elumar Pereira  (Diretor do Departamento da Família da IEADEM)

LIDERAR COM CORAGEM!

“Esforça-te, e tem bom ânimo.” — Josué 1:9 Começo afirmando que um líder de caráter piedoso lidera com coragem através de desafios presentes e futuros, fazendo o que é moralmente correto e estrategicamente eficaz, pedindo discernimento, força e coragem a Deus. Liderança corajosa é uma característica de um líder eficaz. As seguintes palavras encorajadoras, exortativas […]

“Esforça-te, e tem bom ânimo.” — Josué 1:9

Começo afirmando que um líder de caráter piedoso lidera com coragem através de desafios presentes e futuros, fazendo o que é moralmente correto e estrategicamente eficaz, pedindo discernimento, força e coragem a Deus.

Liderança corajosa é uma característica de um líder eficaz. As seguintes palavras encorajadoras, exortativas (Josué 1:2-9) que Deus disse a Josué depois que Moisés morreu fornecem grande idéia sobre a liderança corajosa para a qual você é chamado. “Moisés, meu servo, é morto; levanta-te pois agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, para a terra que eu dou aos filhos de Israel. Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo dei, como eu disse a Moisés. Desde o deserto e este Líbano, até o grande rio, o rio Eufrates, toda a terra dos heteus, e até o grande mar para o poente do sol, será o vosso termo. Ninguém te poderá resistir todos os dias da tua vida. Como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei, nem te desampararei. Esforça-te, e tem bom ânimo, porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria. Tão somente esforça-te e tem mui bom ânimo, cuidando de fazer conforme toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; não te desvies dela, nem para a direita nem para a esquerda, a fim de que sejas bem sucedido por onde quer que andares. Não se aparte da tua boca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido. Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não te atemorizes, nem te espantes; porque o Senhor teu Deus está contigo, por onde quer que andares.”
Moisés havia escolhido Josué para ser seu assistente pessoal e havia lhe dado responsabilidade de comando do exército Israelita. Quando os Amalequitas atacaram os Israelitas a Refidim, Josué conduziu os Israelitas à vitória (Êxodo 17:8-13). Esta é a primeira vez que Josué é mencionado na Bíblia. Depois, como um dos doze espiões enviado em Canaã, Josué apoiou a recomendação de Caleb para confiar e obedecer a Deus e então invadir a terra que Deus tinha prometido dar a eles (Números 13-14:9). Enquanto Moisés estava só com Deus no Sinai, Josué ficou observando. Na tenda do encontro, Josué também aprendeu a esperar pelo Senhor (Êxodo 33:7-11). Assim, o jovem Josué era um servo que sofreu a realidade severa e amarga da escravidão no Egito, a libertação do Egito milagrosa de Deus dos Israelitas, a concessão da Lei no Sinai, e todas as frustrações que Moisés experimentou como líder de Israel. Embora bem preparado para ser o sucessor de Moisés (Deuteronômio 31:1 -8) e tendo demonstrado coragem e resolução em deveres anteriores, Josué ainda precisou do encorajamento e exortação de Deus. Por quê? Ele estava a ponto de empreender uma grande responsabilidade que seria difícil, longa, e em um grande sentido nova. Lembre-se, ele precisava agora se apresentar e ser o homem da hora — o líder principal dos Israelitas! Certamente ele tinha observado e ainda se lembrava como estas pessoas tinham sido más e incontroláveis. Sem dúvida ele suspeitou que guiá-los seria pesado aos seus ombros, apesar de sua experiência e dureza. Moisés estava morto, e a missão teve que continuar. Depois que Deus mandou Josué se preparar, Deus lhe deu três promessas importantes e um encorajamento em Josué 1:1-9 que tem a ver com a liderança corajosa hoje.As Promessas de Deus a Josué:1. Vitória: “Ninguém [inimigos] o resistirão todos os dias de sua vida.” 2. Sua constante presença: “Estarei contigo; nunca te deixarei, jamais te abandonarei.” 3. Êxito: “Você levará o povo a herdar a terra.” O encorajamento de Deus a Josué: Se conformar obedientemente em todos os sentidos à Lei (v. 7-8) e meditar nisto dia e noite. Em um sentido real, Deus estava removendo obstáculos de medo e um sentido de insuficiência que caso contrário teria impedido o sucesso de Josué ao calçar os “sapatos” de Moisés. O significado de coragem em quase todas as culturas, é visto como virtude, é considerada uma qualidade da mente — mostrar-se forte. Coragem não significa ausência de medo. A coragem é uma expressão do coração. A coragem é demonstrar firmeza de mente e determinação de vontade em face do perigo ou dificuldades extremas. “A coragem faz aquilo que você tem medo de fazer.” (Churchill W.) A Liderança corajosa encara o medo. Deus sabe o poder que o medo exerce nas pessoas e até mesmo quanto ela pode prejudicar homens e mulheres piedosos. Assim, não devemos nos surpreender por Ele dizer a Josué. “Não tema.”.
Forte abraço a todos e sejam corajosos para cumprirem a missão e vovação recebidas da parte de Deus.

Lidere onde estiver.

Pr. Wendell Miranda (2° vice-presidente da IEADEM, Superintendente do Sistema de Comunicação da AD em Mossoró)

A LETRA MATA

Em II Co. 3.6, Paulo declara que Deus “nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica”. Esse versículo costuma ser citado de maneira contextualizada, a fim de justificar que não se deve estudar as Escrituras. Há aqueles que argumentam que […]

Em II Co. 3.6, Paulo declara que Deus “nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica”. Esse versículo costuma ser citado de maneira contextualizada, a fim de justificar que não se deve estudar as Escrituras. Há aqueles que argumentam que se aprofundar no texto, sem uma vida de dedicação a Deus pode distanciar o crente da fé, ou conduzi-lo à frieza espiritual. Mas é preciso ressaltar que não existe contradição entre espiritualidade e o estudo devotado das Escrituras. Essa polarização tem prestado um desserviço à igreja cristã, e coloca em oposição verdades que se complementam.
O próprio Jesus reconheceu que as Escrituras deveriam ser examinadas (Jo. 5.39), e Lucas e Paulo atestam que os de Bereia eram mais nobres, por compararem as Escrituras (At. 17.11). É bem verdade que há pessoas que fogem do cultivo da espiritualidade, e se escondem por detrás do mero intelectualismo bíblico. Mas isso nada tem a ver com a declaração de Paulo ao asseverar que “a letra mata”. O estudo bíblico, ao contrário do que defendem alguns críticos, é uma necessidade para a igreja. Devemos considerar que esta é serva da Palavra de Deus, por isso deve se submeter ao crivo das Escrituras, como defendiam os reformadores: Sola Scriptura (Somente a Escritura).
Outro risco em relação à interpretação de II Co. 3.6, é o de buscar um significado alegórico, ou melhor, espiritualizado nas Escrituras. Há cristãos que leem o texto fora do contexto, e algumas vezes, se fundamentam em versículos isolados, ou atribuem a ele significados que não são garantidos ao comparar Escritura com Escritura. Esses utilizam os versículos bíblicos ao seu bel-prazer, a fim de justificar suas posições particulares. A esse respeito, é digno de destaque o que declarou Pedro, ao considerar que nenhuma Escritura é de particular interpretação (II Pe. 1.20,21). Por esse motivo aqueles que estudam a Bíblia devem submeter suas interpretações ao pensamento de outros, sobretudos daqueles mais experientes com o texto bíblico.
Justamente em relação ao texto bíblico, não podemos desconsiderar que Deus usou linguagem humana para revelar sua Palavra. Assim sendo, a linguagem não pode ser desconsiderada, inclusive o apelo às línguas bíblicas, tendo em vista que os autores escreveram em hebraico e grego. Há aqueles que abusam da utilização do hebraico e grego em suas ministrações, mas isso não quer dizer que seja errado considerar os aspectos léxico-gramaticais da Bíblia. As línguas bíblicas devem ser colocadas aos pés da cruz do Senhor Jesus Cristo, e não acima da cruz como pôs Pilatos e também muitos que se utilizam desse conhecimento de forma equivocada (Jo. 19.19,20).
Para interpretar apropriadamente II Co. 3.6, devemos considerar que Paulo está discorrendo a respeito da Lei de Moisés, a qual se refere como “ministério da morte” (v. 7) e “ministério da condenação” (v. 9). Compreendemos, pelas mesmas Escrituras, que a Lei tem o seu valor, o próprio Apóstolo se refere “à glória da Lei” (v. 7), ainda que essa não seja resplandecente (v. 10). Isso acontece porque a revelação progressiva de Deus alcançou seu ápice em Cristo que nos trouxe uma aliança superior (Hb. 8.6). Por isso, os crentes não devem mais ser guiados por preceitos legais, tendo em vista que Jesus cumpriu a Lei, justificando-nos diante de Deus.
Quando Paulo declara que “a letra mata”, na verdade está destacando que aqueles que insistem em viver a partir da lei mosaica, trarão sobre si maior condenação. Ele se referia aos judaizantes que estavam disseminando o legalismo dentro da igrejas cristãs. A Epístola que endereçou ao Gálatas tinha como objetivo central alertar os crentes em relação àqueles que estavam pregando outro evangelho, diferente daquele ensinado pelos apóstolos, e ensinado por Cristo (At. 1.8). É preciso reconhecer que a Lei tem o poder de identificar a transgressão, mas é insuficiente para conduzi-los à salvação, pois somente a graça de Deus em Cristo pode fazê-lo (Ef. 2.8). A partir dessa dimensão, o crente pode então viver no Espírito, que lhe traz vida através da produção do fruto (Gl. 5.22).
Portanto, a utilização da expressão bíblica “a letra mata” não deve ser usada indevidamente para estimular a falta de estudo bíblico, muito menos o desconhecimento das línguas originais. Há líderes que sob a égide de uma suposta espiritualidade, ou por não se dedicaram ao estudo das Escrituras, repreendem aqueles que o fazem, disseminando a ignorância bíblica dentro da igreja. Por outro lado, os que se dedicam ao estudo da Palavra, devem fazê-lo com humildade, se submetendo à revelação, e sem deixar de conciliar o conhecimento com o amor, pois aquele sem este pode levar à soberba, e este sem aquele pode conduzir à dissolução, mas ambos juntos servem à edificação (I Co. 8.1).

Ev. José Roberto A. Barbosa (2º Secretário da Assembleia de Deus em Mossoró-RN e professor da EBD)