Reflexões

CARNAVAL, FESTA DA CARNE E DA MORTE

“A terra pranteia e se murcha; o mundo enfraquece e se murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra. Na verdade, a terra está contaminada por causa dos seus moradores, porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos e quebram a aliança eterna. Por isso, a maldição consome a terra, e os que habitam nela […]

“A terra pranteia e se murcha; o mundo enfraquece e se murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra. Na verdade, a terra está contaminada por causa dos seus moradores, porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos e quebram a aliança eterna. Por isso, a maldição consome a terra, e os que habitam nela serão desolados; por isso, serão queimados os moradores da terra, e poucos homens restarão” (Is 24.4-6).
Ao tempo em que escrevo esta palavra, o Brasil está lamentando a morte de mais de duas centenas de vidas que foram ceifadas (queimadas), numa casa noturna, na cidade de Santa Maria no Rio Grande do Sul, vítimas de um incêndio provocado pelo show pirotécnico realizado, de forma imprudente, por um conjunto musical que ali se apresentava.
Esse texto do profeta Isaías está inserido num contexto que define o relacionamento de Deus como Juiz para todo o mundo e declara como Ele punirá o pecado. Não é o meu objetivo fazer aqui uma interpretação do texto, mas sim, uma aplicação para os nossos dias, em especial para este mês de fevereiro.
É muito comum nessa época do ano lermos ou ouvirmos textos que procuram fazer uma análise etimológica da palavra “carnaval” ou ainda que buscam fazer uma “resenha histórica” dos assuntos carnavalescos. Estes enfoques não são o meu propósito, pois creio que é do conhecimento da maioria das pessoas o que os historiadores afirmam: a origem do carnaval vem das festas da antiguidade, caracterizadas pelas danças ruidosas, máscaras e uma licenciosidade desgovernada. O que estamos vendo nos dias de hoje, é de fato, a mesma festa da carne, com alguns agravantes em relação à sua origem.
Em muitas cidades do nosso estado esta festa mobiliza a maioria dos moradores e arrasta uma multidão que vem de outros lugares. É um período em que as pessoas parecem possuir uma licença para pecar. Um tempo de destruição e prejuízo. Vidas são ceifadas por overdose de drogas, famílias são arruinadas devido à infidelidade, jovens e adolescentes engravidam prematura e irresponsavelmente, além das inúmeras mortes causadas por acidentes automobilísticos devido a ingestão de bebidas alcoólicas.
É nesse contexto que, nós que fazemos a IEADERN, estamos inseridos e não podemos nem devemos fugir da nossa responsabilidade. Na verdade nós estamos neste mundo para sermos sal e luz. É nossa obrigação mostrar a esta multidão que não sabe para onde está caminhando qual o verdadeiro caminho e que somente em JESUS ela pode encontrar a verdadeira alegria e a vida abundante.
Lembremo-nos das palavras do profeta Isaías: “a terra está contaminada por causa dos seus moradores, porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos e quebram a aliança eterna”.
Mais do que nunca é tempo de clamarmos a Deus, intercedendo pela sociedade brasileira, pelas nossas famílias, especialmente pelos nossos filhos que são mais vulneráveis a estas influências, por estarem mais expostos a elas no ambiente escolar. É tempo de clamarmos a Deus por misericórdia, para que a loucura desta festa não atinja os membros e congregados das nossas igrejas. Oremos a Deus para que a alegria do Espírito Santo encha os nossos corações, seja uma constante em nossas vidas e nos mantenha puros nestes tempos maus.

Pr. Martim Alves da Silva (Presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Estado do Rio Grande do Norte (IEADERN) e da Convenção Estadual de Ministros da Assembleia de Deus no Estado do Rio Grande do Norte (CEMADERN).

Só Jesus limpa a mancha no coração

Um homem limpava uma enorme vitrine usando uma escada. Com muito esforço, esfregava o vidro procurando tirar uma mancha, mas não conseguia. Embaixo, um menino que acompanhava o esforço do limpador sorria sem parar. Irritado, o homem lhe perguntou o porquê do riso. Ele respondeu: “Eu quero ver quanto tempo você levará para descobrir que […]

Um homem limpava uma enorme vitrine usando uma escada. Com muito esforço, esfregava o vidro procurando tirar uma mancha, mas não conseguia. Embaixo, um menino que acompanhava o esforço do limpador sorria sem parar. Irritado, o homem lhe perguntou o porquê do riso. Ele respondeu: “Eu quero ver quanto tempo você levará para descobrir que a mancha está do lado de dentro”. Ou seja, o pobre homem queria tirar a mancha do lado errado! Desse jeito, ela nunca sairia mesmo.
Essa realidade se repete na vida de muitas pessoas. Muitas pessoas se encontram com problemas em seus corações, mas se voltam para a aparência externa como se o problema fosse externo. Com o desenvolvimento da ciência médica, os esteticistas conseguem tirar manchas na pele, restauram partes do corpo que foram mutiladas, fazem adaptações, enxertos, colocam botox, porém tudo do lado de fora, quando há pessoas com manchas na alma, no coração, na consciência. Alguns tentam limpá-las, mas polindo do lado errado.
De nada adianta vestir bem o corpo quando a alma está manchada pelo pecado. Há muita sujeira que necessita ser tirada: infidelidade, enganos, mentiras, calúnias que causaram danos etc. Só o bondoso Jesus pode tirar as manchas do lado de dentro.
Lembremos do cego de nascença de João 9, da mulher samaritana de João 4 e do endemoninhado gadareno, que depois de ser liberto por Jesus, encontraram-no assentado, vestido e em perfeito juízo (Lucas 8.35). Não podemos esconder a nossa alma manchada dos olhos de Deus, pois Ele vê todas as coisas.
Há muitas crianças e jovens cujas manchas são congênitas, nasceram em lares com sérios problemas morais; são pessoas com péssima formação espiritual e de caráter, pois presenciaram seus pais e irmãos viverem com as mãos manchadas, drogando-se e prostituindo-se. Para os tais, escola, prisão, violência, nada resolve, só a operação do bondoso Jesus pode transformá-las. A mancha do pecado está do lado de dentro, só o sangue de Jesus pode limpar.
Davi clamava em Salmos 51: “Cria em mim um coração reto” e “Torna a dar-me a alegria da tua salvação”. Ele dizia: “Sara a minha alma, porque pequei contra ti”.
Em Salmos 41.4, vemos que o rei Davi, que parecia estar bem, estava, na verdade, manchado do lado de dentro, pois havia cometido um adultério e um assassinato. Tudo estava oculto, até Deus mandar o profeta Natã desmascarar o rei pecador. Davi confessou, arrependeu-se e Deus o perdoou, mas ele pagou um alto preço pelo seu pecado.
Não adianta trocar de religião, dar esmolas e até fazer sacrifícios. Não adianta lavar com sabão ou salitre. Só o sangue de Jesus nos limpa dos nossos pecados!
“O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que confessa e deixa alcançará misericórdia” (Pv 28.13).

FONTE: www.cpadnews.com.br

COMEÇOU O ANO NOVO!

Vivemos em um mundo bastante desanimador. No início de um novo ano, procuramos em vão por perspectivas de tempos melhores. Se analisarmos a situação internacional, se observarmos as dificuldades econômicas e o baixo nível moral dos povos, não há muitos motivos para esperar por momentos mais luminosos para este mundo. Até mesmo é duvidosa a […]

Vivemos em um mundo bastante desanimador. No início de um novo ano, procuramos em vão por perspectivas de tempos melhores.
Se analisarmos a situação internacional, se observarmos as dificuldades econômicas e o baixo nível moral dos povos, não há muitos motivos para esperar por momentos mais luminosos para este mundo.
Até mesmo é duvidosa a realização dos anseios que temos para nossa vida pessoal neste novo ano.
No entanto, ainda existe a bandeira da esperança que tremula em cada coração, e mesmo diante do abafado da incerteza e da insegurança grita e ecoa que ainda há uma oportunidade “VAI COMEÇAR DE NOVO”.
Admiro muito o espírito e a vontade de toda a humanidade pelo desejo de querer e desejar coisas novas, porém fico impressionado com a falta de interesse pela reconstrução, e poder recomeçar de novo aquilo que já existe.
Tudo na vida está embasado em princípios que direcionam um começo e um fim, e que dentro deste espaço está inserido a oportunidade de mudar e recomeçar aquilo que já existe.
O grande questionamento é sabermos diagnosticar onde se encontra o “X” da questão, a fim de chegarmos a uma conclusão do que precisamos mudar e ou recomeçar.
Ninguém muda nada na vida se não começar a fazer sua própria mudança. É preciso tomar a decisão de mudar. Uma mudança sempre embarca no mundo dos sonhos e das novas realizações, principalmente quando se tem a coragem de mudar o que está errado.
Então, está decidido a começar pela sua própria mudança? Não se preocupe com as mudanças do universo que está ao seu lado, logo que você mudar verá a transformação que acontecerá no seu casamento, seu lar, seu trabalho, sua igreja e seu mundo.
Mostre autenticidade, colocando a restauração do seu “EU” como um ideal de vida. Não desista fácil, vá em frente, continue procurando um método, um meio para a sua vida voltar a ser o que era antes.
Filipenses 4.8 nos deixa uma boa receita para começarmos a fazer essa mudança em nossa vida: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento”.
O ano novo é um momento de olhar para frente, de imaginar o futuro sob um novo ângulo, de nos comprometermos com uma visão maior para nossa vida. Nos dias que antecedem a passagem de ano, muitos trocam votos de “feliz ano novo”.
Isso é agradável e expressa nosso desejo de felicidades para os nossos amigos e parentes. Contudo, o novo ano não será muito diferente se as pessoas não mudarem.
O que é bom deve ser mantido. Os votos e as promessas não podem ser esquecidos. Mas os maus hábitos precisam ser eliminados. Se quisermos um ano bom, precisamos ser melhores do que fomos até agora. O que já fazemos bem, precisamos fazer melhor. É preciso investir e acreditar nos projetos elaborados para concretização das mudanças.
O ano velho terminando, e o novo ano começando. Uma autoanalise e uma reflexão é preciso e ajudará nas mudanças que necessitamos realizar para recomeçar. Como está a minha comunhão com Deus? Como deverá ser minha vida com Deus neste novo ano? Quais serão minhas prioridades? O que o Senhor espera de mim? Os propósitos que você estabeleceu para o ano novo podem influenciar seu espírito, sua alma e seu corpo se você realmente deseja aperfeiçoar sua vida íntima e seu relacionamento com Jesus Cristo. Mesmo que você falhe em algum dia, não desista. A Bíblia faz a seguinte declaração sobre o ser humano: “Porque, como imagina em sua alma, assim ele é…” Provérbios 23.7.
Ao investir tempo no estudo da Palavra de Deus e meditar em suas verdades, você tem condição de aplicar à sua vida o que tem aprendido nas Escrituras. O salmista afirmou: “Bem-aventurado, ‘feliz’ o homem que não anda no conselho dos ímpios… Antes, o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite”. É essa postura que auxilia a pessoa nas muitas decisões que precisa tomar diariamente em sua vida.
Também você pode começar o novo ano como uma nova criatura em Jesus Cristo! Então sua tranquilidade e seu êxito na vida não dependerão mais das circunstâncias, pois você terá uma nova vida, que se manifestará em novos anseios e em novos rumos da sua vontade.
Novas forças estarão à sua disposição! O “novo homem”, nascido do alto pela fé em Jesus Cristo, poderá dar passos confiantes no novo ano. Esta é uma maravilhosa mensagem para você! Será possível encontrar a Deus na condição de pessoa que foi perdoada, que foi purificada dos seus pecados. Você terá sido renovado através de Jesus Cristo, tornado aceitável diante de Deus através dos méritos de Jesus Cristo, seu Redentor.
E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. II Coríntios 5.17.

Deus te abençoe…
Feliz 2017

Pr. Elumar Pereira  (Diretor do Departamento da Família da IEADEM )

LÍDERES SÃO RESPONSÁVEIS POR CAPACITAR SEUS LIDERADOS

Vamos fundamentar esta reflexão em Efésios 4:11-13, que proporciona um brilhante pano de fundo no tocante a capacitar os outros. “Foi ele (Cristo) quem escolheu alguns para serem apóstolos, alguns para serem profetas, alguns para serem evangelizadores e alguns para serem pastores e professores, para preparar as pessoas de Deus para a obra do ministério, […]

Vamos fundamentar esta reflexão em Efésios 4:11-13, que proporciona um brilhante pano de fundo no tocante a capacitar os outros. “Foi ele (Cristo) quem escolheu alguns para serem apóstolos, alguns para serem profetas, alguns para serem evangelizadores e alguns para serem pastores e professores, para preparar as pessoas de Deus para a obra do ministério, de modo que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos nós alcancemos a unidade na fé e no conhecimento do Filho de Deus e nos tornemos maduros, atingindo a medida da plenitude de Cristo.”
Líderes – pessoas que têm influência, incluindo você – são responsáveis por usar seus dons dados por Deus para preparar ou capacitar os santos – os membros do corpo de Jesus Cristo, a Igreja – para a obra do ministério. Embora se enfatize primariamente Efésios 4:12, os versículos 11 e 13 também focam nos objetivos e fornecem grande apoio e incentivo para todos que desejam desenvolver ministérios frutíferos.
O versículo 11 fala sobre os diferentes dons que Cristo deu ao corpo de Cristo. O versículo 13 fala sobre fé, conhecimento, maturidade e estar cheio das qualidades de Cristo. Você notou? Quer sejamos líderes que capacitam ou aqueles que são liderados, todos nós partilhamos da responsabilidade conjunta de sermos capacitados para a “obra do ministério”, por isso podemos ser úteis na promoção do Reino de Deus e ter um impacto nas vidas das pessoas ao nosso redor.
Antes de continuar vamos definir o que são Competências, Recursos e Compreensão.
COMPETÊNCIA: “Uma habilidade para fazer algo com as mãos, corpo ou mente”.
RECURSOS: “Coisas que o dinheiro pode comprar; o que precisamos para fazer nosso trabalho: ferramentas, equipamentos, suprimentos…”.
O essencial para capacitar os outros COMPREENSÃO (ou conhecimento): “A qualidade da compreensão, não apenas de conhecer os fatos, mas também como aplicá-los”. Destas três definições que permeiam a questão da capacitação de outros quero enfatizar que é importante para você, e para todos os outros líderes, reconhecer três áreas da compreensão: O PROPÓSITO OU MISSÃO, O OBJETIVO E A AUTORIDADE.
Estas três áreas desempenham um papel crucial em capacitar as outras pessoas. Compreendendo a razão principal: “o objeto ou a razão pela qual algo existe.” Todos nós precisamos compreender claramente a razão ou propósito porque nós fazemos o nosso trabalho. Propósito é a “visão geral” que explica porque fazemos o que fazemos. Jesus sabia como era importante para os cristãos compreender o Seu propósito para suas vidas. Observe o que Ele disse aos Seus discípulos: “Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido. Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto – fruto que permaneça “João 15:15-16 (grifo meu). Esta mesma verdade se aplica a você hoje. Jesus não apenas espera que você seja um servo; Ele te chama de Amigo e quer que você entenda o propósito que Ele tem para você. É importante que uma pessoa que se alista para a obra do ministério também compreenda seu propósito. Um elemento-chave sobre capacitar outros é guiá-los a um entendimento de um propósito em comum. Ter claro os objetivos a serem alcançados e usar da autoridade (poder de ação) para o desempenho da missão que foi confiada. Como líderes temos a responsabilidade de capacitar os outros usando as ferramentas disponíveis e ensinando aos nossos liderados os princípios e motivações coerentes com o reino de Deus e a organização que estamos envolvidos. Lidere onde estiver! Abração a todos.

Pr. Wendell Miranda (2° vice-presidente da IEADEM, Superintendente do Sistema de Comunicação da AD em Mossoró)

POSSO TODAS AS COISAS

O versículo 13, do capítulo 4, da Epístola de Paulo aos Filipenses, costuma ser citado como uma espécie de amuleto, a fim de justificar atitudes precipitadas de alguns cristãos. Há quem, com base nessa passagem, defenda que não há limites para a fé. Aqueles que se consideram mais ousados, utilizam essa passagem para decretar a […]

O versículo 13, do capítulo 4, da Epístola de Paulo aos Filipenses, costuma ser citado como uma espécie de amuleto, a fim de justificar atitudes precipitadas de alguns cristãos. Há quem, com base nessa passagem, defenda que não há limites para a fé. Aqueles que se consideram mais ousados, utilizam essa passagem para decretar a realização dos seus desejos, mesmo que esses sejam contrários à vontade de Deus. Faz-se necessário, no entanto, interpretar esse texto no contexto da referida Epístola, fazendo as aplicações devidas, respaldadas pela intenção do autor.
Destacamos, inicialmente, que o versículo não se reduz a “posso todas as coisas”, o Apóstolo acrescenta: “naquele que me fortalece”. Avaliemos, a princípio, a intenção de Paulo ao dirigir essas palavras aos crentes filipenses. Somente depois desse exercício, poderemos considerar as possibilidades de aplicação desse texto em nossas vidas. Adiantamos que a expressão “todas as coisas”, na verdade, não significa “qualquer coisa que desejamos”. Essa interpretação pode ser assim compreendida ao identificarmos que essa passagem foi escrita por Paulo quando esse se encontrava preso em Roma.
A igreja de Filipos foi plantada por Paulo durante uma das suas viagens missionárias, e se tornou um centro evangelístico, que muito estimava esse Apóstolo. Durante sua prisão, essa generosa comunidade de fé enviou-lhe uma oferta. Em resposta, escreveu uma Epístola àqueles irmãos, agradecendo a atenção deles, e o mais importante, admoestando-lhes a permanecerem firmes, e a se regozijaram no Senhor. O objetivo principal da Carta é levar os crentes a confiarem em Deus, que suprirá suas necessidades em Cristo Jesus (Fp. 4.19).
Paulo admoesta os irmãos daquela igreja a viverem pela fé, e a não depositarem sua confiança nas circunstâncias. Eles deveriam saber que o Senhor estava no comando das suas vidas, e que Ele supriria suas necessidades, ensinamento também dado por Jesus (Mt. 6.24-25). Por isso, antes de dizer que “pode todas as coisas naquele que me fortalece” (v. 13), declara: “porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade” (Fp. 4.11,12).
Depois de agradecer pela oferta recebida, ressalta que a Igreja deve aprender a estar contente, independentemente das situações. Esse é o contexto de Fp. 4.13, nada tem a ver com decretar, ou mesmo tomar atitudes precipitadas, pensando que Deus dará garantias. Em outras palavras, Paulo assegura que o Senhor é Aquele que dá fortaleza, e confiança para que as pessoas não vivam preocupadas. Esse é um aprendizado que todo crente é desafiado a buscar, trata-se de maturidade espiritual, demonstrada na capacidade de viver com muito, e também com pouco. Não podemos esquecer que a graça de Deus nos é suficiente, e que o Seu poder se aperfeiçoa em nós através das fraquezas (II Co. 12.9,10).
Sendo assim, o que podemos compreender e interpretar e, por conseguinte, aplicar para nossas vidas, a partir dessa passagem bíblica, é que Deus nos dará força para estar contentes quando as coisas não acontecerem da maneira que desejamos. Devemos continuar crescendo em nossa experiência com o Senhor, e não devemos colocar nossa confiança nas circunstâncias, principalmente nas riquezas. O texto de Fp. 4.13 tem um significado ainda mais especial quando o compreendemos, e aplicamos no contexto da Epístola. Nos reafirma que Deus está conosco, que Ele continuará nos dando forças, ainda que as circunstâncias sejam desfavoráveis.

Ev. José Roberto A. Barbosa (2º Secretário da Assembleia de Deus em Mossoró-RN e professor da EBD)

SEM AMOR PELA FAMÍLIA

Além de serem amantes de si mesmos e desobedientes aos pais (2 Tm 3.2), as pessoas dos tempos difíceis nos quais estamos vivendo também não têm amor pela família (2 Tm 3.3 – NVI). Elas são desafeiçoadas e desprovidas de afeto natural. O adjetivo grego que Paulo usa para caracterizar essa falta de amor pela […]

Além de serem amantes de si mesmos e desobedientes aos pais (2 Tm 3.2), as pessoas dos tempos difíceis nos quais estamos vivendo também não têm amor pela família (2 Tm 3.3 – NVI). Elas são desafeiçoadas e desprovidas de afeto natural. O adjetivo grego que Paulo usa para caracterizar essa falta de amor pela família é “astorgos”, um vocábulo derivado de “a” (elemento de negação), e de “stergõ” ou “storge”, que significa amor familiar, especialmente o amor mútuo entre pais e filhos.
A palavra grega “astorgos” só ocorre na Bíblia em 2 Tm 3.3 e em Rm 1.31, e denota a pessoa sem afeição natural, desafeiçoada, “desumana” e “sem coração”, que não demonstra o típico e esperado afeto humano natural pelos seus parentes e familiares. Essas pessoas são indiferentes aos pais. Elas não demonstram apego aos seus progenitores. Da mesma forma, elas também são indiferentes e desafeiçoadas com os filhos. Não ligam, não protegem, não educam e nem cuidam adequadamente dos filhos. Por outro lado, vemos a demonstração do amor “stergõ” até mesmo entre os animais, quando, por exemplo, uma fêmea ou macho cuida, protege e convive em harmonia com a sua prole. A afeição natural entre pais e filhos e entre filhos e pais é fundamental para a preservação das espécies animais, como também da raça humana.
Ao contrário do que algumas pessoas pensam, a palavra “stergõ” ou “storge” não ocorre na Bíblia. No entanto, a Bíblia registra em apenas um versículo (Rm 12.10) a ocorrência de uma palavra grega derivada de “stergõ” e que se contrapõe à “astorgos”, que é o adjetivo “philostorgos”. O texto de Rm 12.10 afirma: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal…”. Essa expressão “amai-vos cordialmente” é a tradução da palavra grega “philostorgos”, indicando que o imperativo de Deus no início deste versículo é para praticarmos o amor familiar, especialmente o amor mútuo entre pais e filhos e entre cônjuges.
Uma palavra quase sinônima de “philostorgos”, e que também ocorre só uma vez na Bíblia (Tt 2.4), é “philoteknos”. Este adjetivo grego caracteriza a pessoa que ama a sua descendência ou os seus filhos. Em Tt 2.4, Paulo usa a palavra “philoteknos” para se referir à necessidade e obrigação das jovens recém-casadas amarem seus filhos. Enquanto o amor “stergõ” ou “storge” é uma dádiva do Criador para nós e uma bênção para as famílias, a falta dele (“astorgos”) é um desastre para as famílias. Ao demonstrarmos amor familiar, refletimos as digitais do Criador na nossa vida.
O amor stergõ é uma providência divina em nosso favor. Porém, o pecado entrou na raça humana e, como consequência, os homens têm experimentado a degradação das suas qualidades morais, espirituais e naturais (Rm 1.18-32). Isso tem levado o homem à adoção de práticas contrárias à natureza, dentre elas a perda da afeição natural pela família (Rm 1.31).
Após a entrada do pecado no mundo, a falta de amor familiar fez a primeira vítima de homicídio da história da humanidade, que foi a morte de Abel praticada pelo seu irmão Caim (Gn 4.8-10). Na história dos reis de Israel, vemos vários exemplos de falta de amor familiar. Na família de Davi, o seu filho primogênito Amnon foi tomado por um apetite sexual desordenado e cometeu os pecados de incesto e de estupro contra sua irmã Tamar (2 Sm 13.1-22). Isso causou o ódio do seu irmão Absalão (2 Sm 13.22), que depois o matou (2 Sm 13.28-29). Alguns anos depois, Absalão cobiça o trono do seu pai e conspira contra Davi (2 Sm 15.1-6,10-12), além de coabitar com as concubinas de Davi à vista de todo o Israel (2 Sm 16.21-22). Só um filho desnaturado e sem amor pela família tem coragem de fazer uma coisa dessa contra o próprio pai.
Hoje em dia vemos muitos exemplos de filhos que abandonam seus pais e não lhes dão nenhuma assistência econômica ou afetiva. Outros não querem ter trabalho com os pais e os abandona em casas de abrigo para pessoas idosas. Na terceira idade, um dos maiores sofrimentos dos pais é a solidão causada pela indiferença e a falta de amor familiar dos seus filhos e demais parentes. Na atualidade, uma das maiores demonstrações da perda do afeto natural dos pais pelos filhos é quando se pratica um aborto. Deus considera o ventre materno como um lugar tão seguro e protegido para o bebê indefeso, que Ele mesmo resolveu se fazer carne dentro do útero de uma mulher.
Numa família, quando há amor familiar mútuo entre os cônjuges e entre pais e filhos, se cumpre nessa família as bênçãos do Salmo 128. Dessa forma se expressou o salmista: “Eis que assim será abençoado o homem que teme ao SENHOR!” (Sl 128.4).

Ev. Fábio Henrique (Bacharel em Teologia, 1º Secretário da IEADEM e professor da EBD e do CETADEM)

E O ANO NOVO CHEGOU

Mais um ano se foi, vivemos a passagem de ano e graças a Deus já estamos no ano novo, e como é de praxe a mensagem de FELIZ ANO NOVO, é ética e cristã e não deve ser meramente social, e sim, intrínseca, que parte do fundo do coração, que traduz o real sentimento fraterno […]

Mais um ano se foi, vivemos a passagem de ano e graças a Deus já estamos no ano novo, e como é de praxe a mensagem de FELIZ ANO NOVO, é ética e cristã e não deve ser meramente social, e sim, intrínseca, que parte do fundo do coração, que traduz o real sentimento fraterno e de amor ao próximo.
Acontece que, a felicidade de cada pessoa, das nações, povos, raças e etnias está associada a Deus. Não podemos conceber a ideia de felicidade plena sem a presença de Deus.
A Bíblia afirma no Salmo 33, versículo 12 que “Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor’’, nos diz também que: “Se o Senhor não edificar a casa em vão trabalham os edificadores “Sl 127.1’’. Então, para sermos felizes neste novo ano precisamos confiar ainda mais no Senhor, entregar nosso caminho a Ele e Ele tudo fará. Em tudo que quisermos fazer não podemos deixar Deus de fora, sob o risco de sermos fracassados, frustrados, sem jamais atingirmos os objetivos desejados.
Coloquemos, pois, Deus nos nossos projetos de vida, na nossa família, no nosso emprego, no nosso lazer. Demos-lhe a oportunidade de edificar, a fim de que sejamos tudo com Ele. E Nele seremos mais que vencedores.
Enfim, precisamos nos relacionar bem com o Senhor para sermos felizes. Entretanto, quantos às vezes nos levantamos, até voltarmos a deitar, passamos por inúmeras situações durante um dia falamos, ouvimos, vemos televisão nos conectamos ao computador e interagimos com inúmeras pessoas.
Em tudo isto que sucede no nosso dia-a-dia, onde está Deus? Deus fica fora da mesa das refeições, pois não lhe agradecemos o pão nosso de cada dia, fica fora do carro ou do transporte público, pois insultamos o condutor à nossa frente ou alguém que nos empurrou, fica fora do nosso emprego, porque nos irritamos com o patrão ou com os colegas de trabalho e usamos linguagem inapropriada nas nossas conversas ao longo do dia, fica fora da nossa família, porque não agimos para com ela como Deus quer, fica fora do nosso Domingo, porque o Domingo faz parte do fim-de-semana, não é o Dia do Senhor. E assim as coisas caminham!
Como podemos esperar a benção de Deus se nos mantemos tão distantes? A Bíblia afirma: “ Chegai-vos a Deus e Ele se chegará a vós“ Tiago 4.8. Conta-se que a filha de Billy Graham, senhora Anne Graham estava sendo entrevistada no “Early Show” quando a apresentadora Jane Clayson lhe perguntou: Como DEUS permitira algo tão terrível assim acontecesse no dia 11 de setembro de 2001? E, Anne Graham deu uma resposta profunda e esclarecedora.
Ela disse: “Eu creio que DEUS ficou profundamente triste com o que aconteceu, tanto quanto nós. Por muitos anos nós temos dito para DEUS não interferir em nossas escolhas, sair do nosso governo e sair de nossas vidas. Sendo um cavalheiro como DEUS é, eu creio que Ele calmamente nos deixou. Como poderemos esperar que DEUS nos dê a Sua bênção e Sua proteção se nós exigimos que Ele não se envolva mais conosco? À vista dos acontecimentos recentes, ataque dos terroristas, tiroteio nas escolas, etc”. Até quando? Até quando continuaremos a rejeitar a bênção de Deus, a não ser uma nação feliz, só porque deixámos de fora aquele que é o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores? Buscai ao Senhor enquanto se pode achar… Is. 55.6. Com Ele, por Ele e para Ele, tenhamos todos um FELIZ ANO NOVO.

Pr. Francisco Vicente (1º Vice-Presidente da AD em Mossoró e diretor do Departamento de Missões)

O CRISTÃO E O ANO NOVO

Que bom! Já estamos no ano 2017 e com ele novas expectativas e novas esperanças para o futuro. Mas precisamos entender que o nosso futuro necessita de uma base sólida que é a nossa confiança em Deus. Nesse novo momento devemos intensificar nossas orações nossos governantes, pois, é o nosso dever orar pelas nossas autoridades, […]

Que bom! Já estamos no ano 2017 e com ele novas expectativas e novas esperanças para o futuro. Mas precisamos entender que o nosso futuro necessita de uma base sólida que é a nossa confiança em Deus. Nesse novo momento devemos intensificar nossas orações nossos governantes, pois, é o nosso dever orar pelas nossas autoridades, conforme nos ensina o apóstolo Paulo “ADMOESTO-TE, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens; Pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade;” (1Tm 2.1-2). Pois bem, precisamos interceder pelas nossas autoridades para que tenhamos uma vida social, econômica e politicamente equilibrada. Bem sabemos que a sociedade humana caminha para a destruição final, pois a cada dia os homens se rebelam contra Deus, Sua palavra e Sua igreja, porém, não vamos deixar que as coisas aconteçam conforme o príncipe deste mundo,  temos que fazer frente a toda sorte de pecados e mazelas que atormentam a sociedade. O ano novo chega como uma oportunidade para nós igreja, fazermos com determinação a Obra de Deus, o que, aliás, é um dever de cada um de nós cristão. Vamos trabalhar pela expansão do Reino de Deus, anunciando ao mundo que, o fim de todas as coisas é chegado, mas existe uma válvula de escape, uma saída para um mundo em degradação moral e espiritual. Jesus nos convoca para essa missão urgente, quando a sua vinda em glória se aproxima e necessário se faz que, toquemos a trombeta das boas notícias para o mundo. Também, precisamos urgentemente santificar a nossa vida no meio a uma sociedade perversa e corrompida. Lembremo-nos que somos filhos do grande Rei e precisamos andar como príncipes, oferecendo ao mundo uma nova maneira de viver, de tal forma que ele veja que pertencemos a outro Reino. O escritor da carta aos Hebreus nos dá a seguinte advertência “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor;”  (Hebreus 12.14). Que o ano novo seja um ano de firmes propósitos em nossas vidas, especialmente na divulgação do evangelho para alcançar os pecadores e de santificação da nossa vida e, só assim, temos certeza de que, venha o que vier durante o ano que ora se inicia, ou mesmo nos anos que se seguirão, estamos cônscios de que Deus está conosco e Nele somos mais do que vencedores. Que Deus abençoe você e sua família em 2017.

Pr. Martim Alves da Silva (Presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Estado do Rio Grande do Norte (IEADERN) e da Convenção Estadual de Ministros da Assembleia de Deus no Estado do Rio Grande do Norte (CEMADERN).

DEVERES DIÁRIOS DO CRISTÃO

Amados, estamos iniciando mais um ano, uma nova oportunidade que o Senhor nos dá de servi-lo com intensidade como forma de gratidão por aquilo que Ele tem feito em nossas vidas. Desejamos que o ano novo que chega seja cheio de toda felicidade e prosperidade na comunhão do Senhor. Seja bem-vindo 2017. Espero que todos […]

Amados, estamos iniciando mais um ano, uma nova oportunidade que o Senhor nos dá de servi-lo com intensidade como forma de gratidão por aquilo que Ele tem feito em nossas vidas. Desejamos que o ano novo que chega seja cheio de toda felicidade e prosperidade na comunhão do Senhor.
Seja bem-vindo 2017. Espero que todos nós, crentes em Jesus, sigamos os passos do Senhor em tudo. Boas festas, feliz ANO NOVO. Vamos refletir sobre o artigo deste mês.

VIGILÂNCIA I:
CORAÇÃO: Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida. Pv 4.23;
PÉS: Guarda o teu pé, quando entrares na Casa de Deus; e inclina-te mais a ouvir do que a oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal. Ec 5.1;
BOCA: O que guarda a boca e a língua guarda das angústias a sua alma. Pv 21.23.

VIGILÂNCIA II:
FÉ: Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. II Tm 4.7;
MANDAMENTOS: Guarda os meus mandamentos e vive; e a minha lei, como a menina dos teus olhos. Pv 7.2;
FIDELIDADE: Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. Ap 3.11.

VIGILÂNCIA III:
PRIVACIDADE: O que anda praguejando descobre o segredo, mas o fiel de espírito encobre o negócio. Pv 11.13;
MODÉSTIA: Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus. Mt 6.1;
INVESTIDURA: Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós. II Tm 1.14.

VIGILÂNCIA IV:
OBREIROS REPROVADOS: Guardai-vos dos cães, guardai-vos dos maus obreiros, guardai-vos da circuncisão! Fp 3.2;
AMIGOS: Filho meu, se os pecadores, com blandícias, te quiserem tentar, não consintas. Filho meu, não te ponhas a caminho com eles; guarda das suas veredas os pés Pv 1.10,15;
LUXÚRIA: Dize à Sabedoria: Tu és minha irmã; e à prudência chama tua parenta; para te guardarem da mulher alheia, da estranha que lisonjeia com as suas palavras. Pv 7.4-5.
As prescrições acima foram impostas aos justos. Eles, embora lutem para satisfazê-las, reconhecem a fragilidade pessoal, então clamam ao Senhor.
Davi pediu: Guarda-me, ó Deus, porque em ti confio. Sl 16.1; Judas assegurou: Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória, ao único Deus, Salvador nosso, por Jesus Cristo, nosso Senhor, seja glória e majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém! Jd 1.24-25.

FRANCISCO CÍCERO MIRANDA (Presidente da Assembleia de Deus em Mossoró e Região e Vice-presidente da Convenção Estadual de Ministros da Assembleia de Deus no Estado do Rio Grande do Norte (CEMADERN))

É ASSIM QUE O AMOR MORRE

Nenhuma quantidade de água pode apagar o amor, e nenhum rio pode afogá-lo. Se alguém quisesse comprar o amor e por ele oferecesse as suas riquezas, receberia somente o desprezo. (Cantares 8.7). Amar é uma decisão que Deus deseja que tomemos todos os dias. Se quisermos construir um casamento que funcione é preciso que entendamos […]

Nenhuma quantidade de água pode apagar o amor, e nenhum rio pode afogá-lo. Se alguém quisesse comprar o amor e por ele oferecesse as suas riquezas, receberia somente o desprezo. (Cantares 8.7).

Amar é uma decisão que Deus deseja que tomemos todos os dias. Se quisermos construir um casamento que funcione é preciso que entendamos que o amor é um sentimento, fruto de uma decisão que tomamos, diariamente.
Amar é um verbo de ação que devemos conjugar todos os dias. Todos os dias, ao acordar, devemos olhar para nossa esposa ou para nosso esposo e dizer: “Hoje vou amar essa mulher, esse homem, a despeito de qualquer coisa, pois essa é a vontade de Deus para minha vida conjugal”.
Por que o amor entre muitos casais termina? Porque os cônjuges, ou um deles, decidiram deixar de amar. O parâmetro do amor que o marido deve ter para com sua esposa é o de Cristo em relação à Igreja.
Como é esse amor? É um amor que não mede esforço para satisfazer as necessidades da esposa. Cristo, para demonstrar seu amor para com a Igreja, se entregou integralmente por ela (Ef 5.25).
Um marido que deseja se espelhar no amor de Cristo deve cuidar de sua esposa, não apenas no aspecto físico, mas emocional e espiritual. O amor deve ser demonstrado no dia a dia da vida conjugal.
Por que o amor morre? Quase sempre o amor acaba por pequenos detalhes não digeridos que acabam por se tornar fortalezas intransponíveis, difíceis de destruir.
O amor é como uma planta: você tem que regar… Se uma planta ficar sem água, adubo e sol morrem. Da mesma forma o amor de um casal. Muitos se esquecem de cuidar do amor conjugal; e por isso, a vida matrimonial cai numa triste monotonia que às vezes termina em separação.
A planta do amor precisa ser regada diariamente: uma palavra de carinho a cada dia de um para o outro; não precisa ser poesia bonita ou música romântica, basta ser um simples elogio.
Não solucionar as diferenças a tempo tem levado a morte do amor em muitos relacionamentos. A oportunidade para resolver pequenos dilemas do cotidiano é fundamental para evitar grandes conflitos que geram ressentimento.
Nunca deixe que o dia termine sem resolver diferenças, problemas, pequenas situações cotidianas. Quando um grande problema surge, vêm à tona todos os desacordos não resolvidos e é aí que as discussões desencadeiam conflitos de grandes proporções que, eventualmente, vão matando o amor.
Aceitar comportamentos que são prejudiciais para a relação pode levar a morte do amor. Vivendo com uma pessoa descobrimos seus defeitos e fracassos.
Os relacionamentos bem sucedidos exigem certa tolerância com as fraquezas do outro. Se um dos parceiros focar somente nos defeitos do outro, quiser mudá-lo conforme o seu gosto, o relacionamento está fadado ao fracasso.
É claro que não podemos ignorar os erros o tempo todo, mas temos que ser tolerantes e conhecer bem o outro. O problema é que muitas pessoas focam somente nos defeitos e falam disso o tempo todo.
Se acreditar que o outro pode mudar algum comportamento indesejado, converse e ajude-o nessa tarefa. Uma relação forte deve ser capaz de lidar com críticas e sugestões.
Deixar de expressar o amor fisicamente enfraquece o relacionamento. A distância emocional nasce no plano físico, se o casal começa a se afastar fisicamente, a afeição já não é expressa através de abraços e beijos, o amor também começa a morrer.
Na maioria dos casos, quando isso ocorre por longos períodos de tempo, é muito difícil de quebrar o gelo para iniciar o contato novamente, então não permita que isso aconteça.
Outra coisa importante são as palavras carinhosas, nunca deixe de expressar ao seu cônjuge, com palavras especiais, o quão importante ele é para você.
Monotonia é letal para o amor e, enquanto estes períodos de tédio e apatia vêm, é necessário não permitir que eles se acomodem entre os dois. É muito importante valorizar a liberdade de cada um. É inevitável que os problemas surjam quando um parceiro tenta dominar o outro.
Esperamos que o outro seja como desejamos, e muitas vezes não percebemos que estamos agindo dessa forma.
Esquecemos que devemos amar uma pessoa real e não aquela que imaginamos. É muito fácil se apaixonar por uma ideia e é difícil descobrir que as coisas não são como imaginamos em nossos sonhos.
As relações devem se basear em compreensão mútua e permanecer livres de expectativas. O amor nasce e morre. As pessoas dizem que ele não acaba, mas ele não acaba assim de repente, de um dia para o outro, de um mês para o outro, o amor morre, morre aos poucos. O que em minha opinião é ainda mais triste, quando algo acaba você ainda tem a chance de recomeçar, mas quando morre, não tem como ressuscitar, é o fim. O amor se cansa, ele insiste até esgotar suas forças. O amor morre pela falta de atenção, consideração, paciência, cortesia, gentiliza, pela falta de demonstração. O amor se esgota se não há cumplicidade, se não há dedicação, se não há empenho, se não há paixão, se não há afeição.
O amor é como uma semente que é preciso regar, cuidar e cultivar todos os dias. O amor morre pela falta de zelo, pela falta de ser valorizado, pela falta de ser cuidado.
O amor aguenta, suporta, resiste, sustenta, atura, admite, tolera e permite tudo, até chegar ao seu limite. Até chegar ao ponto que não importa quão grande o amor seja ele simplesmente esgotou e usou todas suas forças tentando o seu máximo.
O amor nasce e morre, não é inabalável, não adianta negar, bater o pé e teimar, o amor tem o seu fim. Ame seu casamento, seu lar, seus filhos e cuide deles.
Cuide da planta do amor. E não se esqueça de que foi Deus quem os uniu sob um juramento de amor e de fidelidade.
Deus te abençoe…

Pr. Elumar Pereira  (Diretor do Departamento da Família da IEADEM )

ENSINA A CRIANÇA NO CAMINHO

É bastante comum ouvir pessoas citarem Pv. 22.6: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele”, como se essa fosse uma verdade categórica. Mas é preciso ter cuidado com a interpretação dos textos poéticos, sobretudo aqueles que se encontram no livro de Provérbios. Reconhecemos, conforme expressou […]

É bastante comum ouvir pessoas citarem Pv. 22.6: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele”, como se essa fosse uma verdade categórica. Mas é preciso ter cuidado com a interpretação dos textos poéticos, sobretudo aqueles que se encontram no livro de Provérbios. Reconhecemos, conforme expressou Paulo, que “toda Escritura é divinamente inspirada” (II Tm. 3.16), mas isso não quer dizer que toda ela deve ser interpretada de igual modo. Existem diferentes gêneros textuais na Bíblia, e cada um deles deve ser abordado distintamente.
Os textos de Provérbios devem ser compreendidos como verdades gerais, e não devem ser aplicados indistintamente, como se não existissem exceções. Sendo assim, compreendemos que Pv. 22.6 é uma instrução para os país, a fim de que esses criem seus filhos na admoestação do Senhor. Essa orientação está em consonância com o que está escrito em Dt. 6.7, em relação à Palavra de Deus: “E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te”. Os pais precisam aproveitar todas as oportunidades para ensinarem seus filhos a trilhar a senda da justiça.
Mas isso não quer dizer que eles permanecerão para sempre nas instruções dadas pelos seus pais. Existem pais decepcionados porque não conseguiram fazer com que seus filhos permanecessem no convívio eclesiástico. O novo nascimento é uma experiência individual, e a caminhada na fé é uma decisão pessoal. Os pais não podem garantir que seus filhos farão opção pela sua fé depois que crescerem. Eles precisam tomar suas decisões por Cristo, a confissão dos seus pais não é hereditária. Lembremos a parábola do Filho Pródigo, narrada por Jesus, alicerçada no contexto judaico, que pressupunha a rebelião (Lc. 15.12,13).
O versículo de Pv. 22.6 deve ser interpretado no contexto das instruções sapienciais da poesia judaica. É importante ressaltar, a esse respeito, a máxima interpretativa para o livro de Provérbios e a seguinte: a maioria deles são princípios, não promessas para o futuro. Sendo assim, o sábio está elaborando uma orientação, para que os país ensinem seus filhos a trilharem o caminho do justo. A observação e a experiência têm demonstrado, e somos testemunhas dessa realidade, que os pais que ensinam seus filhos, têm menos chances de terem problemas com eles no futuro. Mas isso não pode ser universalizado.
O propósito de Pv. 22.6 é admoestar os país a ensinarem as crianças no “caminho da sabedoria”, que é o caminho que todos “também devemos trilhar”. E a sabedoria, no contexto de Provérbios, é o temor do Senhor (Pv. 1.7). Essa não é uma tarefa fácil, sobretudo nos dias atuais, nos quais as crianças estão sujeitas a influências diversas. Existem muitos estímulos culturais que podem comprometer a permanência dos jovens no caminho correto. “O que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida” (I Jo. 2.16) têm desviado muitos jovens que outrora foram ensinados a andar no caminho de Deus.
Concluímos, portanto, que devemos, como pais responsáveis, ensinar nossos filhos no caminho do Senhor. É menos provável que um filho instruído na Palavra de Deus, orientado com dedicação, opte pelo caminho da injustiça. Mas essa não é uma promessa que garanta que eles permanecerão seguindo o Senhor, e que jamais se desviarão da verdade que lhes foi ensinada. Devemos ter cuidado com a utilização indevida desse texto, pois pode resultar em sentimento de culpa, quando pais cristãos veem seus filhos se distanciarem da fé. Se isso vier a acontecer, devemos, com amor, continuar orando por eles, e como o pai do Pródigo, esperar que retornem para casa.

Ev. José Roberto A. Barbosa (2º Secretário da Assembleia de Deus em Mossoró-RN e professor da EBD)

PROFANOS

O texto bíblico de 2 Tm 3.1-2 declara “…que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens…, profanos”. O adjetivo grego “anosios” significa literalmente aquilo ou aquele “que não é santo” ou “que é profano”. Em outras palavras, “anosios” é o contrário ou antônimo de “santo”. O vocábulo “anosios” transmite a ideia de uma […]

O texto bíblico de 2 Tm 3.1-2 declara “…que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens…, profanos”. O adjetivo grego “anosios” significa literalmente aquilo ou aquele “que não é santo” ou “que é profano”. Em outras palavras, “anosios” é o contrário ou antônimo de “santo”. O vocábulo “anosios” transmite a ideia de uma pessoa ou coisa que não é consagrada ou dedicada a Deus, ou seja, que é “comum”, profana, não santa ou que não está purificada ou livre de pecado. Profanar significa desconsagrar, aviltar, fazer mau uso, ou tratar com irreverência e abjeção as coisas sagradas. A profanação é uma afronta e uma violação à santidade de Deus e das coisas santificadas e dedicadas a Deus (Lv 19.8). A profanação macula, desonra e tornam impuras as coisas anteriormente consagradas a Deus.
De acordo com Paulo, “…a lei não é feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos (gr. “anosios”) e irreligiosos (gr. “bebelos”), para os parricidas e matricidas, para os homicidas, para os fornicadores, para os sodomitas, para os roubadores de homens, para os mentirosos, para os perjuros e para o que for contrário à sã doutrina” (1 Tm 1.9). Nesta lista de vícios as pessoas profanas e irreligiosas aparecem associadas, uma vez que um dos significados da palavra grega “bebelos” é “profano” ou “não santo”, exatamente o mesmo significado da palavra “anosios”.
O vocábulo grego “bebelos” aparece na bíblia em mais três citações de Paulo e em uma citação na Epístola aos Hebreus. Nessas três citações de “bebelos” feitas pelo apóstolo Paulo (1 Tm 4.7; 6.20; 2 Tm 2.16), ele afirma que os falatórios ou conversas inúteis são profanos e não refletem a santidade do testemunho cristão. Após recomendar que os Hebreus deviam seguir a paz com todos e a santificação (Hb 12.14), o escritor desta epístola também afirmou que “…ninguém seja fornicador ou profano, como Esaú, que, por um manjar, vendeu o seu direito de primogenitura” (Hb 12.16). Realmente, o fato de Esaú ter vendido o seu direito de primogenitura foi uma profanação ou falta de respeito com as coisas sagradas e gerou consequências (Gn 25.29-34; Hb 12.17).
Uma vez que Deus é santo e exige de nós santidade (Is 6.3; 1 Pe 1.15-16), Ele não se agrada que misturemos as coisas santas com as profanas. Os sacerdotes em Israel deviam ensinar o povo a fazer a diferença entre o santo e o profano (Lv 10.10; Ez 44.23). No entanto, no período antes do povo ser levado cativo para a Babilônia, a constatação de Deus foi outra: “Os seus sacerdotes transgridem a minha lei, e profanam as minhas coisas santas; entre o santo e o profano não fazem diferença, nem discernem o impuro do puro; e de meus sábados escondem os seus olhos, e assim sou profanado no meio deles” (Ez 22.29).
Tanto os habitantes de Israel, como os de Judá, sacrificavam aos ídolos lá fora e depois vinham para o templo sacrificar ao Senhor. Deus considerou isso como uma contaminação e profanação do santuário do Senhor (Ez 23.38-39). Se por um lado misturar o santo com o profano é um sinal de apostasia, por outro lado a separação entre o santo e o profano é um sinal de restauração espiritual e de santidade.
Hoje em dia, numa época de pluralismo religioso e de falta de reverência com o sagrado, muitas pessoas vivem uma vida misturando o santo com o profano e invertendo valores, esquecendo-se da advertência Bíblia que declara: “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal! Que fazem da escuridade luz, e da luz, escuridade, e fazem do amargo doce, e do doce, amargo!” (Is 5.20). Apóstolo Tiago faz uma advertência séria contra os profanos, ao afirmar: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tg 4.4).
Santo e profano são dois adjetivos de naturezas opostas e que não se misturam. Numa época de grande apostasia em Israel, o profeta Elias conclamou o povo a uma decisão: “…até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o…” (1 Rs 18.21). No Reino do Norte, em Israel, os samaritanos praticavam um culto misto “de maneira que temiam o SENHOR e, ao mesmo tempo, serviam aos seus próprios deuses, segundo o costume das nações…” (2 Rs 17.33). Jesus foi muito claro quanto à impossibilidade de misturar o santo com o profano: “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro…” (Mt 6.24). A Bíblia recomenda: “…como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver” (1 Pe 1.15).

Ev. Fábio Henrique (Bacharel em Teologia, 1º Secretário da IEADEM e professor da EBD e do CETADEM)